LIVRE ARBÍTRIO-ELEIÇÃO-PREDESTINAÇÃO
Predestinação e Livre-Arbítrio
“Qual o terreno, tais são também os
terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais” (1 Coríntios 15:48 ).
Introdução
É tão espantosa a quantidade de textos sobre
predestinação e livre-arbítrio,[1] que
o argumento inicial se restringe em afirmar que o tema é de difícil
explicação ou é um problema insolúvel.
Invariavelmente,
os artigos sobre predestinação e livre-arbítrio, quando começam com as razões
acima, somente conduzirão o leitor a rever posições doutrinárias de alguns
teólogos do período da reforma protestante e, ao final, não apresentará uma
resposta segura ao tema, além de introduzir muitas dúvidas.
É
recorrente afirmar que o assunto tem sido objeto de inúmeras discussões ao
longo da história do cristianismo, porém, o que se vê não é discussão, mas a
imposição de ideias que se sagraram sob o rótulo de ‘escriturísticas’, ou seja,
não podem ser questionadas.
No entanto, vale destacar que, se determinado
assunto das Escrituras possui duas correntes doutrinárias, certamente uma delas
é anti-bíblica ou, ambas são anti-bíblicas, pois o modelo das sãs palavras do
evangelho não comportam duas vertentes sobre o mesmo tema: “Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens
ouvido, na fé e no amor, que há em Cristo Jesus” (2Tm 1:13) .
Considerar que a Bíblia comporta duas doutrinas
contraditórias e que ambas possuem fundamento bíblico é tendência de cunho
humanista[2],
portanto, contraria as Escrituras, pois o próprio Senhor Jesus não teve tal
autonomia: “E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu
falo, falo-o como o Pai me tem dito“ (Jo 12:50).
O evangelho de Cristo não possui várias vertentes e
nem comporta várias interpretações. O substantivo grego πίστις, transliterado
pistis e traduzido por ‘fé’, foi utilizado pelo apóstolo Paulo para fazer
referência ao evangelho como ‘unidade’, um corpo de doutrina que não comporta
várias vertentes: “Até que todos cheguemos à unidade da
fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da
estatura completa de Cristo” (Ef 4:13).
Qualquer doutrina à margem do evangelho de Cristo é
anátema. Nenhuma celebridade, pastor, teólogo, etc., mesmo sendo uma
personalidade histórica, não detém autoridade para postular uma doutrina ou uma
interpretação que assuma o valor de doutrina bíblica, nem mesmo o apóstolo
Paulo: “Mas, ainda que nósmesmos ou um anjo do céu vos
anuncie outro evangelho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.
Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos
anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl
1:8 -9).
Aos que contestavam a ressurreição dentre o mortos,
argumentou o apóstolo Paulo: “Se, como homem, combati em
Éfeso contra as bestas, que me aproveita isso, se os mortos não ressuscitam?
Comamos e bebamos, que amanhã morreremos” (1Co 15:32). Essa
argumentação também serve para muitos seguimentos doutrinários, pois se há
predestinação para salvação, que aproveita o combate em defesa do evangelho?
“Amados,
procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive
por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi
dada aos santos” (Jd
1:3).
Calvinismo versus Arminianismo
O maior
obstáculo à compreensão da doutrina da predestinação e do livre-arbítrio, foi
estabelecido por dois teólogos: João Calvino e Jacob Armínio.
Diante
das doutrinas de Calvino e de Armínio, alguns teólogos afirmam que a doutrina
calvinista é antagônica à doutrina arminianista, entretanto, quando analisadas,
ambas as doutrinas derivam do mesmo erro: entender que Deus escolhe e
predestina quem vai ser salvo ou não.
A
discussão sobre a soberania de Deus e o livre-arbítrio do homem, mediante
perspectivas arminianistas e calvinistas, realmente demonstra que tais
correntes são inconciliáveis, para não dizermos, paradoxais.
A Bíblia
ensina que qualquer que invocar o Senhor será salvo (Jl 2:32; At 2:21; Rm
10:13), e não faz referência à soberania de Deus e nem à sua onisciência. O
profeta Isaias destaca que as mãos de Deus não estão encolhidas para que não
possa salvar e nem agravados os seus ouvidos (Is 59:1). Por que não encontramos
um texto bíblico onde é enfatizado que Deus é soberano para salvar? Por que não
é enfatizado que Deus salva por sua onisciência? Por que a Bíblia enfatiza o
perdão, a misericórdia e a benignidade de Deus, em vez da soberania e da
onisciência?
