O TEMPO DO FIM SEGUNDO DANIEL E APOCALIPSE!

Desde por volta de 1000 AC até 900 AC, Israel havia sido a mais temida e admirada nação sobre a terra. Então, em seguida à morte de Salomão e a guerra civil que se seguiu, a naçao havia caído de sua posição exaltada para um reino dividido sobre a idolatria. Os inimigfos de Israel viram sua chance e a aproveitaram. Primeiro o Reino do Norte foi conquistado em 701 AC pela Assíria e então o Reino do Sul foi levado à escravidão 100 anos depois pelas mãos do Rei de Babilônia.
Assim começaram os Tempos dos Gentios. Também conhecido como Domínio Gentílico, esse período se estenderá por mais de 2600 anos desde o Cativeiro Babilônico até o Reino Milenar, à medida que um império gentio após outro recebe a sua vez de reger o mundo, freqüentemente subjugando Jerusalém no processo. Jesus disse, "... Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem" (Lucas 21.24), e assim tem sido. A recaptura de toda a cidade de Jerusalém por Israel em Junho de 1967 e os eventos do nosso tempo são sinais de que o fim do Domínio Gentílico está sobre nós.
Daniel 2 e Daniel 7 nos dão duas diferentes perspectivas do governo mundial Gentio durante esse período, a do homem e a de Deus. Como você pode imaginar, elas são substancialmente diferentes. Olharemos as coisa da perspectiva do homem primeiramente.
O nosso estudo se abre no capítulo 2 quando Daniel, tendo sido levado cativo a Babilônia quando adolescente e crescido para se tornar um conselheiro do Rei, se encontra lutando por sua vida. Se não conseguir interpretar o preocupante sonho do Rei, ele e seus amigos serão brutalmente executados. Há somente uma pegadinha. O Rei não lhe contará qual foi o sonho.
Felizmente há Alguem que o dirá. Vamos verificar.
Daniel 2.26-49
Respondeu o rei, e disse a Daniel (cujo nome era Beltessazar): "Podes tu fazer-me saber o sonho que tive e a sua interpretação?" Respondeu Daniel na presença do rei, dizendo: "O segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem declarar ao rei; mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça que tiveste na tua cama são estes:" (Dan 2.26-28)
Daniel havia orado para que Deus lhe revelasse o sonho e sua interpretação. Arrazoando que Deus não o haveria levado a um lugar de influência na corte do conquistador de Israel só para ser executado, ele havia se comprometido a enfrentar o impossível desafio do rei e pediu a ajuda de Deus. Agora é hora do show.
"Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos, acerca do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser. E a mim me foi revelado esse mistério, não porque haja em mim mais sabedoria que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração." (Dan 2.29-30)
Os motivos do rei são revelados. Ele se recusara a revelar o conteúdo do sonho porque não confiava em seus conselheiros. Alguém que pudesse lhe contar tanto o sonho quanto a interpretação se provaria sábio e confiável.
"Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta estátua, que era imensa, cujo esplendor era excelente, e estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; as pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra." (Dan 2.31-35)
Posso imaginar que o Rei estava na beirada de seu trono olhando atentamente nos olhos de Daniel enquanto chagava à conclusão de que Daniel havia acabado de descrever seu sonho até oi último detalhe. De fato, eu aposto que Daniel obteve a atenção de toda a corte, pois um olhar para a face do Rei teria dito a todos que ele estava salvando a vida de todos eles, assim como a sua própria. Agora a interpretação.
"Este é o sonho; também a sua interpretação diremos na presença do rei. Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, e a glória. E onde quer que habitem os filhos de homens, na tua mão entregou os animais do campo, e as aves do céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro." (Dan 2.36-38)
Babilônia era o país que conhecemos como Iraque hoje em dia. Jeremias, um contemportâneo de Daniel que escreveu de Jerusalém, disse a enviados de cada um dos vizinhos de Israel que Deus lhes estava dando duas escolhas; render-se ao rei de Babilônia e viver, ou lutar e morrer. Dues havia escolhido o Rei Nabucodonosor para punir os inimigos de Israel por  suas traições passadas  ao mesmo tempo em que trazia o julgamento que Deus decretou contra Israel  por causa de sua idolatria (Jeremias 27.1-11). Como resultado, Babilônia acabou governando todo o Oriente Médio, inclusive partes do Egito. Mas Daniel acaba de informar ao Rei que qualquer parte da terra que ele deseje será dada em suas mãos. Até os animais foram feitos submissos a ele. Nabucodonosor, representando Babilônia, é a cabeça de ouro da estátua.
