NÃO PRECISA SER ABSALÃO PRA CONQUISTAR O TRONO E NEM SAUL PARA PERDE LO!

NÃO É PRECISO SER ABSALÃO PARA CONQUISTAR UM TRONO E NEM UM SAUL PARA PERDE-LO
ABSLÃO OU SAUL
A história de reis na bíblia nos leva a refletir cada dia as situações que enfrentamos dia a dia e nossas batalhas contra o fugaz adversário que tão de perto nos rodeia bramando como um leão buscando a quem ele possa tragar.
Absalão foi um rei tido como um dos homens mais lindos de sua época. Forte e imponente. Ganancioso e vaidoso.
Curtia a sua mocidade com avidez e muito narcisismo
Absalão era o terceiro filho do rei Davi e usurpou o trono de seu pai.Seu nome significa “meu pai é paz”
A beleza física imperava na família de Absalão.

Ele era nacionalmente elogiado por sua notável beleza; seus cabelos, que cresciam profusamente, sem dúvida tornando-se ainda mais pesados pelo uso de óleo ou de ungüentos, pesavam cerca de 200 siclos (cerca de 2,3 kg) quando cortados anualmente. A irmã dele, Tamar, também era linda, e a filha dele, com o mesmo nome da tia, tinha “aparência muitíssimo bela”. (2Sa 14:25-27; 13:1) Ao invés de ser proveitosa, porém, tal beleza contribuiu para alguns eventos feios que causaram imenso pesar ao pai de Absalão, Davi, bem como a outros, e produziram grande tumulto na nação.
A beleza de Tamar, irmã de Absalão, fez com que Amnom, meio-irmão mais velho dele, ficasse apaixonado por ela. Fingindo-se doente, Amnom conseguiu que Tamar fosse enviada a seus aposentos, a fim de cozinhar para ele, e então a violentou. O amor erótico de Amnom transformou-se em ódio depreciativo, e ele mandou que Tamar fosse posta na rua. Rasgando sua veste listrada que a distinguira como filha virgem do rei, e com cinzas sobre a cabeça, Tamar encontrou-se com Absalão. Este rapidamente avaliou a situação e expressou imediatamente suspeitas contra Amnom, indicando anterior apercebimento do desejo apaixonado de seu meio-irmão. Absalão, contudo, instruiu sua irmã a não levantar nenhuma acusação e levou-a para morar na casa dele. — 2Sa 13:1-20.

Segundo John Kitto, tomar Absalão conta de Tamar, ao invés de o pai dela o fazer, harmonizava-se com o costume oriental de que, numa família polígama, os filhos da mesma mãe são os mais intimamente achegados, e as filhas “ficam sob o cuidado e a proteção especiais de seu irmão, o qual, . . . em tudo o que atinge a segurança e a honra delas, é mais procurado do que o próprio pai”. (Daily Bible Illustrations [Ilustrações Bíblicas Diárias], Samuel, Saul e Davi, 1857, p. 384) Muito antes, foram Levi e Simeão, dois irmãos germanos de Diná, que resolveram vingar a desonra de sua irmã. — Gên 34:25.