“Mas
contigo está o perdão, para que sejas temido” (Sl 130:4);
“TEM
misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas
transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias” (Sl 51:1).
É
incrível o empenho de muitos em propagar o calvinismo e o arminianismo, mesmo
quando se reconhece várias discrepâncias de tais sistemas doutrinários com as
Escrituras. Por que enfatizar que essas doutrinas são escrituristicas, se ambas
são inconciliáveis e, como alguns dizem, cercadas de riscos, pois podem levar
os seus seguidores ao extremismo?
Pensamento dos gregos
É notório
que a filosofia grega influenciou largamente teólogos, padres e pastores ao
longo da história da igreja.
O
platonismo tornou-se referência de pensadores como Agostinho, Boécio, João
Escoto Erígena e Boaventura de Bagnoregio e o aristotelismo, de pensadores da
estirpe de Tomás de Aquino.
Sem nos
atermos às influências do pensamento grego no cristianismo, vale lembrar que,
na mitologia grega, havia uma entidade cega, Moros, em grego Μόρος, o deus da
sorte e do destino. Esse deus não via a quem reservava o futuro, porém, o
futuro reservado, quer dos deuses ou dos mortais, era inescapável.
A mitologia grega vinculava deuses e mortais a um
destino, pois o deus ‘Destino’ ditava os acontecimentos, e até mesmo Zeus não
podia evitar o seu destino. Vários mitos gregos evidenciam o caráter fatalista[3] da
cultura grega antiga, fatalismo que se vê também entre os filósofos estoicos e
os romanos.
O
pensamento da cultura grega e os seus mitos, destoam completamente do
pensamento bíblico, pois vinculam deuses e homens a um destino.
Através
da parábola dos dois caminhos, Jesus evidencia que os homens não tem um destino
pré-estabelecido, pois a parábola apresenta os caminhos atrelados a um destino,
e não homens atrelados a determinados destinos.
“Entrai
pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que
conduz à perdição e muitos são os que entram por ela; E
porque estreita é a porta e apertado o caminho que leva à
vida, poucos há que a encontram” (Mt 7:13-14)
Existem
somente dois caminhos e cada qual está vinculado a um destino: o caminho largo
está vinculado à perdição e o caminho estreito vinculado à salvação. Segundo
essa perspectiva, nenhum homem está diretamente vinculado a um destino, mas,
sim, à porta por onde entrou.
Há duas
portas, sendo uma larga e a outra estreita. Para entrar pela porta estreita, é
necessário nascer de novo; de modo semelhante, é através do nascimento natural
que o homem entra pela porta larga.
Jesus é a
porta estreita – o último Adão -, semelhantemente Adão, o primeiro homem, é a
porta larga, por quem os homens entram no mundo.
Quando os
homens nascem (vêm ao mundo), entraram por Adão (a porta larga) que os deixa em
um caminho largo, que conduz à perdição. Todos os homens, ao nascerem, entram
no mundo por Adão (nascidos do sangue, da vontade da carne e da vontade do
varão), uma porta larga que não lhes foi dada a oportunidade de escolher
entrar, mas que dá acesso a um caminho de perdição.
A escolha
que trouxe o caminho de perdição acessível a toda humanidade foi realizada por
Adão, quando comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Adão fez
uma escolha que afetou a condição de todos os seus descendentes, desde o
nascimento: portanto, os homens nascem de uma porta larga (Adão) e trilham um
caminho que, apesar de não terem escolhido, os conduzirá à perdição (Sl 58:3).
Os
ensinamentos bíblicos e o pensamento grego são antagônicos, pois este se pauta
pelo fatalismo, enquanto que, aquele, pelo propósito eterno de Deus. Nenhum
homem veio ao mundo (nasceu) destinado ao céu ou ao inferno. Enquanto a cultura
grega tinha um pensamento fatalista, Jesus esclarece que todos os homens não
possuem um destino pré-estabelecido.
Longe de
Deus destinar alguém à perdição, sob o argumento de sua soberania. Ninguém que
entra por Adão no mundo está, ou esteve, predestinado à perdição, no sentido
grego (fatalismo). Quando Adão pecou e afetou todos os seus descendentes com a
sua decisão, Deus anunciou ao casal, que estava sendo expulso do Éden,
redenção, através da semente da mulher, a todos os homens.
