NÃO ATARÁS A BOCA DO BOI QUE DEBULHA , POIS DIGNO É O OBREIRO DO SEU SALÁRIO!

DÍZIMOS E OFERTAS DEVEM SER PARA ASSALARIAR OBREIROS?
                                                        1 Coríntios 9:1-14
Não sou eu livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus nosso Senhor? Não sois vós minha obra no Senhor?
Se para outros não sou apóstolo, ao menos para vós o sou, porque vós sois no Senhor o selo do meu apostolado.
Esta é a minha defesa contra os que me denigrem.
Não temos nós porventura o direito de comer e beber?
Acaso não temos nós direito de deixar que nos acompanhe uma mulher irmã, a exemplo dos outros apóstolos e dos irmãos do Senhor e de Cefas?
Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar o trabalho?
Quem, jamais, vai à guerra à sua custa? Quem planta uma vinha e não come do seu fruto? Quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?
Trata-se, acaso, de simples norma entre os homens? Ou a lei não diz também o mesmo?
Na Lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que debulha {Dt 25,4}. Acaso Deus tem dó dos bois?
Não é, na realidade, em atenção a nós que ele diz isto? Sim! É por nós que está escrito. Quem trabalha deve trabalhar com esperança e igualmente quem debulha deve debulhar com esperança de receber a sua parte.
Se entre vós semeamos bens espirituais, será, porventura, demasiada exigência colhermos de vossos bens materiais?
Se outros se arrogam este direito sobre vós, não o temos muito mais? Entretanto, não temos feito uso deste direito: sofremos tudo para não pôr obstáculo algum ao Evangelho de Cristo.
Não sabeis que os ministros do culto vivem do culto, e que os que servem ao altar participam do altar?
Assim também ordenou o Senhor que os que anunciam o Evangelho vivam do Evangelho.

Desde os tempos antigos temos muitas pessoas que tentam desvirtuar os ensinos da palavra de Deus sobre as pessoas que militam no evangelho e recebem salários por seus serviços.
A bíblia é muito enfática quando fala que quem milita pelo evangelho não deve se embaraçar com os negócios desta vida.
Temos diversos pastores que hoje em dia não são assalariados e nem querem ser pela igreja pois preferem manter seus postos de trabalhos ou empresas evitando assim serem assalariados pelo caixa da igreja.
Quando a bíblia fala de contribuições ela nos mostra que desde os primórdios dos dias sempre houve contribuições  dos fiéis com a obra do Senhor. " Abraão dava o dízimo de tudo" Gen 14;20b
Os dízimos eram entregues ao sumo sacerdote Melquisedeque que administrava segundo a orientação de Deus.
Os hebreus contribuiam sempre com os produtos de suas mãos pois na ocasião a moeda era o que se produzia.
Temos hoje nas igrejas muitos que participam assiduamente dos cultos e programas da igreja, mas que tem o coração endurecido e não contribuem e ainda desvirtuam a palavra usando versículos isolados convenientemente em acordo com seus interesses pessoais, levando outras pessoas a pensar como eles e deixarem de contribuir com a obra de Deus.
Quando Caim matou Abel, o fez por inveja devido ao fato de sua oferta não ter sido aceita diante de Deus e a de seu irmão ter sido acolhida por Deus.
O amor ao dinheiro é raiz de toda espécie de males e por causa disto, muito negligenciaram a sua fé.
É impossível servir a Deus tendo o coração apegado ao dinheiro e portanto todos que negligenciam as contribuições e coletas nas igrejas, tem o seu coração apegados ao dinheiro e fadados ao fracasso e ainda a toda sorte de pecados.
Evidentemente quando o apóstolo Paulo fala sobre o salário dos obreiros que ele deixava em cada igreja, ele falava com propriedade pois ele mesmo não recebia salários, embora em algumas ocasiões notamos que ele agradece aos crentes as contribuições voluntárias feitas a ele. Eu atualmente trabalho em função da igreja como um dos auxiliares do pastor e não tenho salários assim como os demais pastores da nossa igreja visto que cada um tem já o seu rendimento, mas nem por isto deixamos de defender que "todo obreiro é digno de seu salário" e que em precisando deve se sempre remunerar os seus pastores.
Mas não tenho usado de nenhum desses direitos; e nem escrevo isto para reclamá-los. Preferiria morrer a... Mas ninguém me tirará este título de glória.
Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!
Se o fizesse de minha iniciativa, mereceria recompensa. Se o faço independentemente de minha vontade, é uma missão que me foi imposta.
Então em que consiste a minha recompensa? Em que, na pregação do Evangelho, o anuncio gratuitamente, sem usar do direito que esta pregação me confere.
Embora livre de sujeição de qualquer pessoa, eu me fiz servo de todos para ganhar o maior número possível.
Para os judeus fiz-me judeu, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da lei, fiz-me como se eu estivesse debaixo da lei, embora o não esteja, a fim de ganhar aqueles que estão debaixo da lei.
Para os que não têm lei, fiz-me como se eu não tivesse lei, ainda que eu não esteja isento da lei de Deus - porquanto estou sob a lei de Cristo -, a fim de ganhar os que não têm lei.
Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos.
E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante.
Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prêmio. Correi, pois, de tal maneira que o consigais.
Todos os atletas se impõem a si muitas privações; e o fazem para alcançar uma coroa corruptível. Nós o fazemos por uma coroa incorruptível.
Assim, eu corro, mas não sem rumo certo. Dou golpes, mas não no ar.
Ao contrário, castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros.
1 Coríntios 9:15-27

Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes.
Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras?
E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.
Lucas 16:10-13


O amor ao dinheiro é o princípio dos males



Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” – 1 Tm 6.10
Já há bastante tempo, estou indignado com os vendilhões de bênçãos televisivos ou não, que se utilizam de textos isolados do Evangelho, atingindo a igreja nacional como um câncer em metástase. O grande desafio da igreja nos nossos dias é resistir aos pregadores das meias-verdades.
( Depoimento de um pregador não identificado
Difícil entrar no assunto, porém nessa visita que fiz ao interior vivenciei uma experiência que reflete essa realidade. Fui convidado para pregar em um culto familiar. Para mim, parecia uma tarefa simples, porém o que descobri em pouco tempo foi um grupo de mais de setenta pessoas, todos afastados da igreja em decorrência de um único assunto: dízimos e ofertas.
Pessoas que desde crianças frequentaram a igreja, foram ensinadas em todas as doutrinas referentes às mordomias cristãs, porém a queixa de todos caminhava em um só sentido: a indignação com a realidade da igreja. A igreja deixou de ser um local de culto, de adoração e de busca da presença do Senhor. Há uma só linguagem do início ao fim do culto: ofertar, dizimar, semear, vencer, prosperar. Todos os verbos são conjugados no intuito da pessoa. Deus é simplesmente o agente das promoções espirituais.
Recentemente ouvi de um pregador, que diz já estar há 27 anos na tv: “Deus precisa de você, então faça a sua parte, ajude Deus a fazer a Sua obra, pois sem a sua ajuda Deus não pode cumprir a Sua tarefa”. Isso dói nos ouvidos. Temos a impressão de que o Evangelho só funciona dentro da linguagem monetária.
Igrejas se tornaram a casa da moeda espiritual. Com linguagens semelhantes, diversas denominações aplicam os mesmos métodos, ou seja, a garantia da prosperidade – esse é o slogan.
Minha preocupação, depois que retornei do interior, foi porque chegamos a esse patamar. A igreja deixou de ser casa do Senhor, casa de oração, casa onde os aflitos de alma e espírito encontram consolo. Quero deixar claro que concordo com os textos bíblicos referentes à manutenção da casa do Senhor, mas o meu destaque aqui está no sentido de cobrar ética e temor de Deus aos exageros cometidos. Uma igreja não pode viver unicamente em prol da arrecadação e intuitos de fins lucrativos.
Muitas igrejas, sem se perceberem, deixaram de ser casa de oração para se tornarem sociedades anônimas, onde uma mensalidade é cobrada, um estatuto é respeitado, direitos e deveres são aplicados. O melhor exemplo disso é a figura de um clube. Para entendermos a real situação da igreja nos dias de hoje e não sofrermos como muitos vêm sofrendo, vejo a figura de um clube como um bom exemplo.
Mas se quisermos realmente ver a imagem da Igreja que Cristo e os apóstolos pregaram, veremos que muitas igrejas estão muito distantes do propósito de Deus. Um dos pontos centrais disso é a igreja que não pratica a misericórdia, o amor ao próximo e não é vista como a progenitora da justiça e da paz.