Sabendo da humilhação de sua filha, Davi reagiu com grande ira, mas, talvez devido a que não se fizera nenhuma acusação direta ou formal, com o apoio de evidência ou de testemunhas, não tomou nenhuma ação judicativa contra o ofensor. (De 19:15) É possível que Absalão preferisse não criar caso da violação da lei levítica por parte de Amnom (Le 18:9; 20:17), a fim de evitar publicidade desagradável para sua família e seu nome, mas, sem embargo, nutria ódio homicida a Amnom, ao passo que, exteriormente, se controlava até o momento propício de executar a vingança ao seu próprio modo. (Compare isso com Pr 26:24-26; Le 19:17.) Deste ponto em diante, sua vida é um estudo de perfídia, ocupando a maior parte de seis capítulos de Segundo Samuel. — 2Sa 13:21, 22. Chegou a época da tosquia das ovelhas, ocasião festiva, e Absalão organizou uma festa em Baal-Hazor, cerca de 22 km ao NNE de Jerusalém, convidando os filhos do rei e o próprio Davi. Quando seu pai se escusou de comparecer, Absalão pressionou-o a concordar em enviar Amnom, seu primogênito, em seu lugar. (Pr 10:18) Na festa, quando Amnom se estava “sentindo bem por causa do vinho”, Absalão ordenou que seus servos o matassem. Os outros filhos retornaram a Jerusalém, e Absalão foi para o exílio junto a seu avô sírio, no reino de Gesur, ao L do mar da Galiléia. (2Sa 13:23-38) A “espada” predita pelo profeta Natã tinha então penetrado na “casa” de Davi, e continuaria ali pelo resto de sua vida. — 2Sa 12:10. Quando três anos haviam mitigado a dor da perda de seu primogênito, Davi sentiu saudades paternais de Absalão. Joabe, lendo os pensamentos de seu tio real, abriu, por meio de um estratagema, o caminho para que Davi estendesse um perdão condicional, permitindo que Absalão fosse repatriado, mas sem o direito de aparecer na corte de seu pai. (2Sa 13:39; 14:1-24) Absalão suportou esta condição de banimento por dois anos, e então começou a manobrar para obter pleno perdão. Quando Joabe, qual oficial da corte do rei, recusou-se a visitá-lo, Absalão peremptoriamente mandou incendiar o campo de cevada de Joabe, e, quando o indignado Joabe veio, ele lhe disse que queria uma decisão final do rei e “se houver em mim qualquer erro, então terá de entregar-me à morte”. Quando Joabe transmitiu a mensagem, Davi recebeu seu filho, o qual então se prostrou em terra, em símbolo de completa submissão, e o rei deu-lhe o beijo de pleno perdão. — 2Sa 14:28-33.
Qualquer afeição natural ou filial que Absalão sentia por Davi, contudo, aparentemente se desvanecera nos cinco anos que ficou separado do pai. Três anos de associação com a realeza pagã talvez tivessem cultivado a influência corrosiva da ambição. Absalão talvez se encarasse como destinado ao trono, por descender de realeza tanto por parte do pai como da mãe. Visto que Quileabe (Daniel), que era o segundo em linha dentre os filhos de Davi, não é mais mencionado depois do relato de seu nascimento, é também possível que já tivesse morrido, destarte deixando Absalão como o filho vivo mais velho de Davi. (2Sa 3:3; 1Cr 3:1) Todavia, a promessa de Deus a Davi, de um futuro “descendente” que herdaria o trono, foi feita depois do nascimento de Absalão, e, por isso, este deveria saber que não era o escolhido de Yehowah para a realeza. (2Sa 7:12) De qualquer modo, uma vez restaurado à categoria real, Absalão começou a realizar uma campanha política sub-reptícia. Com consumada perícia, fingiu sentir grande preocupação com o bem-estar público e apresentou-se como homem do povo. Insinuou cuidadosamente ao povo, em especial aos das outras tribos, fora da de Judá, que a corte do rei não se interessava por seus problemas e precisava muito de um homem cordial tal como Absalão. — 2Sa 15:1-6. A frase “ao fim de quarenta anos”, encontrada em 2 Samuel 15:7, tem aplicação incerta, e, na Septuaginta grega (edição de Lagarde), na Pesito siríaca e na Vulgata latina ela é traduzida “quatro anos”. Mas não é provável que Absalão esperasse um total de seis anos para cumprir um voto, se os “quatro anos” fossem considerados como contando desde o tempo de sua readmissão completa. (2Sa 14:28) Visto que uma fome de três anos, uma guerra com os filisteus, e a tentativa de Adonias, de apoderar-se do trono, ocorreram todas durante o reinado de Davi, mas depois dos eventos agora considerados, é evidente que o ponto de partida do escritor, relativo aos “quarenta anos”, teria de iniciar-se bem antes do começo do reinado de 40 anos de Davi, e talvez signifique 40 anos a partir de sua primeira unção por Samuel. Isto permitiria então que Absalão fosse ainda “moço” neste ponto do relato (2Sa 18:5), visto que nasceu em algum tempo entre 1077 e 1070 AEC.

Absalão, satisfeito de ter suscitado muitos seguidores em todo o reino, obteve permissão de seu pai, mediante um pretexto, para ir a Hébron, capital original de Judá. Dali, organizou rápido uma conspiração em plena escala para alcançar o trono, inclusive uma rede nacional de espiões, para proclamarem sua realeza. Depois de invocar a bênção de Deus sobre sua regência por oferecer sacrifícios, granjeou o apoio de Aitofel, o conselheiro mais respeitado de seu pai. Muitos então se bandearam para o lado de Absalão. — 2Sa 15:7-12.