Os homens
entram no mundo sem exercerem uma escolha, ou seja, ninguém que nasceu ou
nascerá no mundo, escolheu entrar pela porta larga, mas, uma vez no mundo, é
anunciada uma oportunidade de redenção, o que torna possível uma decisão por
parte do homem que o livrará da condenação.
Não cabe ao homem no mundo uma escolha para decidir
o seu destino, pois essa escolha já foi realizada por Adão. Agora, cabe ao
homem, uma decisão, pois já está em um caminho que o conduz a perdição. Daí a
ordem: “Entrai pela porta estreita…” (Mt 7:13).
O homem
entra por Cristo (porta estreita) quando nasce de novo. Para nascer de
novo, basta crer com o coração, que Deus ressuscitou Jesus dentre os mortos e
confessar que Ele é o Filho do Deus vivo:
“A
saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus e em teu coração creres
que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração
se crê para a justiça e com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10:9-10).
Na
Bíblia, a visão grega fatalista não existe, assim como qualquer outro princípio
filosófico/teológico semelhante, como o determinismo.
O
posicionamento bíblico acerca da salvação e da perdição, está bem delineado nas
palavras que Deus disse a Ezequiel:
“Filho
do homem: Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu, da minha boca,
ouvirás a palavra e avisá-los-ás da minha parte. Quando eu disser ao ímpio:
Certamente morrerás; e tu não o avisares, nem falares para avisar o ímpio
acerca do seu mau caminho, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua
iniquidade, mas o seu sangue, da tua mão o requererei. Mas, se avisares ao
ímpio e ele não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrerá
na sua iniquidade, mas tu livraste a tua alma. Semelhantemente, quando o justo
se desviar da sua justiça e cometer iniquidade, e eu puser diante dele um
tropeço, ele morrerá: porque tu não o avisaste, no seu pecado morrerá; e suas
justiças, que tiver praticado, não serão lembradas, mas o seu sangue, da tua
mão o requererei. Mas, avisando tu o justo, para que não peque, e ele não
pecar, certamente viverá; porque foi avisado; e tu livraste a tua alma” (Ez 3:17-21).
Perdição e salvação
A Bíblia
apresenta dois caminhos, com dois destinos: salvação e perdição. De onde surgiu
a concepção, eivada de malignidade, de que Deus destinou alguns homens à
salvação e outros à perdição, antes mesmo de nascerem?
Vincular
indivíduos a destinos, antes mesmo de nascerem, é pensamento contrário às
Escrituras, pois a Bíblia evidencia que os destinos estão vinculados aos
caminhos. Se alguém nascido da carne e do sangue (Adão) não tomar a decisão de
acatar o convite de Deus, será conduzido pelo caminho largo à perdição, mas
qualquer que nascer do espírito (último Adão), acatando o convite de Deus,
estará no caminho estreito (Cristo), que conduz o homem a Deus.
O homem,
por si só, não vai à perdição ou à salvação, antes é conduzido pelos caminhos,
no qual se encontra:
“Entrai
pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à
perdição e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta e
apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem” (Mt 7:13-14)
Se Deus
determinasse, de antemão, quem seria salvo ou não, não haveria a necessidade de
Cristo vir ao mundo e morrer pela humanidade. Seria contrassenso a necessidade
de haver quem pregue o evangelho. Também, não seria exigível crer em Cristo.
Teríamos
que considerar que os destinados à salvação nunca se perderam de fato, ou seja,
nunca estiveram sujeitos ao pecado e à morte. Esses destinados à salvação, não
precisariam morrer e serem sepultados com Cristo, para ressurgirem uma nova
criatura.
A
parábola dos dois caminhos contém um princípio cristalino, acerca da salvação,
em Cristo, e da perdição, em Adão, que não deve ser ignorado, quando da leitura
de outras passagens bíblicas que tratam de temas como salvação e perdição.
Os terrenos e os espirituais
Certo é que ‘… a morte veio por um homem,
também, a ressurreição dos mortos, veio por um homem’, pois ‘… assim como todos morrem em Adão, assim, também, todos serão
vivificados em Cristo’ (1Co 15:21-22).