"E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual dominará sobre toda a terra. E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as coisas, assim ele esmiuçará e fará em pedaços. E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro." (Dan 2.39-43)
Conhecer a nossa história torna possível interpretar corretamente esta passagem. Babilônia foi conquistada por uma colisão dos Medos (atualmente os Kurdos) e dos Persas (Irã) no final do período de setenta anos separados para o cativeiro de Israel. Eles são o peito e os praços de prata. Os exércitos Gregos sob Alexandre conquistaram a Pérsia e são representados pelo ventre e coxas de bronze. As pernas de ferro são as divisões Oriental e Ocidental do Império Romano que desalojou os Gregos, e deste ponto em diante nós mudamos da história para a profecia. O Império Romano nunca foi realmente conquistado, mas desmoronou sob o peso de sua própria deterioração, transformando-se de uma entidade política em religiosa no processo. O Santo Império Romano manteve o domínio sobre o mundo conhecido bem adentro da idade média. Desde então, vários componentes tiveram seu tempo ao sol, Espanha, Inglaterra, e agora a colônia da Inglaterra, os EUA.
Isso deixa os 10 dedos dos pés, um reino ainda não no poder, cujo aparecimento na cena do mundo será caracterizada pela união e separação de componentes desconfortáveis uns com os outros. Isso descreve a União Européia, uma confederação de 22 nações com apenas 10 parceiros permanentes e 12 membros associados em vários níveis de aceitação. Conquanto aparentemente unificados, eles também se aproximam de um desmoronamento total, tal como durante sua crise monetária poucos anos atrás, e mais recentemente a derrocada de sua constituição.
Mas não se esqueça, No sonho de Nabucodonosor a estátua tinha duas pernas, apontando para os dois componentes do Império Romano. O Oriental era formado pela maior parte do mundo Islâmico, enquanto o Ocidental é chamado de União Européia hoje. Em breve deveremos ver algum tipo de acomodação feita para efetiva, porém imperfeitamente unir essas duas pernas. Talvez a galopante "islamização" da Europa seja um sinal prematuro disso.
E na Versão King James, Daniel 2.43 diz, "E onde viste ferro misturado com barro de lodo, eles se misturarão com a semente do homem: mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura ao barro." Barro de lodo aparentemente se refere a cerâmica feita com cacos ou pedaços quebrados reciclados de diferentes tipos reduzidos a pó novamente e misturados com água para formar uma substância parecida com o  barro. Quando seco, ele era bastante frágil e se quebrava facilmente. No sonho de Nabucodonosor ele simboliza a dificuldade que o Império dos Tempos do Fim, representado pelos dez dedos, terá em se manter unido.
Mas então o verso 43 diz que "eles se misturarão com a semente do homem". Quem são eles? Estará Daniel nos dizendo que seres não humanos tentarão se juntar com humanos, ou até mesmo se misturar com mapa genético humano? E caso afirmativo, que eles terão dificuldades em se manter unidos? Não podemos afirmar, mas alguns estudiosos dizem que não deveríamos nos surpreender em descobrir que o retorno dos Nefilim está profetizado nesse verso.
"Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação." (Dan 2.44-45)
Mas justamente quando os os dez dedos parecem estar se tornando coesivos e estão consolidando seu poder, o Senhor trará Seu final e maior julgamento sobre a terra. Até o último vestígio dos Reinos Gentílicos será destruído, e o próprio Senhor estabelecerá um Reino que jamais será destruído. Nem jamais cairá nas mãos de outros.
Então o rei Nabucodonosor caiu sobre a sua face, e adorou a Daniel, e ordenou que lhe oferecessem uma oblação e perfumes suaves. Respondeu o rei a Daniel, e disse: "Certamente o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis e revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério".
Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas, e o pôs por governador de toda a província de Babilônia, como também o fez chefe dos governadores sobre todos os sábios de Babilônia. E pediu Daniel ao rei, e constituiu ele sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na porta do rei. (Dan 2.46-49)
E assim começa a notável carreira de Daniel como conselheiro chefe do Rei de Babilônia, e então do Rei da Pérsia.
