Coronel Fabriciano 71 anos.
Coronel Fabriciano,a cidade mãe do Vale do Aço
Fabriciano Felisberto Carvalho de Brito (Antônio Dias, então freguesia subordinada a Itabira, 22 de agosto de 1840 – Antônio Dias, 28 de junho de 1921) foi um comerciante, farmacêutico, militar e político brasileiro. Em 25 de agosto de 1888, recebeu do imperador Dom Pedro II o título de tenente-coronel da Guarda Nacional para a região da Comarca de Piracicaba.
Fabriciano Felisberto Carvalho de Brito (Antônio Dias, então freguesia subordinada a Itabira, 22 de agosto de 1840 – Antônio Dias, 28 de junho de 1921) foi um comerciante, farmacêutico, militar e político brasileiro. Em 25 de agosto de 1888, recebeu do imperador Dom Pedro II o título de tenente-coronel da Guarda Nacional para a região da Comarca de Piracicaba.
Fabriciano Felisberto Carvalho de Brito nasceu em 22 de agosto de 1840 na então freguesia de Nossa Senhora de Nazaré de Antônio Dias Abaixo (atual município de Antônio Dias), pertencente a Itabira, no interior do estado de Minas Gerais, sendo filho do professor primário Antônio de Brito e de dona Theresa Umbelina.[2] Cursou o ensino primário em uma escola de sua cidade natal, tendo ainda pequeno aprendido o ofício de sapateiro, profissão que exerceu durante sua juventude. Posteriormente atuou como comerciante e farmacêutico, herdando do sogro, José Tomás Pereira, uma casa comercial de gêneros, armarinhos e tecidos. Esse empreendimento modernizou-se a partir das viagens que fez ao Rio de Janeiro, de onde trazia mercadorias variadas e encomendas para a população da localidade.[1]
Anos mais tarde, tornou-se um líder local, passando a exercer, por nomeação, diversos cargos públicos: escrivão do Cartório de Paz e da Subdelegacia de Polícia em 1862, subdelegado de polícia em 1876, agente dos Correios em 1877 e primeiro suplente de Juiz Municipal para o Distrito de Antônio Dias em 1888. Em 25 de agosto de 1888, através do apoio de amigos e do Partido Conservador, Fabriciano recebeu do imperador Dom Pedro II o título de tenente-coronel da Guarda Nacional para a região da Comarca de Piracicaba.[1] Por intermédio de seu filho, Eusébio Tomás de Carvalho Brito, deputado e membro da comissão responsável pela divisão administrativa de Minas Gerais, foi um dos responsáveis pela criação da Vila de Antônio Dias (1911) e do distrito de Melo Viana (1923), sendo este mais tarde batizado de Coronel Fabriciano em sua referência e emancipado em 1948.[3] Além da criação de um Grupo Escolar, necessária para que fosse Antônio Dias fosse instalada, Fabriciano também se encarregou da vinda da primeira estação telegráfica da cidade em 1920, coordenou a construção do primeiro hospital e deu início às obras da Igreja Matriz.
Felisberto de Brito foi um dia pioneiros de nossa cidade e seu nome tornou o nome da cidade. Nomeado tenente coronel pelo imperador ,foi então reconhecido pelo povo como Coronel Fabriciano e por isso o nome da cidade.
CORONEL FABRICIANO E ESPOSA DONA ANNA ANGÉLICA
“Fabriciano, depois de ter tido uma pequena fábrica de sapatos (ele também tinha o ofício de sapateiro e trabalhava junto com os seus empregados), estabeleceu-se como negociante. Enquanto ele ficava na loja e fazia sapatos, Anna Angélica dirigia a casa, cuidava dos filhos, fazia biscoitos para vender na loja, costurava calças e camisas para os fregueses e cuidava da cozinha. Era uma abelhinha para trabalhar. Quantas vezes a gente a ouvia dizer, mostrando as mãos: “O que estas mãos sagradas não fazem, quem há de fazer?”.