O
primeiro Adão, foi criado alma vivente e o último Adão, estabelecido como
espirito que dá vida. Há uma ordem natural: primeiro é criado o homem natural,
através da carne e do sangue de Adão e só então, é criado o homem espiritual,
segundo a palavra do último Adão, que é espirito e vida (Jo 6:63).
O homem nascido da carne e do sangue de Adão é
terreno, assim como foi Adão. Adão é da terra, portanto, carne e sangue não
concedem direito aos homens de entrar no reino dos céus: “E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem
herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdarem a incorrupção” (1Co
15:50).
É por
isso que Jesus disse que os nascidos da carne é carne e os nascidos do espírito
é espirito, ao evidenciarem ser necessário nascer de novo.
Os
nascidos da carne e do sangue de Adão são carnais e terrenos, portanto, não
podem herdar o Reino dos céus. Mas, os gerados segundo a semente incorruptível,
são herdeiros do reino dos céus, pois são celestiais tal qual o Senhor, que é
do céu.
Adão é a
porta larga, porque todos os homens que vem ao mundo têm que entrar pela carne
e o sangue de Adão. É através de Adão que entrou a morte no mundo e todos os
seus descendentes morreram em Adão. Cristo é a porta estreita, porque é o
último Adão e são poucos os que estão mortos em delitos e pecados que O
encontram, ou seja, tornam-se participantes da sua carne e sangue.
O
apóstolo Paulo, em poucas palavras, resume como, através de Adão, se deu a
perdição e, como através de Cristo, o último Adão, se dá a salvação:
“Assim
está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma
vivente; o último Adão, em espírito vivificante. Mas, não é
primeiro o espiritual, senão o natural; depois, o espiritual. O primeiro homem,
da terra, é terreno; o segundo homem, o SENHOR, é do céu. Qual o terreno, tais
são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais” (1Co 15:45-48).
Para
salvar o que efetivamente havia se perdido, Deus enviou o Seu Filho unigênito
ao mundo, conforme estabelecido nas Escrituras. É em função da promessa de que
Cristo viria ao mundo, que os patriarcas e os crentes da Antiga Aliança foram
salvos, pois creram que Deus haveria de enviar ao mundo o Descendente, em quem
todas as famílias da terra seriam benditas.
No mundo, o Unigênito do Pai revelou o Pai aos
homens e, através d’Ele, os homens puderam comprovar que Deus é fiel e
verdadeiro. Cristo prosperou naquilo para o qual foi enviado (Is 53:10; Is
55:11), pois, como servo, foi obediente em tudo ao Pai, portanto, foi
estabelecido como luz para os gentios: “Disse mais: Pouco é que
sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os
preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha
salvação até à extremidade da terra” (Is 49:6).
Para ser
salvo, eis a receita:
“E
há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo” (Jl 2:32; Rm 10:13).
Salvação
se obtém única e exclusivamente desta forma:
“…
esta é a palavra da fé, que pregamos, a saber: Se com a tua boca confessares ao
Senhor Jesus e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo. Visto que, com o coração, se crê para a justiça e com a boca, se
faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele
crer não será confundido” (Rm
10:8-11).
Se houver
dúvidas, observe como os cristãos de Éfeso foram salvos:
“Em
quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo
da promessa” (Ef
1:13).
Para que houvesse salvação, primeiro Deus
providenciou a palavra da fé e por isso foi anunciado o evangelho,
primeiramente a Abraão (Gl 3:8). Na plenitude dos tempos, a ‘fé’ foi manifesta
aos homens, pois sem ‘ela’ seria impossível ao homem agradar a Deus: “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei e
encerrados para aquela fé que se havia de manifestar” (Gl 3:23; Hb
11:6).
É através
da fé – Cristo – o firme fundamento, que os homens são enviados a pregar,
anunciando boas novas de salvação, pois como ouvirão se não há quem anuncie as
boas novas? E, como invocarão aquele em quem não creram? (Rm 10:14-15)
É nesse
sentido que a ‘fé’ precede a ‘conversão’ e o ‘novo nascimento’. Primeiro foi
dada a palavra da fé – o evangelho de Cristo, que deve ser anunciado para,
depois, haver arrependimento e o novo nascimento.