Confrontado com uma grande crise, e prevendo um ataque em larga escala, Davi preferiu deixar o palácio, junto com todos os da sua casa, embora tivesse o apoio leal de grande grupo de homens fiéis, inclusive os principais sacerdotes, Abiatar e Zadoque. Estes dois foram por ele enviados de volta a Jerusalém, para servirem quais agentes de ligação. Enquanto subia ao monte das Oliveiras, descalço, com a cabeça coberta e chorando, Davi encontrou-se com Husai, o “companheiro” do rei, a quem ele semelhantemente enviou a Jerusalém para frustrar o conselho de Aitofel. (2Sa 15:13-37) Assediado por oportunistas, um procurando favores, outro cheio de espírito partidário e dando vazão ao ódio acumulado, Davi se destaca em nítido contraste com Absalão, por sua quieta submissão e sua recusa de retribuir o mal com o mal. Rejeitando o apelo de Abisai, seu sobrinho, de obter permissão para atravessar para o outro lado e ‘arrancar a cabeça’ de Simei, que lhe atirava pedras e o amaldiçoava, Davi arrazoou: “Eis que meu próprio filho que saiu das minhas próprias entranhas está procurando a minha alma; e quanto mais agora um benjaminita! Deixai-o, para que invoque o mal, pois Yehowah lhe disse isso! Talvez Yehowah veja com o seu olho e Yehowah realmente me restitua a bondade em vez de sua invocação do mal neste dia.” — 2Sa 16:1-14.


Ocupando Jerusalém e o palácio, Absalão aceitou a aparente defecção de Husai para seu lado, depois de inicialmente fazer uma referência sarcástica a Husai ser o fiel “companheiro” de Davi. Daí, atuando segundo o conselho de Aitofel, Absalão teve publicamente relações sexuais com as concubinas de seu pai, qual prova do completo rompimento entre ele e Davi, e de sua irredutível determinação de manter o controle do trono. (2Sa 16:15-23) Desta forma, a última parte da profecia inspirada de Natã teve seu cumprimento. — 2Sa 12:11.

Aitofel então instou com Absalão para que lhe concedesse autoridade para liderar uma força contra Davi naquela mesma noite, de modo a aplicar o golpe de morte antes que as forças de Davi se pudessem organizar. Embora satisfeito, Absalão ainda assim achou sábio ouvir a opinião de Husai. Compreendendo a necessidade de Davi ganhar tempo, Husai pintou um quadro vívido, visando possivelmente aproveitar-se de qualquer falta de genuína coragem em Absalão (que, até então, tinha demonstrado mais arrogância e astúcia do que valor varonil), bem como agradar a vaidade de Absalão. Husai recomendou que primeiro se tomasse tempo para organizar uma sobrepujante força de homens a ser então comandada pelo próprio Absalão. Pela direção de Yehowah, foi aceito o conselho de Husai. Aitofel, evidentemente reconhecendo que a revolta de Absalão fracassaria, suicidou-se. — 2Sa 17:1-14, 23.

Como precaução, Husai mandou avisar Davi do conselho de Aitofel, e, apesar dos esforços de Absalão, de capturar os correios clandestinos, Davi recebeu o aviso e cruzou o Jordão, e subiu as colinas de Gileade até Maanaim (onde Is-Bosete tivera sua capital). Ali, foi recebido com expressões de generosidade e bondade. Preparando-se para o conflito, Davi organizou suas forças em expansão em três divisões, sob Joabe, Abisai e Itai, o geteu. Instado a permanecer na cidade, visto que sua presença seria de maior valor ali, Davi se submeteu a isso e, novamente, demonstrou surpreendente falta de rancor para com Absalão, por solicitar publicamente a seus três capitães: “Tratai suavemente o moço Absalão, por minha causa.” — 2Sa 17:15-18:5.
Batalha Decisiva e Morte.

As forças recém-formadas de Absalão sofreram esmagadora derrota por parte dos combatentes experientes de Davi. A batalha penetrou na floresta de Efraim. Absalão, fugindo montado em seu mulo real, passou sob os ramos baixos duma árvore grande, e, pelo que parece, ficou com a cabeça presa na forquilha dum ramo, de modo que ficou suspenso no ar. O homem que relatou a Joabe que o havia visto disse que não iria desobedecer à solicitação de Davi, matando Absalão, nem por “mil moedas de prata [se forem siclos, c. US$ 2.200]”, mas Joabe não sentiu tal restrição e enfiou três hastes no coração de Absalão, após o que dez de seus homens uniram-se ao seu capitão em assumir a responsabilidade pela morte de Absalão. O corpo de Absalão foi, depois disso, lançado num barranco e coberto com um montão de pedras, como indigno de sepultamento. — 2Sa 18:6-17; compare isso com Jos 7:26; 8:29.