Neste tempo, Antônio Dias era um pequeno arraial, que não deixava de ter os seus atrativos no seu aspecto bucólico. A igreja fora construída pelo bandeirante Antônio Dias, que morreu e foi sepultado na terra a que deu o nome. Existe uma lápide com o nome do fundador e o ano do seu falecimento na porta da igreja, o que representa uma contribuição histórica para a cidade. Em frente, na outra margem, no alto do morro, o Cruzeiro. Embaixo, o rio Piracicaba, em cujas margens se alinhava o casario, formado de casas de estilo aproximado ao colonial simples, com portas e janelas geralmente azuis e com paredes brancas.
Na praça da matriz se encontrava a loja de Fabriciano e do lado esquerdo o rancho que servia para receber as cargas e os arreios da tropa, no tempo em que funcionava a loja. Do lado direito, a casa de moradia, com graciosas janelas e a porta de entrada com a indefectível cancela.
Neste tempo, a população devia ser de 1.500 a 2.000 habitantes. As ruas eram assim denominadas: Rua de Baixo, Rua de Cima, Bonfim, Sítio, Beco da Ponte. Tudo simples, respirando paz. Distrações não havia ou a custo encontradas nas banalidades do dia-a-dia. Por exemplo, se os que chegavam a cavalo, despertavam os que estavam tranquilos em casa, com o tropel nas pedras da rua, de todas as janelas surgia gente curiosa para saber quem era e logo a notícia corria. Sabe quem está na terra? Se era gente de fora, hospedada na casa de Fabriciano, logo logo, aparecia gente para conversar, para saber novidades ou para contá-las. Uma delas era Andrelina de Castro, filha de Joaquim Tito, o sapateiro auxiliar de Coronel Fabriciano, afilhada da casa da qual participava da intimidade, passando lá diariamente, várias horas. Ao chegar ia logo dizendo: “Louvado seja Cristo, meu padrinho ou....minha madrinha”.
Era uma mulher de inteligência rara. Estudou as primeiras letras e através da leitura de jornais e de um outro livro que lhe caía nas mãos, chegou a adquirir uma cultura invulgar.
Sabia opinar a propósito de tudo, dos fatos corriqueiros da terra à política, que ela conhecia como ninguém. Era muito alta, dentes bons lhe enfeitavam o riso franco. Não era bonita. Quando se empolgava e defendia seus pontos de vista, levantava-se da cadeira e andava de um lado para outro, gesticulando e falando em tom de oratória. Conhecia História Geral e Religião.
OS FILHOS DE FABRICIANO
“Fabriciano, depois de ter tido uma pequena fábrica de sapatos (ele também tinha o ofício de sapateiro e trabalhava junto com os seus empregados), estabeleceu-se como negociante. Enquanto ele ficava na loja e fazia sapatos, Anna Angélica dirigia a casa, cuidava dos filhos, fazia biscoitos para vender na loja, costurava calças e camisas para os fregueses e cuidava da cozinha. Era uma abelhinha para trabalhar. Quantas vezes a gente a ouvia dizer, mostrando as mãos: “O que estas mãos sagradas não fazem, quem há de fazer?”.
Neste tempo, Antônio Dias era um pequeno arraial, que não deixava de ter os seus atrativos no seu aspecto bucólico. A igreja fora construída pelo bandeirante Antônio Dias, que morreu e foi sepultado na terra a que deu o nome. Existe uma lápide com o nome do fundador e o ano do seu falecimento na porta da igreja, o que representa uma contribuição histórica para a cidade. Em frente, na outra margem, no alto do morro, o Cruzeiro. Embaixo, o rio Piracicaba, em cujas margens se alinhava o casario, formado de casas de estilo aproximado ao colonial simples, com portas e janelas geralmente azuis e com paredes brancas.
Na praça da matriz se encontrava a loja de Fabriciano e do lado esquerdo o rancho que servia para receber as cargas e os arreios da tropa, no tempo em que funcionava a loja. Do lado direito, a casa de moradia, com graciosas janelas e a porta de entrada com a indefectível cancela.
