CASAMENTO BLINDADO XII- DIÁLOGO
RELACIONAMENTO CRESCE ATRAVÉS DO DIÁLOGO
Quando falamos de relacionamento precisamos sempre frisar
o que é preponderante que é o diálogo.
Diálogo é a conversação
entre duas ou mais pessoas, costuma-se dizer erroneamente que significa
"dois", no entanto significa "passagem, movimento", assim,
dialogo significa a troca de intervenientes, que podem ser dois ou mais.
Quando o relacionamento se fecha no monólogo ou no
silêncio, nada poderá conter o mal que
certamente assolará e abalará a relação trazendo até mesmo o possível
rompimento entre o casal.
Muitas vezes em clínica pastoral observamos que o casal
reclama da falta de diálogo e algumas desculpas são aparentemente apenas pra
ocultar problemas mais graves entre os cônjuges.
Quando o homem reclama que a mulher é muito nervosa, fala
demais, conversa coisas sem sentido ou coisa deste tipo, pode ser o caso em que
haja já uma brecha criada por outros motivos mais fortes e que ficam apenas
dentro do convívio do casal.
Quando ouvimos a mulher reclamar da falta de diálogo
geralmente surge a desculpa que o homem não para pra conversar e quando
conversa fala coisas sem sentido ou trata com muita ignorância os assuntos
apresentados pela esposa.
Diálogo é a chave!
Como anda o seu relacionamento em relação ao diálogo?
Durante o período do namoro temos um longo tempo de
conversas e falamos de tudo relacionado ao casamento, família, trabalho,
estudos, filhos, e outras coisas como bens, projetos, sonhos. Depois que
acontece o casamento e vão se passando os anos, geralmente há um marasmo em
relação ao convívio do casal. Um gosta de sair, o outro já não gosta mais. Um
quer ver filme, o outro quer ver novelas. Um quer o futebol, o outro quer
seriado ou então apenas diz que não gosta de ver televisão.
Porque acontecem estas coisas?
Geralmente o casal cristão sabe que orar juntos e
diariamente é uma saída importante para manter o bom convívio, e a mais
perfeita comunhão com Deus, mas alguns já não acham nescessário mais esta
prática.
Se durante o namoro não houver um envolvimento maior com
a oração , dificilmente haverá depois com o convívio no casamento.
Oração é a chave mater, a melhor opção para manter um
casamento feliz e por este período de intimidade com Deus, pode se aumentar
ainda mais a intimidade do casal e o envolvimento do diálogo dia a dia.
O diálogo pode e deve ser ainda mais enriquecido pela
palavra de Deus, leitura e meditação da palavra antes ou depois da oração. Um
tempo reservado pelo casal para estudar a palavra de Deus pegando livros
inteiros da bíblia para buscar uma melhor aliança com Deus e um alinhamento
perfeito entre os dois e a palavra de Deus.
O diálogo é uma
conversa durante a qual os interlocutores, interagindo um com o outro (dialogein em
grego), trocam argumentos com vistas a chegar a um acordo fundamentado.
O
acordo é a condição e ao mesmo tempo o fim do diálogo. Condição, porque só
existe o diálogo se os interlocutores renunciarem à violência, e se submeterem
a exigência da verdade.
É a
verdade que o diálogo nem sempre chegue a uma conclusão, pelo menos visa a uma
progressão a dois. A busca conjunta da verdade pressupõe e reforça uma
comunidade fundada sobre a linguagem compartilhada. O diálogo se define pela
circulação da palavra (daí: dia – logos).
Platão
escreveu sua obra quase inteiramente sobre a forma de diálogos que colocaram em
cena Sócrates junto com os mais diversos interlocutores, entre estes, seus
discípulos.
O
diálogo platônico não se traduz em ser mero artifício literário. Platão
estabeleceu um elo essencial entre os filósofos e o dialogar.
A
filosofia não é uma doutrina passível de ser objeto de uma exposição
convencional. Esta é um diálogo vivo entre dois interlocutores movidos pelo
desejo de saber para transmitir, e que decidem juntos, procurar a verdade.
O diálogo de Platão perfaz a progressão a dois,
através de perguntas e respostas em direção à verdade. Durante o diálogo,
Sócrates questiona o seu interlocutor, principalmente porque suas definições
são insuficientes ou incompatíveis com outras que parecem mais certas, ele leva
à busca de uma definição verdadeira, aquela que nos revelará a própria essência
da coisa que é objeto de exame.
O diálogo não é qualquer conversa que seja espontânea
e sem regras. Sua progressão obedece a regras que dois interlocutores se
comprometem a respeitar, já que estas são as condições de possibilidade do
diálogo.
Não há
dúvida que exige não apenas que se responda àquilo que é verdadeiro, mas também
que se baseie a resposta, naquilo que aquele que é interrogado reconhece como
verdadeiro.
A regra
da definição e estar de acordo quanto ao sentido preciso das palavras, sem
jogar com as ambiguidades da linguagem a fim de desviar a discussão.
Finalmente, deve-se reconhecer e respeitar os direitos de cada um, em particular
o direito à palavra.
É por isso que o diálogo exclui o longo discurso que
ofusca ou faz perder de vista o objeto da discussão. O diálogo requer perguntas
e respostas curtas que são submetidas a um exame racional. Pela troca de
argumentações e objeções, o diálogo permite a cada um escapar da
particularidade de sua opinião e ascender ao saber. O caminho da razão é assim libertador.
O
diálogo, que põe os interlocutores num mesmo plano e instaura entre eles uma
comunidade de pensamento. Distingue-se do debate onde se dá o confronto de
posições contraditórias. O orador que se assenhora da palavra, e faz longa
preleção, no qual desenvolve todos os argumentos favoráveis a sua tese que
defende ou da decisão que preconiza.
Os
oradores não discutem entre si, mas submetem cada um de seus discursos ao
julgamento e ao voto de seus ouvintes e concidadãos.
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