Eu disse antes que essa visão representa o ponto de vista humano do Domínio Gentílico, representado pelos metais brilhantes e preciosos. Conforme cada metal se torna menos valioso que seu predecessor, representando um declínio na qualidade de seu governo, cada um é também menos maleável, mais duro e, portanto, mais forte, representando aumento de poder.
A seguir veremos esses mesmos quatro reinos da perspectiva de Deus e, como eu disse, será muito diferente.
Daniel 7.1-14
O Sonho de Daniel Com os Quatro Animais
NO primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel um sonho e visões da sua cabeça quando estava na sua cama; escreveu logo o sonho, e relatou a suma das coisas.
Falou Daniel, e disse: "Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande. E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar." (Dan 7.1-3)
A visão do capítulo 7 ocorreu 50 anos depois de Daniel 2. Belsazar era o neto de Nabucodonosor, e Daniel era agora um homem velho. Os quatro ventos do céu simbolizam um ato soberano de Deus, e o fato de que esses animais saem do mar indica que eles representam a maldade do Domínio Gentílico (Isaías 57.20-21).
"O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem, e foi-lhe dado um coração de homem." (Dan 7.4)
O símbolo de Babilônia era o leão alado. O ter sido transformado em homem o faz representar Nabucodonosor.
"Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne." (Dan 7.5)
O urso simboliza a coalisão Medo-Persa. Apesar de a Média ser o parceiro mais antigo, a Persia se tornou o mais forte, o que é demonstrado pelo fato de um lado se erguer acima do outro. As três costelas são as três maiores conquistas da Pérsia, Lidia em 546 AC, Babilônia em 539 AC e Egito em 525 AC.
"Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio." (Dan 7.6)
O leopardo é a Grécia. As quatro asas representam a velocidade com que Alexandre conquistou o mundo conhecido. Ele levou somente 10 anos. As quatro cabeças são seus quatro generais que tomaram o reino após a morte de Alexandre e o dividiram entre si.
"Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres." (Dan 7.7)
Esse animal era tão estranho e terrível para Daniel que não se parecia com nada que houvesse visto antes. Seus dentes de ferro lembram as pernas de ferro de Daniel 2.40. Roma foi um Império poderoso que não encontrou resistência. Em referência aos 10 chifres  nós novamente saltamos da história para a profecia, do antigo Império Romano para o seu renascimento em nosso tempo.
"Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas." (Dan 7.8)
Eis aqui a origem de um dos títulos do Anticristo, o Chifre Pequeno. Note que ele não é um dos 10 chifres originais, mas vem do meio deles. Um chifre simboliza poder ou autoridade quando usado simbolicamente. Para mim isso significa que o Anticristo não começa como parte da liderança oficial,  mas vem de um menos significante estado membro fora dos centros de poder para depor três dos líderes existente e assumir sua autoridade. (Como um exemplo meramente hipotético, veja quão rapidamente o presidente Iraniano Mahmoud Ahmadinejahd subiu de seu status anterior de desconhecido prefeito de Teerã para uma posição de proeminência mundial.)
Daniel viu um anjo na visão que também estava observando as coisas. Quando lhe perguntou sobre o quarto reino e o pequeno chifre, foi-lhe dada esta explicação: "O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo." (Dan 7.23-25)
Esta é obviamente uma referência aos Tempos do Fim e inclui a duração de três anos e meio da Grande Tribulação, durante a qual o Pequeno Chifre ganhará o controle de todo o mundo, conquistando os 10 reis. Como Paulo confirmou mais tarde, ele se exaltará acima de tudo o que é chamado Deus ou seja adorado (2 Tes 2.4). E, como Apocalipse 13.7 nos diz, ele fará guerra contra os crentes da Tribulação e os vencerá.
"Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros." (Dan 7.9-10)
Mas enquanto o Anticristo consolida seu poder na terra, um Poder Maior está pondo Seu plano em movimento no Céu. As linhas estão sendo traçadas para a climática batalha pelo paneta terra. os "milhares de milhares" que o servem provavelmente representam a hoste angélical. Dez mil era o maior número que eles tinham naquele tempo, então Daniel usou o número multiplicado por si mesmo (a NIV diz milhares sobre milhares) para descrever uma multidão que ninguém pode contar, talvez uma referência à Igreja Arrebatada. João emprestou esta ilustração para descrever a cena ao redor do trono em Apocalipse 5.11.