Neste tempo, a população devia ser de 1.500 a 2.000 habitantes. As ruas eram assim denominadas: Rua de Baixo, Rua de Cima, Bonfim, Sítio, Beco da Ponte. Tudo simples, respirando paz. Distrações não havia ou a custo encontradas nas banalidades do dia-a-dia. Por exemplo, se os que chegavam a cavalo, despertavam os que estavam tranquilos em casa, com o tropel nas pedras da rua, de todas as janelas surgia gente curiosa para saber quem era e logo a notícia corria. Sabe quem está na terra? Se era gente de fora, hospedada na casa de Fabriciano, logo logo, aparecia gente para conversar, para saber novidades ou para contá-las. Uma delas era Andrelina de Castro, filha de Joaquim Tito, o sapateiro auxiliar de Coronel Fabriciano, afilhada da casa da qual participava da intimidade, passando lá diariamente, várias horas. Ao chegar ia logo dizendo: “Louvado seja Cristo, meu padrinho ou....minha madrinha”.
Era uma mulher de inteligência rara. Estudou as primeiras letras e através da leitura de jornais e de um outro livro que lhe caía nas mãos, chegou a adquirir uma cultura invulgar.
Sabia opinar a propósito de tudo, dos fatos corriqueiros da terra à política, que ela conhecia como ninguém. Era muito alta, dentes bons lhe enfeitavam o riso franco. Não era bonita. Quando se empolgava e defendia seus pontos de vista, levantava-se da cadeira e andava de um lado para outro, gesticulando e falando em tom de oratória. Conhecia História Geral e Religião.
OS FILHOS DE FABRICIANO
ANTÔNIO DIAS 1920: Coronel Fabriciano com seus filhos José Tomás (à direita), Manoel Tomás (à esquerda) e Euzéebio Tomás em pé, entre Ramiro Berbert de Castro e Cândido de Oliveira. Respectivamente genros de Manoel e Euzébio Tomás.
Mas...foi uma pena! Vocação se não é bem cultivada, se arrefece e se perde. José Tomás foi influenciado pelo mano que estudava Direito e que o levou para São Paulo para entrar na Faculdade do Largo São Francisco. José Tomás hospedou-se na república dos estudantes, onde morava seu irmão. Foi o desastre: a estudantada, influenciada pelo positivismo quis atrair também José Tomás para as idéias contistas, desviando-o da vocação. Ele desistiu de ser padre, mas também não se sentiu bem no meio da mocidade sem religião. Voltou à casa dos pais, na pacata Antônio Dias.
Os estudos dos filhos e as “chorosas” partidas
Chegou o tempo de seguirem para os estudos os filhos de Fabriciano e Ana Angélica. Enquanto se preparavam para partir, Ana Angélica, muito chorosa, dizia: “Eu preferia que Inhô (Fabriciano) fosse pobre para eu não ter de separar-me de meus filhos...”. Coitadinha, de fato naquele tempo a separação dos filhos era muito penosa, pois não havia meios de comunicação que diminuíssem as distâncias, facilitando um encontro mais frequente com eles.
Juca (José Tomás), o mais velho, seguiu para Mariana, para o famoso seminário onde pontificavam padres lazaritas de muito saber, sob a jurisdição de bispos como Dom Benevides, Dom Viçoso, Dom Silvério.
Manoel Tomás e Eusébio, o mais novo, continuaram os estudos iniciados em Itabira, com Mestre Emílio, na capital de Minas, ou seja, Ouro Preto, antiga Vila Rica.
Eusébio optou pela carreira de farmacêutico e tão logo se formou iniciou-se na vida prática, casando-se em seguida com uma linda moça de olhos azuis, cabelos louros e tez muita alva. Chamava-se Ernestina, pertencia à família Lage e era conhecida pelo apelido de Netinha. Eusébio era apaixonado pela noiva e muito romântico. Prova-se uma fotografia em que ele com um retrato de Netinha sobre uma mesa se deixou fotografar numa atitude embevecida de enamorado. Diga-se de passsagem que ele também era um guapo rapaz.
O casal formou uma bela família de oito filhos, três homens e cinco mulheres. Todos estudaram e se formaram, casaram e constituíram família. As bonitas filhas Ceci e Zuleika permaneceram solteiras, apesar de muito assediadas por bons partidos. Acompanharam os pais com muita dedicação e exerceram com proficiência funções na Secretaria da Educação do Estado de Minas Gerais.
Assim que formou, Eusébio Tomás estabeleceu-se em Antônio Dias, com uma farmácia e fazia as vezes de médico, pois naquele tempo não os havia no lugar.