Não encontramos nas Escrituras Deus dizendo: – “Eu sou soberano para salvar”, ou – “Estou antevendo quem vou salvar”, antes é
anunciado: – “EIS que a mão do SENHOR não está encolhida,
para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir” (Is
59:1), pois a mensagem é simples: “Porque todo aquele que
invocar o nome do SENHOR será salvo” (Rm 10:13).
O pronome
‘todo’ é inclusivo, ou seja, ‘qualquer’ que invocar o nome do Senhor será
salvo, pois as suas mãos não estão encolhidas (Ele é poderoso para salvar) e os
seus ouvidos não estão agravados.
Em
momento algum Deus declara que escolherá aqueles que Ele há de salvar. Quando o
tema é salvação, Deus é poderoso e está pronto para salvar a qualquer que o
invocar. A salvação nem mesmo aparece na Bíblia, em conexão com a soberania e a
onisciência divinas.
“O
SENHOR teu Deus, o poderoso, está no meio de ti, ele salvará; ele se deleitará
em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo” (Sf 3:17).
Predestinação
Após
explicar que a morte entrou no mundo e todos morreram por causa da ofensa de
Adão e que a ressureição veio por meio de Cristo e por Ele serão vivificados
todos os que creem (1Co 15:21-22), o apóstolo Paulo demonstra que não há
diferença alguma entre Adão e os seus descendentes e que não haverá diferença
nenhuma entre Cristo e os seus muitos irmãos.
“Qual o
terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial,
tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do
terreno, assim traremos também a imagem do celestial” (1Co 15:49).
Adão foi
criado pelo Verbo eterno, assim como todas as coisas (Hb 1:10-12; Sl
102:25-27). Quando Adão foi criado, o Verbo eterno, teofanicamente,
manifestou-se e formou o homem do pó da terra e, ao soprar em suas narinas, o
homem tornou-se alma vivente.
Mas, qual foi a imagem que foi dada a Adão, quando
formado do pó da terra? Resposta: foi concedida a Adão a imagem que Cristo
deveria ter quando viesse ao mundo “… o qual (Adão) é a figura
daquele que havia de vir (Cristo)” (Rm 5:14). Uma questão de
lógica, pois se fosse dada outra imagem a Adão, quando Cristo viesse ao mundo,
teria a mesma imagem, segundo a imagem concedida a Adão.
Nesta
abordagem, não estamos evidenciando a perdição, decorrente da ofensa de Adão,
mas, sim, como seria a imagem de Cristo na plenitude dos tempos, se fosse
concedida outra imagem a Adão diversa da que foi dada no Éden.
Quando
Deus criou Adão, todos os descendentes de Adão foram preordenados a serem tal
qual Adão, pois qual o terreno, tais são, também, os terrestres.
O
apóstolo Paulo explica que, assim como todos os homens são como o terreno Adão,
os nascidos de novo em Cristo Jesus, quando revestidos da imortalidade, serão
semelhantes a Ele (traremos também a imagem do celestial):
“Amados,
agora somos filhos de Deus e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas
sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele;
porque assim como é o veremos” (1Jo 3:2).
Quando
Cristo se manifestar em glória (1Jo 3:2), será possível aos nascidos de novo
trazerem uma imagem diferente da imagem que Cristo, glorificado, agora possui à
destra da Majestade nas alturas?
Se os crentes hão de ser semelhantes a Cristo, é
impossível que os que creem em Cristo venham a ter uma imagem diversa da imagem
de Cristo glorificado, e o motivo é bem claro: “… pois assim como trouxemos a
imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial” (1Co
15:49). A questão que o evangelista João aborda neste verso não diz da salvação
em Cristo, mas da imagem que os salvos em Cristo haverão de ter quando Ele se
manifestar.
Por causa
de uma má leitura das Escrituras, ao longo da história da igreja, acreditou-se
que a predestinação era para a salvação, porém, a predestinação é garantia de
que o crente em Cristo, quando for revestido da imortalidade e incorrupção, há
de ser conforme a imagem de Cristo.
Todas as
vezes que o termo predestinação é utilizado na Bíblia, não aponta para a
salvação em Cristo, antes aponta para a imagem, à semelhança de Cristo:
“Porque
os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de
seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8:29).
A
predestinação tem um objetivo e atende a um propósito específico: a
primogenitura de Cristo! Para o propósito de Deus ser levado a
efeito, se fez necessário estabelecer de antemão qual imagem seria dada aos de
novo gerados, os irmãos de Cristo.
