PI-HAIROTE UM BECO SEM SAÍDA!
PI HAIROTE..UM BECO SEM SAÍDA
Pi-Hairote (em hebraico:
פִּי החִירֹת) foi a quarta parada do êxodo judaico.
Foi o lugar onde o povo de Israel acampou
antes de atravessar o mar vermelho.
A teoria clássica coloca Pi-Hairote como a "praia dos lagos amargos";
porém, descobertas arqueológicas classificam essa praia é atual praia de
Nuweiba, Egito no golfo de Ácaba.
William Smith,
em seu Dicionário de Geografia Grega e Romana, tentativamente identifica Pi-Hairote
com Arsinoe, no Egito.
O
que é estar em Pi-Hairote?
Desconfianças,
dúvidas, incertezas e murmurações.
No
vale ou no deserto poderemos ter muita diversidade de pensamentos ou intenções
e somente na direção de Deus poderemos decidir pela melhor escolha.
O
povo tinha motivos pra confiar, mas preferia murmurar, tinha motivos pra
confiar piamente no Senhor mas preferiram as dúvidas e as incertezas..
Tinham
motivos pra agradecer ao Senhor a libertação da escravidão e sabiam que havia
uma promessa a se cumprir e Deus velava pra que esta promessa tornasse
realidade e estava chegando a hora.
Clamaram
a Moisés dizendo: Por acaso não haviam sepulcros suficientes no Egito pra que
nos trouxesse aqui para sermos enterrados na areia do deserto?
A
solução pra eles seria recuar, render se ao exército de Faraó..Seria a
alternativa humana, a mais fácil, a mais perto pra eles.
Eles
não sabiam que render se ao inimigo não seria segurança de vida visto que ele
sentia se afrontado e estava ferozmente pronto a exterminar com o povo Hebreu
da face da terra. E mesmo assim eles murmuravam querendo uma solução que
parecia ser a mais viável. Mas mesmo mediante a tudo isto..Baal Zefon de um
lado, Migdol de outro lado, Faraó atraás com seu exercito e a frente o grande
mar vermelho.... Deus disse a Moisés..: Diga ao povo que marche!!!
Ainda
que esteja sentindo em um “beco sem saída” saiba que Deus vai trabalhar no
impossível pra realizar Seu propósito em sua vida e cumprir a Sua promessa
sobre você.
O
vale de Pi Hairote levou o povo a ficar entre Migdol (Migdol, ou migdal, é uma palavra hebraica (מגדּלה מגדּל , מגדּל
מגדּול) que significauma torre (de seu
tamanho ou altura), um palco elevado (uma tribuna ou púlpito) ou um canteiro
elevado (dentro de um rio).), Baal Zefon(aal-Zefom (em hebraico:
בעל צפון) é um nome hebraico que significa "senhor
do norte", e refere-se tanto a um deus que os helenos conheciam como Zeus
Kasios, o deus do Monte Aqraa na costa da Síria que foi associado com raios)
, afrente o mar vermelho e atrás o exército de Faraó... Um perfeito “beco sem
saída”!
Uma atmosfera de alegria paira no ar. Deus mostra
sua força tirando seu povo da escravidão do Egito. A primeira parada é
em Etã, que fica à entrada do deserto. Não dentro
do deserto, apenas a sua entrada. E fora do deserto o povo para por algum
tempo. Até aqui o povo está tranquilo, nenhuma murmuração ou reclamação, nada
disso. Podermos imaginar a satisfação no coração do povo, o Egito ficando pra
traz e uma nova jornada de liberdade rumo à uma terra frutífera. Numa hora
dessas, Deus estaria sendo louvado e o céu sendo cheio de agradecimentos. Deus
é bom.
De Etã, Deus dá uma ordem para que Moisés, seu servo,
conduzisse o povo à Pi-Hairote. Pense na alegria geral, mais uma aventura para os
ex escravos. Se em Etã estava bom, em Pi-Hairote seria melhor ainda,
afinal, era um lugar junto ao mar!
O povo iria presenciar uma das manifestações mais
sublimes do Senhor:
E o
Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo
caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem
de dia e de noite. (Êx. 13.21)
Um roteiro perfeito. Uma paz
perfeita. Tudo tranquilo. Mas...
A narrativa bíblica mostra toda a fúria de faraó:
Seiscentos carros do Egito e seus capitães, contra o povo de Deus. E pela
primeira vez na jornada do povo de Deus aparece a palavra perseguição. O povo
percebe que está encurralado, sem saída. A diante, o mar, e atras, todo
potencial bélico egípcio. A única porta de saída, era mesma porta de entrada,
que já estava ocupada pelo exército de faraó.