Construíu sua casa num terreno pegado ao de seu pai e todo seus filhos nasceram lá. A casa era de um estilo aproximado ao normando, grande e confortável.
Mudando-se para Belo Horizonte, fez mais tarde, depois dos quarenta anos, o curso de Direito, ingressando na política e, atuando como deputado, prestou muitos serviços a zona que o elegeu. Em suma, tinha um grande prestígio em todo o Vale do Rio Doce, notadamente em Itabira, Antônio Dias, Sant’Ana de Ferros, São José da Lagoa (hoje Nova Era), São Domingos do Prata e outros.
Além de político, era pessoa de fino trato, sabendo relacionar-se com todos, com os compadres e com os humildes, adquirindo assim, além do prestígio, uma amizade singular em toda zona. Quando voltava a Antônio Dias, em visita aos pais e possivelmente para politicar, as visitas que recebia eram ininterruptas. Vinha gente de todo o município, a casa ficava repleta e Sá Donana (apelido da mãe de Eusébio, Ana Angélica) era inexcedível, atendendo a todos com cafezinho e com palavras amáveis, servindo mesmo refeição para aqueles que moravam longe ou eram pessoas ligadas por uma maior amizade ou pelo compadresco.
Assim é que Antônio Dias foi adquirindo foros de uma cidade tradicional, berço de pessoas ilustres, conservando, entretanto, o cunho de vida simples, de comunidade familiar, em que todos se conheciam e se tratavam sem etiquetas: ao contrário, não se dava senhoria para quase ninguém e havia um entrelaçamento de relações entre os mais afortunados e os de condições humildes ou mesmo pobres. Era a igualdade absoluta o que tornava a vila e mais tarde, a cidade, uma comunidade “suigeneris”, onde todos se sentiam bem, inclusive os forasteiros, aqueles que por uma razão particular, ali se estabeleciam. Muitos deles criavam raiz na terra e não mais se desligavam dela e do convívio de seu povo acolhedor”, relatou Maria Cecília Maurício da Rocha, sobrinha de Eusébio e filha de José Tomás.
Quadro a óleo da sede da Fazenda do Chavasco, pintado por J. Felisale, por volta de 1910. Ao centro, a casa do administrador Coronel Fabriciano, e à direita, o escritório, a casa de arreios e a cachoeira. O quadro foi todo pintado, aprumado, limpo, como os proprietários primavam em manter sempre.
O TÍTULO DE "CORONEL"
No dia 25 de agosto de 1888, aos 48 anos, através do apoio de amigos e do Partido Conservador, recebeu de sua majestade D. Pedro II, o título de Tenente-Coronel da Guarda Nacional para a região da Comarca de Piracicaba. O título de Coronel, dado a civis no Brasil surgiu com a criação da Guarda Nacional, em 1832, pelo Regente Feijó. O agraciado com o título teria a função de reunir milícias em casos de situação premente da ordem e da defesa nacional. O Coronel era geralmente um grande proprietário de terras, poderoso chefe político que se impunha sobre a população na sua área de atuação. No entanto, Coronel Fabriciano que era na verdade, Tenente-Coronel, nem teve tempo para exercer o cargo em sua plenitude, uma vez que recebeu o título um ano antes do fim do Império.
Coronel Fabriciano Felisberto de Britto impunha-se pela sua capacidade de liderança e trabalho. Preocupado com as questões sociais de seu tempo, buscou com o seu prestígio realizar obras que promovessem o bem-estar da população da cidade de Antônio Dias. Além da luta pela emancipação, destacam-se como seus feitos a construção do primeiro grupo escolar do Baixo Piracicaba, o segundo de Minas Gerais, em 1909; instalação de linha do telégrafo em 1920; e fundação da Santa Casa de Misericórdia da qual foi provedor até sua morte em 1920.
Por intermédio de seu filho, Eusébio Tomás de Carvalho Britto, deputado e membro da comissão responsável pela divisão administrativa de Minas Gerais, foi um dos responsáveis pela criação da Vila de Antônio Dias (1911) e do distrito de Melo Viana (1923), sendo este mais tarde batizado de Coronel Fabriciano em sua referência e emancipado em 1948.