O
objetivo da predestinação é que todos os que creem em Cristo sejam conforme a
imagem (semelhança) de Cristo. Os irmãos de Cristo não serão como os homens e
nem como os anjos, antes, todos serão tal qual Cristo é.
O
propósito da predestinação foi estabelecido por Deus em Cristo (Ef 3:11), pois,
quando os cristãos foram predestinados a serem semelhantes a Cristo, por sua
vez, Cristo é elevado à condição de primogênito entre muitos irmãos
(semelhantes).
Romanos 8, verso 29 primeiro, trata da salvação em
Cristo, depois aborda a predestinação. Primeiro o apóstolo Paulo escreve acerca
da salvação: “Porque os que dantes conheceu…”, e, em
seguida, escreve acerca da predestinação: “… também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim
de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (v. 29).
Que erro
grosseiro ler que Deus predestinou para ser salvo, sendo que está escrito que
Deus predestinou para ser conforme a imagem de Cristo, ou seja, que os cristãos
serão semelhantes a Ele.
O verbo
grego προγινώσκω transliterado proginóskó traduzido por ‘dantes conheceu’ não
se refere a ‘saber de antemão’, ‘saber previamente’, ‘ter conhecimento de
antemão’. Ora, Deus é onisciente, portanto, sabedor de todas as coisas, quer
seja os eventos do passado, quer seja os eventos do presente e igualmente os
eventos do futuro.
É sem
sentido afirmar que Deus é presciente, se Ele é onisciente. Presciência é
reducionismo do atributo divino da onisciência.
O verbo
grego προγινώσκω empregado no verso 29, de Romanos 8, não significa ‘saber de
antemão’, antes foi utilizado para evidenciar a comunhão do crente com Deus. O
termo foi utilizado para evidenciar comunhão intima com Deus, semelhante ao
conhecimento que une homem e mulher em um só corpo.
O termo προγινώσκω contrapõe a ideia evidenciada
pelo termo γινώσκω, quando utilizado por Cristo, ao dizer: “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de
mim, vós que praticais a iniquidade”(Mt 7:23). Apesar de onisciente,
conhecedor de todas as coisas, os praticantes da iniquidade nunca se fizeram um
corpo com Cristo: “Porque somos membros do seu corpo, da sua
carne e dos seus ossos” (Ef 5:30).
O apóstolo evidenciou que Deus só predestina a ser
conforme a semelhança de Cristo, apenas aqueles que passaram (dantes) a ter
comunhão intima (conhecer) com Deus: “E eu dei-lhes a glória que a
mim me deste, para que sejam um, como nós somos um” (Jo 17:22).
Só é conhecido de Deus aquele que ama a Deus, pois
Ele mesmo disse que ‘ama aos que me amam’. “Mas, se alguém ama a Deus,
esse é conhecido dele” (1Co 8:3); “Eu amo aos que me amam, e os
que cedo me buscarem, me acharão” (Pv 8:17). Dantes conhecer é o
mesmo que, de antemão esperar em Cristo (Ef 1:12).
O sentido do termo grego amor (ágape), utilizado
nestes versos, é honrar, obedecer. Portanto, só é conhecido de Deus, ou antes,
Deus é conhecido de alguém, quando se guarda o seu mandamento, ou seja, quando
O ama: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me
ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai e eu o amarei e me manifestarei
a ele” (Jo 14:21); “Mas, agora, conhecendo a Deus,
ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos
fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?” (Gl 4:9).
Só os que
amam a Deus, ou seja, aqueles que se tornaram um com Ele, em Cristo estão
predestinados a serem conforme a semelhança de Cristo (Jo 17:21).
Primeiro,
a salvação, depois, a predestinação! Primeiro, a salvação, depois, a eleição,
como se lê:
“Portanto,
não te envergonhes do testemunho de nosso SENHOR, nem de mim, que sou
prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de
Deus, que nos salvou e chamou com uma santa vocação; não segundo as
nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça, que nos foi dada em
Cristo Jesus, antes dos tempos dos séculos” (2Tm 1:9).
O
apóstolo Paulo destaca o evangelho, ou seja, o testemunho de nosso Senhor, que
é o poder de Deus (Rm 1:16). Ora, é através do evangelho que o homem é salvo e,
para isso, é necessário que haja quem pregue, para que os homens possam crer,
pois como crerão se não há quem pregue?