Note os múltiplos tronos. Daniel está dando uma espiadela nos Tempos do Fim e vê uma pista dos tronos do 24 Anciãos. Nenhuma das outras visões do Trono de Deus no Antigo Testamento menciona esses outros tronos porque elas todas ocorrem em tempo real. Esse pequeno insight argumenta contra a opinião que alguns teólogos mantêm de que os 24 tronos são ocupados por um ordem não identificada de anjos que auxiliam a Deus no governo do universo. O fato de que eles não aparecem em relatos do Antigo Testamento, mas sim quando o Fim dos Tempos está no contexto implica que um outro nível de governo foi adicionado desde a cruz. Este somente poderia ser a Igreja.
"Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo; e, quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes prolongada a vida até certo espaço de tempo." (Dan 7.11-12)
De volta à terra, a Grande Tribulação é resumida em dois versos.
"Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído." (Dan 7.13-14)
E finalmente, a culminação da história humana. O Domínio sobre o Planeta Terra, que Adão perdeu para Satanás, foi recuperado pelo Filho de Deus, para nunca mais ser perdido. Ele governará e reinará com Sua Igreja para sempre.
Um período da história visto pelos olhos do homem como uma bela estátua feita de brilhantes metais preciosos é descrita por Deus como realmente é, uma série de animais vorazes que oprimem e devoram a humanidade e se opõem a todo esforço de Deus para libertá-la.
Eu e você chegamos no final disso tudo. Nós não estávamos aqui para ver o seu começo como Daniel, mas por causa de sua descrição nós estamos melhor capacitados para reconhecer o nosso mundo pelo que ele é e identificar corretamente os sinais que nos dizem que o fim está próximo. Na próxima vez, o capítulo 8 e outro modelo do Anticristo. Nos vemos então. 09-09-06
Dois anos depois da visão dos quatro animais que descrevemos no capítulo 7, Daniel teve outra visão, esta de um bode e uma ovelha. Como veremos, sua intenção era dar a ele e a nós mais detalhes sobre as coisas por vir, porque a visão tem um duplo cumprimento. Para Daniel essa visão estava toda no futuro, mas para nós o primeiro cumprimento agora é história, assegurando o cumprimento final, ainda no futuro.
Daniel 8
A Visão de Daniel de um Carneiro e um Bode
No ano terceiro do reinado do rei Belsazar apareceu-me uma visão, a mim, Daniel, depois daquela que me apareceu no princípio. E vi na visão; e sucedeu que, quando vi, eu estava na cidadela de Susã, na província de Elão; vi, pois, na visão, que eu estava junto ao rio Ulai. E levantei os meus olhos, e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha dois chifres; e os dois chifres eram altos, mas um era mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir; nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia. (Daniel 8.1-4)
O ano era 551 AC. Faltavam 16 anos para a queda de Babilônia para a coalisão Medo-Persa. Susã ficava a 370 quilômetros a leste de Babilônia, no Irã moderno, e se tornaria a capital do Império Persa. Tanto Daniel quanto Neemias viveram lá, bem como a Rainha Ester. Hoje é conhecida como Shush. Lá uma incomum pedra branca na forma de um cone marca o tradicional lugar de descanso de Daniel. Em adição aos Judeus Persas, muitos Muçulmanos Shiitas, que também reverenciam o profeta, visitam seu túmulo até hoje.
O Rei da Pérsia usava uma coroa de cabeça de carneiro em batalha, então o carneiro com dois chifres representa a Medo-Pérsia. O chifre maior que cresceu depois é o componente Persa da coalisão, que eventualmente se tornou dominante (O Anjo Gabriel confirmará a identidade dos dois animais para nós mais tarde no capítulo). Como notamos antes, a Media era o lar dos Kurdos de hoje, enquanto a Pérsia se tornou o Irã. Juntos esses dois conquistaram uma área que se estendia do Paquistão até o leste da Grécia para Oeste e até às praias dos mares Negro e Cáspio para o norte e a governaram por 200 anos, até cerca de 330 AC. Uma Estrada Real corria de Susã até Sardes na Turquia Ocidental, trazendo bens do Mediterrâne para a cidade capital.