Além da criação de um Grupo Escolar, necessária para que fosse Antônio Dias fosse instalada, Fabriciano coordenou a construção do primeiro hospital e deu início às obras da Igreja Matriz.
Carta Patente, assinada pelo Imperador Dom Pedro II, em 25 de agosto de 1888. Trata-se do documento de nomeação do cidadão Fabriciano Felisberto de Britto como Tenente-Coronel da Guarda Nacional, para a região da Comarca do Piracicaba, com sede em Itabira.
HOMENAGENS
No dia 17 de abril de 1909, foi instalada em Antônio Dias a escola que leva desde então o nome do tenente-coronel. Pelo decreto-lei estadual nº 88, de 30 de março de 1938, o então distrito antoniodiense Melo Viana foi batizado com o nome de Coronel Fabriciano, emancipando-se em 27 de dezembro de 1948. A carta-patente da nomeação de Fabriciano Felisberto de Britto a tenente-coronel da Guarda Nacional, assinada pelo imperador Dom Pedro II em 1888, foi tombada como patrimônio cultural fabricianense através do decreto municipal nº 1.033, de 31 de março de 1997.
FALECIMENTOS
Fabriciano Felisberto veio a falecer no dia 28 de junho de 1921 e a esposa Anna Angélica de Carvalho Britto, dia 21 de maio de 1936. O casal encontra-se sepultado na Capela São Geraldo, em Antônio Dias (MG), construída pelo coronel para mausoléu da família.
Após a reforma da capela, em meados da década de 1970, seus restos mortais, juntamente com os de sua esposa, foram transladados para o interior do templo.
No dia 17 de abril de 1909, foi instalada em Antônio Dias a escola que leva desde então o nome do tenente-coronel.
CURIOSIDADES SOBRE CORONEL FABRICIANO FELISBERTO
- Fabriciano antes de tornar-se um próspero e influente comerciante, teve uma modesta fábrica de sapatos, onde executava o ofício de sapateiro e trabalhava junto com seus empregados na cidade de Antônio Dias, ou melhor, Antônio Dias Abaixo.
- Fabriciano era um homem muito religioso era um dever sagrado seu rezar o terço com a família todas as noites às 9h e de hábitos simples e rígido.
- Depois da ladainha em latim servia leite quente com biscoitos, servido pela esposa e se recolhia. Era um apaixonado leitor de jornais que chegavam à antiga vila de Antônio Dias Abaixo duas vezes por semana.
- Almoçava sempre às 9h da manhã; fazia a siesta deitado num banco da varanda; continuava a ler; atendia todos os pedidos; tratava dos assuntos políticos; e dava suas voltas conversando com conhecidos.
- Filho de um professor, José Antônio de Britto, quando jovem Fabriciano fez promessa de nunca mais pegar em baralho, depois de perder no carteado 14 mil réis, uma vultosa quantia para a época. Sua esposa, Ana Angélica, dirigia a casa, cuidava dos filhos, fazia biscoitos para vender na loja, e costurava calças e camisas para os frequeses.
- ‘A Loja Grande’ era o nome do comércio de Fabriciano e, segundo anúncio publicado em 1903 no ‘Correio de Itabira’, possuía “um completo e variado sortimento de fazendas, ferragens, armarinho, roupas feitas, calçados, chapeos (sic) de sol e de cabeça, molhados, louças, kerozene (sic) e muito outros artigos”.
- Nesse tempo, o homem mais rico e poderoso da antiga vila de Antônio Dias Abaixo, o coronel Manoel de Barros de Araújo Silveira, viria a ter grande influência na vida de Fabriciano.
- Sua segunda esposa, após a morte de d. Clara de Ataíde Barros (que morreu bem nova), foi d. Maria Tomásia de Carvalho, irmã de Ana Angélica. Assim, ao tornar-se concunhado de Fabriciano, cresceu um forte laço de amizade entre os dois.
- Foi o coronel Manoel de Barros – que tinha sido deputado da província mineira durante o Império que emprestou dinheiro para Fabriciano comprar sua primeira escrava, Luisa. Sabe-se, também, que a casa de Fabriciano, que ficava à direita da igreja de N. S. de Nazaré, era um ponto de venda de leite. Segundo a autora, as vacas do avô “não primavam pela robustez”.