Em meio a tantos pontos controversos da sociedade, estamos às vésperas de eleições de suma importância dentro do cenário político brasileiro. A igreja evangélica brasileira, em meio a tudo isso, tem muito pouco a oferecer. Será que poderíamos citar um nome, ou uma igreja realmente representativa hoje no cenário político nacional, em relação à defesa dos direitos humanos?Qual a igreja referência no sentido de Evangelho social ou defesa dos pobres e das viúvas? O que a igreja tem a dizer em referência ao caos vivido pelo sistema carcerário brasileiro?
São esses pontos que ponho em debate quando a ênfase da igreja é a arrecadação de dízimos e ofertas. Até mesmo o apóstolo Paulo foi advertido no sentido de não se esquecer dos órfãos e das viúvas. A igreja se esqueceu dos pobres, basta acompanhar uma dezena de cultos das grandes igrejas brasileiras, e você verá poucos pobres nas fileiras. Hoje a teologia que predomina em muitos púlpitos é a teologia da prosperidade, a teologia que insiste em caminhar no sentido contrário do movimento de Jesus.
A teologia da prosperidade desafia os quatro pilares básicos da igreja cristã: a catolicidade, a apostalicidade, a missão de Deus e a missão da igreja (tratarei disso em outro artigo, devido à amplitude do assunto). Com isso, o que temos é uma igreja muito mais material do que espiritual.
De que adianta um pregador ter um jato de 6 milhões de dólares, se hospedar em hotéis 5 estrelas ao redor do mundo, enquanto a grande maioria dos membros de sua igreja é formada por simples assalariados? Alguma coisa não está certa. A Bíblia alerta, em diferentes passagens, sobre a relação entre vida material e vida espiritual, porém o texto que me chama mais a atenção é quando, nos Evangelhos, Jesus destaca o fato de não ajuntarmos para nós tesouros na terra.
Parece que vivemos o contrário. A fé e a mensagem evangélica parecem só ter sentido, nos dias atuais, quando se trata de prosperidade. Jesus afirma nos Evangelhos que o Filho do homem não tinha nem onde reclinar a cabeça. Palavras como humildade, mansidão, santificação, parecem que perderam o sentido para o contexto evangélico.
Tentei, por muito tempo, participar dos cafés e dos encontros de pastores promovidos por algumas autoridades evangélicas, porém o assunto é sempre o mesmo, prosperidade, poder e o grande slogan que há décadas é empunhado por esses pastores: o Brasil será do Senhor Jesus.
Gostaria de citar aqui, simplesmente como uma provocação, que muitos pesquisassem os trabalhos realizados pelo Prof. Dr. Paul Freston. Esse nome, com certeza, é desconhecido no meio evangélico, mas esse pesquisador tem trabalhos relevantes nessa área.
É uma pena que a igreja evangélica esteja totalmente destituída da busca da mente de Cristo. Desafio a igreja a buscar o caminho de volta ao Evangelho puro e simples, onde a justiça, a paz e o amor ao próximo estão no foco. Prosperidade, segundo Jesus, vem após a busca pela justiça. São acréscimos, e não a essência da igreja. Devemos levar nossas igrejas à busca constante das essências do Evangelho. Devemos, sem medo de provocar os grandes ungidos, os santos apóstolos da modernidade, pois na Palavra de Deus, em um simples versículo da Bíblia, Jesus diz que é bem melhor amarrar uma pedra no pescoço e se atirar ao mar do que fazer alguém se desviar do Evangelho (Mt 18.6, Mc 9.42, Lc 17.2).