O
apóstolo Paulo recomenda a Timóteo que participe das aflições do evangelho, o
poder de Deus que ‘nos salvou’, ou seja, salvou tanto o apóstolo Paulo, quanto
a Timóteo (Ef 1:13).
Após
salvo por intermédio do evangelho, os crentes são chamados com uma santa
vocação. Assim como a predestinação, o chamado, segundo a santa vocação, tem um
objetivo e atende a um propósito. O objetivo da vocação é para ser santo e
irrepreensível diante de Deus (Ef 1:4). O proposito é o louvor e glória da
graça que propôs convergir em Cristo todas coisas, para que em tudo Ele tenha a
preeminência (Ef 1:10).
Os crentes em Cristo foram eleitos para serem
santos e irrepreensíveis, porque constituem o corpo de Cristo. Como a cabeça é
santa, o corpo também tem de ser, por isso, Deus elegeu os crentes em Cristo, a
fim de serem santos e irrepreensíveis e Cristo alcança a preeminência, como a
cabeça do corpo: “E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o
princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a
preeminência” (Cl 1:18).
Ora, antes da fundação do mundo Deus elegeu a
Cristo e a sua geração, dai o predicativo: geração eleita: “Mas, vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa,
o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pd 2:9).
Má leitura
Muitos, quando leem: “Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1:26), entendem que Deus
criou o homem para ser adorado e louvado, no entanto, Deus criou o homem,
segundo o propósito que fez em Cristo, para que em tudo Cristo tivesse a
preeminência e assim, os homens em Cristo, fossem louvor e glória para a sua
graça.
A imagem
e semelhança anunciadas no Éden, não foram dadas a Adão, antes, o que foi
concedido a Adão, foi a imagem daquele que haveria de vir: a imagem de Jesus
Cristo-homem.
Quando
Cristo ressurgiu dentre os mortos, alcançou a imagem e a semelhança de Deus (Sl
17:15), tornando-se a expressa imagem do Deus invisível (Hb 1:3), quando a
vontade de Deus, anunciada antes da criação, cumpriu-se: Cristo, o Descendente
de Davi, tornou-se à imagem e semelhança do Deus invisível.
A semelhança que Cristo alcançou, quando ressurgiu
dentre os mortos, diz da semelhança que Satanás intentou alcançar, quando
pensou: “Subirei sobre as alturas das nuvens e serei semelhante ao
Altíssimo” (Is 14:14). É consenso, em meio aos cristãos, que
Satanás quis ser Deus, no entanto, o que ele queria mesmo, era ser semelhante
ao Altíssimo, posição que Cristo alcançou quando ressurgiu dentre os mortos e
todos os que n’Ele creem, estão predestinados a receber.
Os calvinistas dizem que na Bíblia há uma coleção
de versículos afirmando que Deus é soberano para escolher quem Ele quer para
salvar. Tremendo engano, pois as Escrituras enfatizam o poder de Deus, mas, não
a sua soberania: “Ao Todo-Poderoso não podemos alcançar; grande é em poder;
porém a ninguém oprime em juízo e grandeza de justiça” (Jó 37:23).
A
soberania está relacionada à posição de maioral entre semelhantes e o rei Davi,
neste sentido, era soberano em Israel. Deus é criador de todas as coisas,
portanto, não há ninguém que se compare ou iguale a Ele. Dizemos que Deus é
soberano, porque Ele é inatingível e inigualável, porém, as Escrituras não
enfatizam a soberania de Deus, mas, o poder, a justiça, a fidelidade, o amor,
etc.
A Bíblia apresenta Jesus Cristo como soberano, pois
Ele é da casa de Davi, seu Pai, e se assentará para reinar sobre os seus irmãos
e sobre toda a terra. Soberano é um titulo que pertence a Cristo, pois regerá
as nações com vara de ferro: “Porque Judá foi poderoso entre
seus irmãos e dele veio o soberano; porém, a primogenitura foi de José)” (1Cr
5:2).
A maioria dos Salmos que apontam para o Senhor
Altíssimo, diz respeito a Cristo, o Rei grande, visto que o principado está
sobre Cristo: “Porque o SENHOR Altíssimo é tremendo e Rei
grande sobre toda a terra. Ele nos subjugará os povos e as nações debaixo dos
nossos pés” (Sl 47:2-3); “Porque um menino nos nasceu,
um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o
seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz” (Is 9:6).