E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha um chifre insigne entre os olhos. E dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em pé diante do rio, e correu contra ele no ímpeto da sua força.E vi-o chegar perto do carneiro, enfurecido contra ele, e ferindo-o quebrou-lhe os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão. E o bode se engrandeceu sobremaneira; mas, estando na sua maior força, aquele grande chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro também insignes, para os quatro ventos do céu. E de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa.(Daniel 8.5-9)
O bode com um chifre era o símbolo de Felipe da Macedônia, pai de Alexandre o Grande. Os Persas havia humilhado Felipe e Alexandre construiu um grande exército para executar a vingança. Para unir as facções rivais da Europa Oriental contra os Persas, Alexandre inventou uma nova lingua, o Grego Comum,  para que pudessem todos conversar juntos e resolver suas diferenças reais e imaginárias. Não mostrando misericórdia pelos Persas, e derrotou totalmente o exércio de 200.000 homens de Dario III na Btalha de Guagamela, em 331 A, com somente 35.000 homens do seu lado. Ele tinha 22 anos de idade. Sete anos depois ele morreu em Babilônia deixando o império para ser dividido entre seus quatro generais, Cassandro (Macedônia e Grécia), Lisímaco (Trácia e Ásia Menor), Ptolomeu (Israel e Egito) e Seleuco (Síria, Líbano e Jordânia).
E de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa. E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou. E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra.
E um exército foi dado contra o sacrifício contínuo, por causa da transgressão; e lançou a verdade por terra, e o fez, e prosperou. Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados?
E ele me disse: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado". (Daniel 8.9-14)
Agora avançamos para 175 AC e para um descendente de Seleuco chamado Antíoco IV, chamado aqui de outro chifre, que deu a si mesmo o nome de Epifânio, ou O Divino. Até então o Império Selêucida crescera substancialmente e incluía Israel (A Terra Formosa) tomada dos descendentes de Ptolomeu. Antíoco Epifânio odiava os Judeus e jurou eliminar sua religião da face da terra. Ele quase conseguiu.
Fazendo com que o último Sumo Sacerdote legítimo de Israel, Onais III, fosse assassinado, ele começou a vender o cargo para quem pagasse mais, uma fonte de renda que mais tarde também os Romanos adotaram. Ele invadiu Israel e tomou o controle de Jerusalém e do Monte do Templo. Ele baniu a circuncisão, a escrita ou fala do Hebraico e a posse de escrituras Hebraicas, queimando todas as cópias que pode encontrar. Ele converteu o Templo em um centro de adoração pagã, erigindo lá uma estátua de Zeus (Júpiter) com sua própria face sobre ela, exigindo que os Judeus  a adorassem sob pena de morte. Ele degolou um porco em um altar sagrado e ordenou que os sacerdotes fizessem o mesmo.
Essa profanção do Templo o tornou impróprio para uso pelos Judeus. Ficou conhecida como Abominação da Desolação e detonou a Revolta Macabéia, uma bem sucedida guerrilha de 3 anos e meio liderada por Judas Macabeu (Judá o Martelo) para expulsar as forças de Antíoco de Israel e restaurar o Templo para a adoração. Por causa disso, Antíoco Epifânio se tornou o mais claro tipo do Anticristo, com a Revolta Macabéia sendo um modelo da Grande Tribulação. Por 1550 dias (2300 sacrifícios matinais e vespertinos) o santuário permaneceu desolado até que foi consagrado novamente em uma cerimônia celebrada hoje como a festa do Hanukkah.
A Interpretação da Visão
E aconteceu que, havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei o significado, e eis que se apresen- tou diante de mim como que uma semelhança de homem. E ouvi uma voz de homem entre as margens do Ulai, a qual gritou, e disse: "Gabriel, dá a entender a este a visão".
E veio perto de onde eu estava; e, vindo ele, me amedrontei, e caí sobre o meu rosto; mas ele me disse: "Entende, filho do homem, porque esta visão acontecerá no fim do tempo".
E, estando ele falando comigo, caí adormecido com o rosto em terra; ele, porém, me tocou, e me fez estar em pé.
E disse: "Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; pois isso pertence ao tempo determinado do fim. Aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia, mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei; o ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a força dele". (Daniel 8.15-22)
Agora o Anjo Gabriel vem para explicar para Daniel que irá expandir a visão para mostrar que haverá uma repetição desses eventos em uma escala muito maior no tempo do fim. Veremos que o "Pequeno Chifre" de Daniel 7.8 é o cumprimento dos tempos do fim do chamado "Outro Chifre" de Daniel 8.9, aquele que conhecemos como Antíoco Epifânio. Ele começa com a identificação do Carneiro e do Bode e descreve a distribuição do Reino de Alexandre para os seus quatro generais. Então ele segue direto para o "tempo da ira".