Precisamos voltar ao temor de Deus, pois o temor é o princípio de toda a sabedoria (Sl 111.10).......
Eu tenho minha experiência pessoal quando em 1985 foi feito um apelo em nossa igreja para que contribuíssemos para a construção do templo. Um irmão da igreja se levantou e ofereceu um de seus lotes em uma área nobre da cidade. Outros ofertaram cimento, tijolo,areia,pedra,brita e etc... Nossa igreja composta de pessoas de baixa renda em sua totalidade na ocasião. Eu me senti compungido pelo Senhor a ofertar integralmente meu salário do mês para a igreja. O pastor preocupado por saber que eu sou de familia numerosa e precisava ajudar meus pais, ganhava apenas um salário mínimo, tentou me convencer de não fazer isto, mas eu estava resoluto e decidido. Ofertei meu salário do mês. Meu pagamento era sempre até o dia 10 do mês seguinte e quando estávamos no dia 02 de maio de 2015, mês que eu tinha ofertado pra entregar ao Senhor,minha superiora me chamou em privado e me deu uma oferta em dinheiro que superava em mais que o dobro o salário que eu havia ofertado á construção  da igreja. Deus é fiel sempre meu amado e sei que Ele fará por você muito além de tudo que precisa ou pede ao Senhor pois Ele conhece a nossa necessidade antes mesmo de nós pedirmos. Seja fiel a Deus em tudo pois Ele sempre permanecerá fiel pois não pode negar a si mesmo.
Vamos portanto encontrar por vezes ´pessoas que além de não aceitarem a realidade das contribuições da igreja e do salário de seus obreiros, vão ainda denegrir a imagem de igreja usando coisas ou pessoas que tenham usado indevidamente o dinheiro. 
Eu nunca me preocupei com o que o outro tenha, seja ele pastor,advogado,médico,engenheiro,ou qualquer outro trabalhador que tenha seu salário ou rendimento mensal de alguma forma. Não me preocupo com que carro eles tenham ou que roupas eles vestem por serem melhores que o que eu tenha. Me preocupa muito os que usam indevidamente a palavra, distorcendo pra sua própria condenação e levando pessoas ao sincretismo religioso ou ao apego exacerbado nas coisas materiais. 
Precisamos compreender que a igreja necessita das contribuições e que os líderes precisam saber administrar com prudencia os rendimentos da igreja ou suas coletas. 
Pastores, missionários,evangelistas, ou qualquer outro obreiro que tenha seu tempo dedicado ao ministério estão intrinsicamente  enquadrados no texto de Paulo aos corintios e não devemos deixar de contribuir e nem mesmo de assalariar os obreiros da casa do Senhor devido ao fato de sabermos que alguns administram mal o que entra na igreja pelos dízimos e ofertas alçadas. 
23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
Quando o Senhor Jesus repreendeu os hipócritas dos escribas e fariseus falando: "Vós dizimais o coentro, a hortelã e o cominho e desprezai o mais importante da lei que é o amor"
Ele estava falando que deveriam fazer estas coisas com muito afinco, com amor, com dedicação, mas não deveriam desprezar as outras,ou seja, entreguem sempre o dízimo de tudo nos mínimos detalhes, mas nunca deixem de amar uns aos outros pois isto é ainda mais importante. Uma coisa não anula a outra e sim completam a ordenança de Jesus.
Eu creio que Deus não deixará de salvar alguém por deixar de dizimar ou ofertar na igreja,não sou louco de misturar as coisas, mas uma coisa é certa, se o irmão tem convicção de sua conversão e de sua salvação por Cristo Jesus, ele terá sempre o prazer em contribuir com sua igreja sem questionar e nem querer administrar o que ele contribuiu.
Deus te abençoe e te faça compreender o que Ele quer te falar através desta palavra.

Comentários

  1. Muito bom o artigo. E não se esqueça de que quando o obreiro se empenha em estudar a Palavra de Deus (se tornar perito), que tenha honorários dobrado.

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