Quando mensageiros chegaram a Davi, em Maanaim, a primeira preocupação dele era com seu filho. Quando soube da morte de Absalão, Davi andou de um lado para o outro pelo piso do quarto do terraço, clamando: “Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Oh! que eu, eu mesmo, tivesse morrido em teu lugar, Absalão, meu filho, meu filho!” (2Sa 18:24-33) Apenas a linguagem e o raciocínio francos e diretos de Joabe fizeram Davi deixar seu grande pesar, devido ao proceder e ao fim trágicos deste moço fisicamente atraente e empreendedor, cuja ambição impetuosa o levara a lutar contra o ungido de Deus, destarte trazendo sobre si a ruína. — 2Sa 19:1-8; compare isso com Pr 24:21, 22.
Saul.... O implorado, o desejado, o solicitado
SAUL É PROCLAMADO REI DE ISRAEL
Samuel tinha envelhecido e seus filhos não lhe seguiam os conselhos. Por isso, os israelitas disseram-lhe: "Dá-nos um rei como têm as outras nações".
Samuel não gostou desse pedido. Consultou o Senhor e este disse-lhe: "Faz o que eles pedem!"
Passado algum tempo, estando Samuel em Ramá, viu chegar junto de si um filho de Cis, chamado Saul, da tribo de Benjamim. O Senhor disse-lhe: "Eis o homem destinado para reinar sobre o meu povo!".
No dia seguinte, pela manhã, Samuel tomou um vaso de óleo, derramou-o sobre a cabeça de Saul, beijou-o e disse: "Por esta unção, o Senhor te faz príncipe da sua herança". Em seguida, convocou o povo para apresentar-lhe o eleito de Deus. Assim que Saul apareceu na assembléia, Samuel disse: "Olhai: foi aquele que Deus escolheu". Então todos exclamaram: "Viva o rei!"
Saul reinou durante 40 anos. A princípio, foi fiel a Deus e Deus deu-lhe vitória sobre os amalequitas. Mas logo se tornou orgulhoso e deixou de obedecer as ordens do Senhor.
Numa guerra contra os filisteus, Saul tinha a ordem de esperar a chegada de Samuel antes de travar a batalha. Samuel devia oferecer um sacrifício a Deus, para implorar a sua proteção. No sétimo dia, como Samuel não chegava e o exército, cansado de esperar, começava a dispersar-se, Saul ofereceu o sacrifício em vez do sumo-sacerdote. Apenas tinha acabado quando Samuel chegou e lhe disse: Procedeste insensatamente! Por isso, não serás rei por muito tempo!"
Deus disse a Samuel: "Enche de óleo o teu recipiente e vai à casa de Jessé, em Belém, porque escolhi um dos seus filhos para ser rei no lugar de Saul". Samuel foi a Belém. Jessé mostrou-lhe primeiro o seu filho mais velho, que era alto e elegante. Mas o Senhor disse-lhe: "Não repares para a sua elevada estatura. Não é esse quem escolhi". Jessé apresentou-lhe sucessivamente os outros seis filhos. Samuel disse-lhe: "O Senhor não escolheu nenhum deles. Não tens mais nenhum?". Isaí respondeu: "Ainda falta Davi, o mais novo, que anda a guardar as ovelhas". Disse-lhe Samuel: "Manda-o chamar".
Quando Davi chegou, o Senhor disse a Samuel: "Unge-o! É esse!". Samuel tomou o vaso de óleo e ungiu Davi na presença de seus irmãos. Desde então, repousou sobre Davi o espírito do Senhor.
Saul, antes um líder guerreiro do que realmente um governante, não alterou quase nenhum dos padrões tribais que imperavam sobre Israel desde a época dos juízes. Saul contava com auxiliares próximos como seu filho Jônatas. No inicio de seu governo, os amonitas, comandado por Naas, iniciaram o cerco a cidade de Jabes. Saul convocou todo o reino de Israel e venceu os amonitas. Saul, então, entrou em guerra contra os filisteus. Como os hebreus não tinham o domino da metalurgia, foram obrigados a lutar com equipamentos agrícolas. Saul e seu filho conseguiram importantes vitórias militares sobre os filisteus o que garantiu ao povo de Israel um período pacífico. Saul combateu MoabeEdom, Soba e os amalequitas. Mas a constante ameaça dos filisteus, os desentendimentos entre as tribos e a imaturidade de Saul fadaram seu reinado ao fracasso. Saul em sua arrogância teria usurpado funções sacerdotais e violado as leis de Moisés quanto aos aspectos de guerra.
O juiz Samuel, vendo a decadência de Saul e inspirado por Deus acabaria por retirar seu apoio de Saul, e ungindo um jovem rapaz da tribo de Judá, Davi, para ocupar o lugar de Saul. Mesmo que este tenha conquistado um cargo na corte de Saul, e desposado Mical, a filha de Saul, Davi tornou-se objeto de inveja por parte de seu sogro. Davi havia liderado destacamentos contra os filisteus, e seu sucesso em combate e adulação por parte do povo, despertaram os ciúmes do governante. Davi é obrigado a fugir.
Saul cometeu suicídio se jogando sobre a própria espada ao ver seus filhos Jônatas (a quem ele havia escolhido como seu sucessor no trono de Israel), Abinadabe e Malquisua sendo mortos pelos filisteus durante a Trágedia do Monte Gilboa.


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