"Mas, no fim do seu reinado, quando acabarem os prevaricadores, se levantará um rei, feroz de semblante, e será entendido em adivinhações. E se fortalecerá o seu poder, mas não pela sua própria força; e destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fará o que lhe aprouver; e destruirá os poderosos e o povo santo. E pelo seu entendimento também fará prosperar o engano na sua mão; e no seu coração se engrandecerá, e destruirá a muitos que vivem em segurança; e se levantará contra o Príncipe dos príncipes, mas sem mão será quebrado". (Daniel 8.23-25)
Remanescentes desses impérios permanecerão até o Fim dos Tempos, quando um Rei como Antíoco se levantará, mas este não estará agindo em sua própria força. Em Apocalipse 13.2 nos é dito que o Dragão lhe dará a sua força. E diferentemente de Antíoco, que sofreu uma derrota embraçosa nas mãos dos Romanos e foi forçado a sair do Egito em vergonha, esse rei será bem sucedido em tudo o que fizer e será admirado por todos. E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?(Apocalipse 13.3-4)
Ele entrará em cena como um pacificador, mas terminará com a maior parte do mundo sob sua autoridade, até mesmo pensando em ir à guerra contra os exércitos do céu. Como seu predecessor, ele terá um ódio não natural contra os Judeus e tentará eliminá-los da face da terra. Ele também erigirá uma estátua no Lugar Santo (Apocalipse 13.15), chamando a si mesmo de Deus e exigindo adoração (2 Tessalonicenses 2.4). Mas o seu fim virá nas mãos dAquele que realmente é o Rei de toda a terra.
"E a visão da tarde e da manhã que foi falada, é verdadeira. Tu, porém, cerra a visão, porque se refere a dias muito distantes".
E eu, Daniel, enfraqueci, e estive enfermo alguns dias; então levantei-me e tratei do negócio do rei. E espantei-me acerca da visão, e não havia quem a entendesse. (Daniel 8.26-27)
Gabriel concluiu sua interpretação da visão indicando que as 2300 tardes e manhãs certamente virão, mas o cumprimento definitivo da visão é para os Tempos do Fim. Isso foi verificado pela história. A desolação do Templo por Antíoco Epifânio cumpriu a profecia das tardes e manhãs. Nenhum esquema de tempo como esse nos é dado em conexão com a Grande Tribulação, onde a vindoura Desolação da Abominação durará pelo menos 1260 dias e, como veremos no Capítulo 12, talvez mais.
Daniel 9
Agora são cerca de 13 anos mais tarde, em 538 AC. Daniel agora é um homem velho, provavelmente com 80 anos. Ele tem estado em Babilônia por quase 70 anos e aprendeu lendo o relato de Jeremias sobre a conquista de Babilônia que o período de cativeiro de Israel está quase terminando. Deus disse a Jeremias que levaria 70 anos, e Babilônia seria derrotada e os Israelitas libertados para reconstruirem sua terra (Jeremias 25.11-12). A razão para esse julgamento foi a insistência de Israel em adorar os falsos deuses de seus vizinhos pagãos. Sua duração de 70 anos veio do fato de que por 490 anos eles negligenciaram deixar sua terra descansar por um ano de cada sete como Deus ordenara emLevítico 25.1-7. O Sanhor havia sido paciente todo o tempo, mas finalmente os mandou para Babilônia para dar à terra os 70 anos de descanso que eles lhe deviam (2 Crônicas 36.21).
Um dia,enquanto orava confessando os pecados de Israel e lembrando Deus de Sua promessa de restaurá-los (Daniel 9.1-23), Daniel foi visitado novamente pelo Anjo Gabriel, que interrompeu sua oração para revelar mais do futuro de Israel, uma vez mais expandindo as visões do capítulo 7 e 8 com um resumo de 4 versos das coisas por vir.
Muitos acreditam que Daniel 9.24-27 é a mais importante passagem da profecia em toda a Escritura. Quase todos os enganos que encontrei ao estudar as várias interpretações da profecia dos Tempos do Fim podem ser traçados a uma má interpretação desta passagem. Vamos ler a coisa toda para enchergar a figura inteira e, então, dividí-la verso por verso.