- A medição de cada garrafa, vendida ao preço de cem réis, era feita pelo próprio Fabriciano, que não suportava retardatários, já após tal obrigação, era absorvido pela leitura dos jornais.
- A propósito da promessa de Fabriciano (que comprou o título de Coronel da Guarda Nacional, hábito comum na época) de nunca mais pegar em baralho e que tal fato marcou a personalidade do futuro chefe político, tornando-o mais rígido na educação dos filhos. Certa noite, notando as ausências de José Tomás e Eusébio (já casados) saiu à procura deles e os encontrou na mesa de baralho.
- Irritado, esbravejou: “Isto são horas de pais de família estar na rua jogando?”. Sem dizer nada, os dois saíram acompanhando o pai. Detalhe: eram dez horas da noite.
- Fabriciano antes de tornar-se um próspero e influente comerciante, teve uma modesta fábrica de sapatos, onde executava o ofício de sapateiro e trabalhava junto com seus empregados na cidade de Antônio Dias, ou melhor, Antônio Dias Abaixo.
- Fabriciano era um homem muito religioso era um dever sagrado seu rezar o terço com a família todas as noites às 9h e de hábitos simples e rígido.
- Depois da ladainha em latim servia leite quente com biscoitos, servido pela esposa e se recolhia. Era um apaixonado leitor de jornais que chegavam à antiga vila de Antônio Dias Abaixo duas vezes por semana.
- Almoçava sempre às 9h da manhã; fazia a siesta deitado num banco da varanda; continuava a ler; atendia todos os pedidos; tratava dos assuntos políticos; e dava suas voltas conversando com conhecidos.
- Filho de um professor, José Antônio de Britto, quando jovem Fabriciano fez promessa de nunca mais pegar em baralho, depois de perder no carteado 14 mil réis, uma vultosa quantia para a época. Sua esposa, Ana Angélica, dirigia a casa, cuidava dos filhos, fazia biscoitos para vender na loja, e costurava calças e camisas para os frequeses.
- ‘A Loja Grande’ era o nome do comércio de Fabriciano e, segundo anúncio publicado em 1903 no ‘Correio de Itabira’, possuía “um completo e variado sortimento de fazendas, ferragens, armarinho, roupas feitas, calçados, chapeos (sic) de sol e de cabeça, molhados, louças, kerozene (sic) e muito outros artigos”.
- Nesse tempo, o homem mais rico e poderoso da antiga vila de Antônio Dias Abaixo, o coronel Manoel de Barros de Araújo Silveira, viria a ter grande influência na vida de Fabriciano.
- Sua segunda esposa, após a morte de d. Clara de Ataíde Barros (que morreu bem nova), foi d. Maria Tomásia de Carvalho, irmã de Ana Angélica. Assim, ao tornar-se concunhado de Fabriciano, cresceu um forte laço de amizade entre os dois.
- Foi o coronel Manoel de Barros – que tinha sido deputado da província mineira durante o Império que emprestou dinheiro para Fabriciano comprar sua primeira escrava, Luisa. Sabe-se, também, que a casa de Fabriciano, que ficava à direita da igreja de N. S. de Nazaré, era um ponto de venda de leite. Segundo a autora, as vacas do avô “não primavam pela robustez”.
- A medição de cada garrafa, vendida ao preço de cem réis, era feita pelo próprio Fabriciano, que não suportava retardatários, já após tal obrigação, era absorvido pela leitura dos jornais.
- A propósito da promessa de Fabriciano (que comprou o título de Coronel da Guarda Nacional, hábito comum na época) de nunca mais pegar em baralho e que tal fato marcou a personalidade do futuro chefe político, tornando-o mais rígido na educação dos filhos. Certa noite, notando as ausências de José Tomás e Eusébio (já casados) saiu à procura deles e os encontrou na mesa de baralho.
- Irritado, esbravejou: “Isto são horas de pais de família estar na rua jogando?”. Sem dizer nada, os dois saíram acompanhando o pai. Detalhe: eram dez horas da noite.
Observação: Esse vídeo foi criado a sete anos e alguns personagens podem já estar falacidos como o saudoso pároco da cidade e bispo Dom Lelis Lara.
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