Teosofia e cristianismo

Teosofia e cristianismo

Teosofia:
conjunto de doutrinas religiosas de caráter sincrético, místico e iniciático, acrescidas eventualmente de reflexões filosóficas, que buscam o conhecimento da divindade para alcançar a elevação espiritual.

Cristianismo:
religião da fé em Jesus Cristo, de sua ética e sua promessa de redenção.
2.TEOLOGIA
a doutrina cristã, revelada nos Evangelhos.
3.POR METONÍMIA
o conjunto das religiões ditas cristãs e institucionalizadas (o catolicismo, as igrejas ortodoxas, as centenas de confissões do protestantismo).
4.POR METONÍMIA
cada uma dessas religiões ou o corpo de ensinamentos de cada uma.
Historicidade da teosofia
DescriçãoElena Petrovna Blavátskaya, mais conhecida como Helena Blavatsky ou Madame Blavatsky, foi uma prolífica escritora russa, responsável pela sistematização da moderna Teosofia e cofundadora da Sociedade Teosófica. Wikipédia
Nascimento: 12 de agosto de 1831, Denipropetrovsk, Ucrânia
Falecimento: 8 de maio de 1891, Londres, Reino Unido
Nome completo: Helena Petrovna Blavatsky
Cônjuge: Michael C. Betanelly (de 1875 a 1878)
A Sociedade Teosófica foi fundada por Helena Petrovna Blavatsky e pelo coronel Henry Steel Olcott, primeiro a presidir esta instituição, em Nova York, no dia 17 de novembro de 1875. Esta expressão provém do grego theosophia, theos – Deus – e sophos – sabedoria -, normalmente compreendida como Sabedoria Divina.

A Teosofia condensa elementos filosóficos, religiosos e científicos, inerentes às diversas religiões e culturas, desde o nascimento da Humanidade. Segundo Blavatsky, estas crenças estão presentes de uma forma ou de outra nas mais variadas civilizações ao longo do tempo, conquistando aqui e ali, de acordo com os costumes e hábitos culturais de cada povo, manifestações distintas. Portanto, a Teosofia seria uma nova forma de se exprimir estes conceitos, não uma religião ou uma profissão de fé.
A Teosofia teria surgido inicialmente na Índia, seria velha conhecida dos egípcios antes mesmo da Dinastia Ptolomaica, e ressurgiria no século III, em plena era do Neoplatonismo, através dos filósofos Plotino e Amônio Saccas, considerado o mentor deste movimento filosófico. No período medieval, Jacob Boehme era reputado igualmente como adepto da Teosofia, e há registros deste conhecimento em 1697, nos Anais Teosóficos da Sociedade de Philadelphia. Ela se tornou célebre, porém, com a inauguração da Sociedade Teosófica de Helena Blavatsky.

Os neoplatônicos eram chamados também de analogistas, porque a Sabedoria por eles procurada não estava presente apenas nos livros, mas inclusive na analogia entre objetos distintos, na associação da alma humana com o universo exterior e os eventos naturais. Assim, o que importa realmente é alcançar o Saber pela pesquisa direta da Verdade, expressa na Natureza e no Homem. Para Helena, a Teosofia tem a mesma significação de ‘Verdade Eterna’.
A teosofia é uma espécie de código moral divino que se encontra na raiz de todas as religiões ao longo da História, representada em cada cultura por meio de seus símbolos e arquétipos. Assim, ela esteve presente no Egito Antigo, na Grécia Clássica, na Babilônia, no Tibete, na América e na Europa, mesmo que esses povos não tenham estabelecido entre si nenhum contato, pois estes preceitos subsistem autonomamente. Blavatsky absorveu das tradições orientais diversos termos que, através de sua versão moderna da Teosofia, foram amplamente popularizados no Ocidente, tais como Maya – ilusão -; Dharma – caminho -; Mahatmas – grandes almas -; Reencarnação e o Karma.

Mas o movimento teosófico atual é influenciado também por elementos de outras doutrinas, como o Taoísmo, o Budismo, a Cabala, o Cristianismo, a Gnose e o Hermetismo. Os adeptos desta filosofia acreditam na vitória da fraternidade universal, na fonte espiritual de tudo que existe, na unidade da vida, em uma origem unicista e eterna do conhecimento, na conexão entre os principais mitos que marcam as culturas planetárias, esboçam a estrutura cósmica e a do ser humano, revelam a importância da reforma interior de cada um, demonstram que há dimensões ainda desconhecidas e invisíveis para o Homem, mas afirmam que a Humanidade estará um dia preparada para conhecer o que hoje está oculto, portanto defendem a evolução humana.
Um dos pontos da Teosofia causou intensa polêmica e controvérsia, a de que haveriam seres perfeitos, zelando pelo Homem; entidades que um dia foram imperfeitas como nós, mas que evoluíram e se tornaram super-humanas. Seriam profetas, santos, mensageiros divinos que estariam sempre guiando a Humanidade em sua jornada. Embora Helena nunca tenha pregado algum tipo de limpeza étnica, seus escritos foram distorcidos e serviram como argumentos e inspirações para movimentos racistas e genocidas como o Nazismo. Alguns escritores afirmam que Hitler era profundo conhecedor da Teosofia.