E o povo clama ao Senhor! Antes disso não há
clamor. E o povo murmura. Reclamando, cita cinco vezes o nome Egito, em apenas
dois versículos. Saíram do Egito, mas o Egito não havia saído deles. Na
primeira tribulação e uma reação tão desesperadora.
Querido leitor, aqui nós temos duas alternativas. A
primeira é olhar pra este obstinado povo e listar suas falhas e fraquezas,
atirando a pedra de acusação. Ou podemos parar para pensar que se trata da
história do povo de Deus, que somos, também, povo de Deus, portanto, nossa
própria história. Recolhendo a pedra da acusação, e deixando a Palavra quebrar
a pedra de nossos corações, com o reconhecimento de que também, fizemos o
mesmo.
Deus nos tirou do Egito, onde não fazíamos o que
queríamos, mas éramos dominados pelo pecado. Mas Deus nos resgatou, vimos sua
bondade e proteção, mas quando a tribulação chega... e, não esperávamos isso? E
não era pra ser assim? E Deus já não é mais tão engradecido? Na verdade,
precisamos passar pela tribulação, pois foi nela, que o povo de Deus se mostrou
tão necessitado do tratamento de Deus. Reconheço, querido, que sou tão
necessitado dos tratamentos dEle!
Pi-Hairote nos traz esta reflexão. É o lugar onde o
planejado seria perfeito, mas chega a inesperada tribulação. Deus já te levou a
Pi-Hairote?
Pi-Hairote é o lugar onde muitos se perguntam por
quê?
A resposta de Deus dada a Moisés me consola muito:
Não
temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará... O
Senhor pelejará por vós, e vos calareis (14.14)
A tribulação do povo de Deus em
Pi-Hairote ensina três lições:
Na tribulação Deus testa seu povo. Não para Ele nos conhecer, mas
para nós mesmos nos conhecermos e vermos o quanto precisamos de sua
misericórdia. Lembre-se que antes da tribulação o povo de Deus não falou do
Egito, e, muito menos, clamou ao Senhor.
Na tribulação Deus mostra sua
glória. Não
havia saída para o povo de Deus. Mas, Deus cria saída onde não há! No meio do
mar, o povo prossegue a jornada. E o mesmo mar que era o fim da caminhada do
povo de Deus, foi o fim para os seus inimigos. Passas por tribulação, querido,
não temas e estai quieto que o Senhor pelejará por você, e tu verás a glória de
Deus, Aleluia!
A tribulação é o início do
cumprimento da promessa. Esta tribulação em Pi-Hairote marca o início do cumprimento da
promessa do Senhor de levar seu povo à terra que emana leite e mel. Não temas,
querido, pois a tribulação poderá ser em sua vida o início da realização da
promessa.
Quando passamos pelo vale ou mesmo em meio ao deserto, seja em qualquer circunstancia a ordem é avançar, marchar, seguir em frente e vencer cada obstáculo pois se na sua caminhada houver obstáculos, entenda que a vitória será mais valorizada ainda!
Quando passamos pelo vale ou mesmo em meio ao deserto, seja em qualquer circunstancia a ordem é avançar, marchar, seguir em frente e vencer cada obstáculo pois se na sua caminhada houver obstáculos, entenda que a vitória será mais valorizada ainda!
Pense nisso...
Passar por momentos atribulados não é fácil. São
momentos em mostramos quem realmente somos. Guardo para estes momentos dois
conselhos e duas promessas que o Senhor faz em sua bendita palavra (II Cor
4.8-9):
Atribulados, mas não angustiados.
Perplexo, mas não desanimado.
Guarde esses conselhos. Não fique angustiado e
desanimado. Não pare sua jornada. Deus vai abrir portas impossíveis para você
continuar a marcha. É Ele que peleja por você.
Perseguido, mas não desamparado.
Abatido, mas não destruído.
Guarde essas duas promessas. Perseguições virão,
mas você nunca ficará desamparado. Você até chegar o ponto de se achar abatido,
mas nunca destruído.
Encerro repetindo a resposta que o Senhor deu ao
seu povo, por intermédio de Moisés, seu servo (que poderá ser a sua resposta
também, você crê? eu creio):
Não
temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará... O
Senhor pelejará por vós, e vos calareis (14.14)
Glória à Deus pela suas grandezas! !
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