Sofonias 1;10 A porta do peixe Parte 2

A "Porta do peixe" , nome dado a uma das portas da cidade alta, Jerusalém, tinha referência simbólica a promessa de Deus da chegada do Messias, o Salvador, e apontava para fertilidade e crescimento vertiginoso do povo cristão. Jesus mostrava aos Seus discípulos que ele estava ensinando lhes a palavra de Deus segundo o que havia escrito os profetas. Isso nos mostra ainda a presciência de Deus.

O cristianismo adotou então o peixe como símbologia. Jesus para cumprir a lei dos homens e pagar tributo a César mandou que Pescasse um peixe no lago e retirasse uma moeda dentro de sua boca para pagar o imposto que os homens cobravam.

O cristianismo então passou a ser conhecido depois de Antioquia na Síria aproximadamente no ano 70 d.C quando pela primeira vez os discípulos foram chamados cristãos, e por volta do quarto século quando Constantino, o imperador romano teria se tornado cristão e ordenado que o cristianismo fosse então a base do ensino doméstico e nas classes para propagar o evangelho de Cristo

1.A palavra “peixe” vem do termo grego “ichthus” (iniciais da frase: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”). Ichthys ou Ichthus (do grego antigo ἰχθύς, em maiúsculas ΙΧΘΥΣ ou ΙΧΘΥC, significando "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador") é um símbolo que consiste em dois arcos que se cruzam para formar o perfil de um peixe, sendo um dos símbolos mais antigos do cristianismo.

 


Descrição letra a letra 


A raiz desta palavra traz o sentido de “reprodução”, “crescimento”, “mover-se rapidamente”. Isto nos lembra o chamado ao crescimento numérico, a reprodução de novas vidas, geração de novos filhos, novos peixes, novas ovelhas, novos crentes.

2. A Porta dos Peixes é aquela por onde deixamos entrar os novos filhos de Deus. Exige uma decisão de não vivermos só para nós, mas irmos à busca dos que precisam encontrar Jesus. Paulo afirmou: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!”, 1Co 9.16.

3. Jesus falou aos discípulos sobre a necessidade de reprodução, Jo 15.5, 8, “8 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto”; “8 Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos”.

3. Um exemplo de crescimento numérico está na Igreja Primitiva

a) Cento e vinte pessoas, At 1.15, “Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos irmãos (ora, compunha-se a assembleia de umas cento e vinte pessoas) e disse”.

b) Três mil pessoas, At 2.41, “Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas”.

c) Cinco mil homens At 4.4, “Muitos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil”.

d) Multidão de crentes, At 5.14, “E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor”.

e) Multiplicando o número de discípulos, At 6.1, 7, “1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária”; “7 Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé”.

4. Outro ponto relacionado à Porta dos Peixes, está no cuidado que precisamos dispor para receber em nossa alma aqueles que estão chegando a Jesus, uma vez que precisam de cuidado, nutrição e assistência. Estas novas vidas geradas pelo Espírito de Deus, carregam marcas profundas do mundo que acabaram de sair, e carecem de um amor sincero de nossa parte:

a) At 4.32, “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum”.

b) At 2.44. “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum”.

5. Nosso relacionamento entre irmãos nem sempre é amável, sem problemas. Muitas vezes, Deus usa aqueles irmãos ranzinzas, de temperamento difícil, para forjar em nós as virtudes do caráter de Cristo. Através do trato com as pessoas, temos a chance de amadurecer em nossa vida. Crescemos no amor, na tolerância, na paciência, na misericórdia, e tudo mais se desenvolve em nós no trato com as pessoas, especialmente os novos crentes, 1Co 11.18-19, “18 Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio. 19 Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio”.

6. A Porta do Peixe, representa a reprodução, cuidado, crescimento, Mc 1.17, “Vinde após mim e eu vos farei pescadores...”.

 


A KJV traduz como: “E acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que haverá o barulho de um grito desde o Portão do Peixe, e um uivar do segundo (portão), e um grande estrondo das colinas”. A palavra hebraica para ‘segundo’ é mishneh, o que corresponde à Porta Velha ou Portão Mishneh, também a noroeste de Jerusalém, um pouco abaixo da Porta do Peixe, e que possivelmente levava à cidade baixa, que no versículo seguinte é chamada de Mactés.


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