A Teosofia moderna foi alvo de várias polêmicas, denúncias suspeitas, escândalos e depreciações, mas nunca nenhuma das acusações levantadas contra a Sociedade Teosófica foi comprovada. Por outro lado, eles nunca se autoafirmaram como seres perfeitos e incapazes de falir, nem pregaram que eram detentores da verdade absoluta. Eles se consideravam limitados no conhecimento que detinham, pois também estavam sujeitos às leis da evolução.

Fonte de autoridade


O livro mais importante da fundadora é A doutrina secreta (1888). Suas outras obras são: A voz do silêncio (1889), Isis sem véu e A chave da teosofia. Embora a palavra teosofia signifique a sabedoria de Deus, essa nova sabedoria, no entanto, não tem nada em comum com a verdadeira sabedoria de Deus (1Co 2.6-13).
Blavatsky declarou que "não é o temor do Senhor o princípio da sabedoria, mas o conhecimento do EU que se torna a principal sabedoria" (A doutrina secreta). Os Upanixades e os Vedas, livros sagrados do hinduísmo, constituem a base para grande parte de suas doutrinas. O budismo também influenciou grandemente as doutrinas da teosofia.
Como lemos na Bíblia: "O temor do Senhor é o verdadeiro princípio da sabedoria" (Sl 111.10), e não a sabedoria aprendida nos meios ocultistas, pois esta é "terrena, animal e diabólica. Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia" (Tg 3.15,17).

A mãe da Nova Era


Um grande número de estudiosos procura uma data específica para o início do Movimento Nova Era (MNE), e indicam esse ponto de partida como sendo a data da fundação da Sociedade Teosófica, em 1875, na cidade de Nova York. A teosofia declara ser "a essência de todas as religiões e da verdade absoluta, da qual uma gota apenas se encontra em cada crença".4 Seus ensinos englobam os neoplatônicos5, os gnósticos6, a cabala judaica7, a mística dos rosacruzes8 e certas doutrinas de Paracelso9.
Um dos ensinos fundamentais da Nova Era é a criação de uma religião universal. A teosofia tem o mesmo objetivo. Tanto uma quanto a outra procuram juntar o melhor de várias doutrinas em uma só religião. Essa mistura religiosa é denominada sincretismo. A palavra sincretismo designa "qualquer mistura de pensamentos e práticas diversas, com o objetivo de formar um todo, criando, a partir dessa união, algo novo, mantendo essencialmente as mesmas características das anteriores".10
A pergunta que se faz é: "Em que se baseava a escritora para afirmar que a teosofia é a essência de todas as religiões e da verdade absoluta?". Por incrível que pareça, ela se baseava no testemunho de videntes, isto é, de mestres iluminados do Tibete, no ensinamento da Loja Branca, da Hierarquia dos Adeptos e na cultura do pretenso continente Atlântida, que não passa de mera ficção literária de Platão.
Tal posição é oposta ao que Cristo afirmou sobre si mesmo, dizendo: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo 14.6). Por sua vez, Pedro, em sua segunda carta, declara: "Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo; e temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações (2Pe 1.16-19).
Tais homens, tidos como mahatmas (mestres iluminados), não passam de falsos cristos, indicados por Jesus em Mateus 7.15.

A teosofia e a Bíblia


Como essência de todas as religiões, a teosofia reúne os ensinos centrais da Nova Era, um movimento eclético que engloba doutrinas do hinduísmo, do taoísmo, do budismo, do cristianismo e de práticas como a ioga e a meditação transcendental para despertar o suposto poder latente do ser humano.
O aspirante à teosofia deve submeter-se a uma disciplina: "o carma ioga, a senda da prova" e, depois, a "senda do discípulo", propriamente dito, que o levarão, progressivamente, ao estado de pleno desenvolvimento e de aptidão para o nirvana.

Ensinos teosóficos versus ensinos cristãos


Teosofia: Jesus um dos cristos


Declaram que a atual "raça-trono" ariana já teve até agora cinco cristos, ou seja, cinco encarnações do Supremo Mestre do Mundo, que foram: Buda, Hermes, Zoroastro, Orfeu e Jesus. Afirmam que Cristo usou o corpo de Jesus. Desta forma, Jesus não deve ser considerado o único Filho de Deus, o Deus homem. Ele é apenas uma das muitas manifestações ou aparições de Deus através dos séculos. Cristo é distinto de Jesus. Cristo é uma idéia perfeita de Deus - o despertar da divindade inerente. Jesus tem a consciência crística ou espírito crístico mais desenvolvido do que outros, mas cada um pode desenvolver seu espírito crístico ou consciência cósmica. Não bastasse tudo isso, ainda aguardam a chegada de um novo cristo, que será mais poderoso do que o Senhor Jesus Cristo. Esse novo cristo unirá todas as religiões em uma só, dizem os teosofistas.

Cristianismo: Jesus é o Cristo
Jesus e Cristo são dois nomes para a mesma pessoa. Jesus não se tornou o Cristo como pessoa adulta, mas nasceu o Cristo (Lc 2.11,26; Jo 1.41; Mt 16.13-16; Jo 11.25,27). O Cristo da Bíblia é o Jesus de Nazaré histórico e o eterno Filho de Deus. Ele se tornou homem, viveu uma vida sem pecado, sofreu a morte vicária e ascendeu aos céus, ao seu Pai (Gl 4.4,5; 1Co 15.3,4; At 1.9-11).
A Bíblia apresenta Jesus como a única manifestação de Deus na carne (Jo 1.1-3,14; 8.58; 14.8-10) e admoesta que tenhamos cautela com relação aos falsos Cristos (Mt 24.4,5, 23-25).

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