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador. (Daniel 9.24-27)
Nenhuma profecia em toda a Escritura é tão crítica para o entendimento dos tempos do fim quanto estes quatro versos. Mas primeiro uns poucos esclarecimentos básicos, e então interpretaremos a passagem verso por verso. A palavra Hebraica traduzida como semana (ou sétimos) se refere a um período de sete anos, como nossa palavra década se refere a um período de dez anos. Ela literalmente significa "uma semana de anos". Assim, 70 semanas são 70 x 7 anos, ou 490 anos. Esse período é dividido em três partes, 7 semanas ou 49 anos, 62 semanas ou 434 anos e 1 semana ou 7 anos. Vamos começar.
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo (lugar) (Daniel 9.24).
Essas 6 coisas seriam alcançadas para o povo de Daniel (Israel) e para a sua Santa Cidade (Jerusalém) durante um período específico de 490 anos. Eu inseri a palavra "lugar" depois de Santíssimo no final do verso para esclarecer o fato de que se refere ao Templo Judeu em Jerusalém.
Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos (Daniel 9.25).
Aqui está uma profecia clara sobre o tempo da Primeira Vinda. Quando esta mensagem foi dada a Daniel pelo Anjo Gabriel, Jerusalem jazia em ruínas por quase 70 anos e os Judeus eram cativos em Babilônia. Contando afrente por 62 + 7 períodos de 7 anos cada, a partir de um futuro decreto dando aos Judeus permissão para restaurar e reconstruir Jerusalém, eles deveriam esperar o Messias. Isso é um total de 483 anos após o decreto ser dado.
Aqui é importante distinguir o decreto que libertou os Judeus de seu cativeiro daquele que lhes deu permissão para reconstruir Jerusalém.
Quando conquistou Babilônia em 535 AC, Ciro o Persa imediatamente libertou os Judeus. Isso havia sido profetizado 150 anos antes em Isaías 44.24-45.6 e se cumpriu em Esdras 1.1-4. Mas, de acordo com Neemias 2.1, o decreto para reconstruir Jerusalém foi dado no primeiro mês do 20° ano do seu reinado pelo Rei Artaxerxes da Pérsia (março de 445 AC em nosso calendário, cerca de 90 anos depois).
Exatamente 483 anos depois disso o Senhor Jesus entrou em Jerusalém sobre um jumento aos brados de "Hosanna", no único dia de Sua vida em que permitiu a Seus seguidores proclamá-Lo Rei de Israel, cumprindo a profecia de Daniel até mesmo quanto ao dia! O Hebraico de Dan 9.25O chama de Messias o Príncipe, denotando o fato de que Ele vinha como o Ungido Filho do Rei e ainda não havia sido coroado Rei.
Em Lucas 19.41-45, Ele lembrou o povo da natureza específica dessa profecia. Ao se aproximar de Jerusalém e ver a cidade, Ele chorou sobre ela e disse, "Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados; e te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação" (Lucas 19.42-44). Ele os considerou responsáveis por saber.
Poucos dias depois Ele estendeu essa responsabilidade a nós. "Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, atenda; Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes" (Mateus 24.15). É requirido também de nós entender Daniel 9 com referência à Grande Tribulação e a Segunda Vinda.
E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. (Daniel 9.26)
Primeiro vieram 7 semanas (49 anos) e então 62 semanas (434 anos) para um total de 69 semanas, ou 483 anos. No final do segundo período seu Messias seria executado (literalmente destruído ao fazer um concerto) não tendo recebido nada da honra, glória e bênçãos que as Escrituras Lhe prometeram, e o povo de um governante ainda por vir destruiria Jerusalém e o Templo. Os Israelitas seriam espalhados para longe e a paz escaparia ao mundo.
Todos nós sabemos que Jesus foi crucificado, estabelecendo um Novo Concerto no processo, e 35 anos depois os Romanos lançaram a tocha à cidade e ao Templo destruindo ambos. Os Judeus sobreviventes foram forçados a fugir por suas vidas e nos 2000 anos seguintes eu não creio que uma única geração tenha deixado de se envolver em uma guerra de algum tipo.