Ao longo
da história da igreja, textos bíblicos como: Rm 8:29, Ef 1:4-5 e11, Rm 9:6-29,
1Pe 2:8, Jd 4 e 1Pe 1:2 e 20 são mal interpretados, para afirmarem o fatalismo
calvinista. É uma aberração, afirmar, com base em Romanos 8, verso 29, que Deus
predestinou alguns para a salvação, se o texto bíblico afirma claramente que
Deus predestinou os que se fizeram um corpo com Cristo, para serem conforme a
imagem do seu Filho.
O apóstolo Paulo não afirmou que o homem é
predestinado para ser salvo e nem que é predestinado para ser filho, pois a
filiação divina é alcançada através do poder que Deus concede aos que creem em
Cristo:“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; Os quais não nasceram do
sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo
1:12-13).
Para ser
salvo e ser um dos filhos de Deus, só é possível por meio da fé em Cristo,
portanto, a salvação e a filiação não vêm pela predestinação. A predestinação é
para ser conforme a imagem de Cristo, para que Ele seja primogênito entre
muitos irmãos. A predestinação visa o propósito de Deus em Cristo, que é a
preeminência de Cristo em todas as coisas.
Ao
escapar do erro calvinista, há a igualmente perigosa e equivocada doutrina dos
arminianistas, que aponta algumas verdades, como a necessidade de
arrependimento para a salvação e que o homem pode rejeitar a oferta de salvação
em Cristo, mas enfatizam que Deus, prevendo quem haveria de crer, predestina
alguns à salvação.
Previsão
e premonição, são termos que se aplicam aos homens que desconhecem o futuro.
Deus não prevê o futuro e nem tem premonição, visto que Ele é onisciente e
onipresente. Prever e antever são verbos que não se aplicam a Deus, pois todas
as coisas estão nuas e patentes aos seus olhos.
Assim como Deus não pode mentir, Ele não pode
escolher alguns e desprezar outros, pois Ele não faz acepção de pessoas. O que
Deus escolheu foi salvar os que O amam, ou seja, os que guardam os seus
mandamentos. Somente aqueles que O honram, serão honrados por Ele: “Saberás, pois, que o SENHOR teu Deus, ele é Deus, o Deus
fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e
guardam os seus mandamentos” (Dt 7:9); “Portanto,
diz o SENHOR Deus de Israel: Na verdade tinha falado eu que a tua casa e a casa
de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora, diz o SENHOR:
Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém os que me
desprezam serão desprezados” (1Sm 2:30); “Se alguém me serve,
siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me
servir, meu Pai o honrará” (Jo 12:26); “Aquele
que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me
ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo
14:21).
Só amam a Deus aqueles que guardam o seu
mandamento, portanto, só ama a Deus aquele que crê em Cristo, pois este é o
mandamento: “E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho,
Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento” (1Jo
3:23).
Segundo a
teologia, diante das doutrinas calvinista e arminianista, não há outro caminho
a trilhar, se não o do equilíbrio. O termo paradoxo, tão utilizado na filosofia
passou a ser utilizado pela teologia para explicar os erros teológicos
inexplicáveis.
O
entendimento com viés grego fatalista, de que Deus traçou um plano para a vida
dos homens que é impossível de escapar e sem oferta real de salvação,
contaminou a leitura bíblica de muitos.
Tornou-se
consenso que os homens são autômatos, desempenhando um papel previamente
estabelecido por Deus, assim como os gregos conceberam o mitológico deus
Destino.
Em
resumo, a verdade bíblica cristalina descreve todos os nascidos da vontade da
carne, da vontade do varão e do sangue como perdidos, alienados de Deus por
causa da ofensa de Adão. Para ser salvo, é necessário crer que Jesus é o
Cristo, o Filho de Deus, e para isso são anunciadas as boas novas de salvação,
que descrevem o Cristo como o Filho de Davi, portanto, o Filho de Deus.
Após crer
em Cristo, o homem se torna um com Ele, e, de agora em diante, na condição de
salvo e filho de Deus, não lhe resta alternativa: será semelhante a Cristo,
pois Ele é o primogênito entre muitos irmãos!
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