E então algo estranho aconteceu: O relógio do Céu parou. 69 das 70 semanas haviam passado e tudo o que fora profetizado que aconteceria durante aqueles 483 anos havia acontecido, mas ainda havia uma semana (7 anos) restantes. Há pistas no Antigo Testamento de que o relógio parou várias vezes antes na história de Israel, quando por uma razão ou outra eles estavam fora da terra. E no Novo Testamento também nos é dito que enquanto Deus está tratando com a Igreja, o tempo deixa de existir para Israel (Atos 15.13-18). Mas a mais clara indicação é que os eventos preditos em Daniel 9.27 simplesmente ainda não aconteceram.
E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador. (Daniel 9.27)
Aqui está a 70ª semana que falta, mas antes de tentarmos entendê-la vamos relembrar uma regra de gramática que nos ajudará a interpretar corretamente. A regra é esta: Os pronome se referem ao nome anterior mais próximo. "Ele", sendo um pronome pessoal, se refere à pessoa anterior mais próxima, neste caso "o príncipe que há de vir". Então um governante que virá de alguma parte do antigo Império Romano firmará um tratado de 7 anos com Israel que permitirá que eles reconstruam um Templo e restabelecimento seu sistema de adoração do Antigo Concerto. 3 anos e meio depois ele violará esse tratado estabelecendo uma abominação que faz o Templo ficar desolado, pondo um fim à adoração deles. Essa abominação traz a ira de Deus sobre ele e ele será destruído. Este é o Pequeno Chifre de Daniel 7.8 e o cumprimento dos Tempos do Fim daquele chamado de "Outro Chifre" em Daniel 8.9, cumprido inicialmente por Antíoco Epifânio.
A forma mais óbvia para sabermos que essas coisas ainda não aconteceram é que o sistema de adoração Judaico do Antigo Concerto requer um Templo e não há um desde 70 AD quando os Romanos o destruíram.
Alguns dizem que esta profecia se cumpriu durante a destruição do Templo pelos Romanos em 70 AD, mas a maioria crê que ainda é para o futuro, parcialmente por causa do termo Abominação que Causa Desolação. Como Gabriel disse a Daniel, no tempo da ira haveria um segundo, maior cumprimento das profecias de suas visões do capítulo 8. Outro rei surgiria e repetiria as coisas que Antíoco fez, uma das quais seria se colocar no Templo e se declarar Deus, e exigir que o povo adore uma estátua sua.
Jesus disse que esse evento iniciaria a Grande Tribulação (Mateus 24.15-21), e Paulo disse que o Anticristo seria o que faria isso (2 Tessalonicenses 2.4). As blasfêmias de Antíoco não foram especificamente repetidas quando os Romanos destruíram o Templo e não existiu outro Templo desde então. As similaridades entre esse evento futuro e o da história sendo tão óbvias, a maioria dos estudiosos está persuadida de que um aponta para o outro, já que nada nos anos entre os dois se encaixa tão completamente.

Em seguida a uma guerra devastadora no Oriente Médio, um novo líder logo entrará em cena. Com grande carisma pessoal e um fim planejado para todas as guerras, ele cativará e controlará todo o mundo. Como todos os crentes terão recentemente desaparecido da terra, ele não terá dificuldade em persuadir a maioria dos habitantes restantes de que é o Messias prometido, o Príncipe da Paz. Ele os irá estarrecer e maravilhar com feitos de diplomacia e conquista, até mesmo realizando o sobrenatural. Mas quando ele declarar ser Deus, todo o inferno se soltará na terra e os 3 anos e meio dos tempos mais terríveis que a humanidade já conheceu ameaçarão sua própria existência.
Mas antes que sejam todos destruídos o verdadeiro Príncipe da Paz retornará e subjugará esse impostor. Ele estabelecerá Seu Reino na terra, um Reino que jamais será conquistado ou deixado para outro. Tendo dado Sua vida para por fim à transgressão, por fim ao pecado, para espiar a maldade e trazer justiça eterna, e tendo cumprido toda as visões e profecias bíblicas, Ele ungirá o Lugar Santíssimo e receberá toda a honra, gloria e bênçãos que as Escrituras Lhe prometeram. Israel finalmente terá seu Reino restaurado e viverá em paz com Deus em seu meio, e você e eu como a noiva do Cristo governaremos e reinaremos com Ele para sempre. Se ouvir com atenção, você quase pode ouvir os passos do Messias.

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