AS DUAS TESTEMUNHAS! VISÃO DOS LIVROS DE ZACARIAS E APOCALIPSE
AS DUAS TESTEMUNHAS
E o anjo
que falava comigo voltou, e despertou-me, como a um homem que é despertado do
seu sono,
E disse-me: Que vês? E eu disse: Olho, e eis que vejo um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no seu topo, com as suas sete lâmpadas; e sete canudos, um para cada uma das lâmpadas que estão no seu topo.
E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda.
E respondi, dizendo ao anjo que falava comigo: Senhor meu, que é isto?
Então respondeu o anjo que falava comigo, dizendo-me: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, senhor meu.
E disse-me: Que vês? E eu disse: Olho, e eis que vejo um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no seu topo, com as suas sete lâmpadas; e sete canudos, um para cada uma das lâmpadas que estão no seu topo.
E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda.
E respondi, dizendo ao anjo que falava comigo: Senhor meu, que é isto?
Então respondeu o anjo que falava comigo, dizendo-me: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, senhor meu.
Respondi
mais, dizendo-lhe: Que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do castiçal?
E, respondendo-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado?
E ele me falou, dizendo: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, senhor meu.
Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra.
E, respondendo-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado?
E ele me falou, dizendo: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, senhor meu.
Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra.
E darei
poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta
dias, vestidas de saco.
Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra.
E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem.
E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará.
E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o nosso Senhor também foi crucificado.
E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros.
E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.
E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.
E naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu.
Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra.
E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem.
E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará.
E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o nosso Senhor também foi crucificado.
E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros.
E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.
E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.
E naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu.
Certamente
todo tem notado que sempre que se fala a respeito de escatologia, alguém
questiona sobre as duas testemunhas e precisamos procurar compreender o que
seria ou quem seriam estas duas testemunhas.
Muitos
mistérios existentes na bíblia são particularidades de Deus que reservou para o
seu próprio poder.
Deuteronomio
29;29
29 As
coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos
pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as
palavras desta lei.
Segundo o entendimento que fazemos das profecias de Zacarias sobre as duas testemunhas, levando se em conta que ele recebe a revelação que as duas testemunhas seriam alguém que não teria provado a morte, entendemos que pode se tratar de Elias e Enoque que foram os únicos seres humanos que não provaram a morte. A profecia diz que eles serão revestidos de poder que farão milagres e farão descer fogo do céu, e analisando as ações do profeta Elias, que fora transladado em uma carruagem de fogo. Se enquadraria como sendo uma das duas testemunhas .(2 Rs 2;11 E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.) e Enoque, o outro profeta que fora trasladado por Deus, Gênesis 5:21 E viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém. Hebreus 11:5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.
Segundo o entendimento que fazemos das profecias de Zacarias sobre as duas testemunhas, levando se em conta que ele recebe a revelação que as duas testemunhas seriam alguém que não teria provado a morte, entendemos que pode se tratar de Elias e Enoque que foram os únicos seres humanos que não provaram a morte. A profecia diz que eles serão revestidos de poder que farão milagres e farão descer fogo do céu, e analisando as ações do profeta Elias, que fora transladado em uma carruagem de fogo. Se enquadraria como sendo uma das duas testemunhas .(2 Rs 2;11 E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.) e Enoque, o outro profeta que fora trasladado por Deus, Gênesis 5:21 E viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém. Hebreus 11:5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.
Gensis 5;24 Enoque andou
sempre em comunhão com Deus e um dia desapareceu, porquanto Deus o arrebatou!
O sétimo homem depois da Adão teria agradado tanto a Deus que foi depois
considerado um homem de quem o mundo não era digno. Heb 11;38
Notamos que devido a estas transcrições e relatos
proféticos bíblicos podemos deduzir que as duas testemunhas serão estes dois
profetas que foram arrebatados sem experimentar a morte pois em Hebreus 9;27
nos diz que ao homem esta ordenado morrer uma vez e depois segue o juízo.
O Trabalho, a Morte e a
Ressurreição das Duas Testemunhas (Apoc.11:3-13)
Darei às minhas duas
testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias: A ordem
vem de cima. As testemunhas profetizam pela autoridade de Deus.
Quem são as duas testemunhas?
Comentaristas têm oferecido diversas respostas a esta pergunta. Alguns procuram
personagens específicas, até sugerindo a volta à terra de pessoas do Velho
Testamento (por exemplo, Moisés e Elias ou Enoque e Elias). Outros sugerem o
Antigo e o Novo Testamentos. Alguns dizem que são a Lei (de Moisés) e os
Profetas (veja Lucas 16:29,31; 24:27; Atos 13:15; 24:14; Romanos 3:21 e outras
passagens que falam sobre a Lei e os Profetas, mas considere também comentários
de Jesus mostrando que estas revelações do Antigo Testamento já seriam
ultrapassadas pelo evangelho – Mateus 11:13; Lucas 16:16). Outras
possibilidades incluem profetas e apóstolos (Lucas 11:49) ou o Espírito Santo e
os apóstolos (João 15:26-27; Atos 5:32).
Por não ter uma identificação
específica neste trecho, talvez a resposta melhor se encontra no próprio
contexto. Os primeiros versículos do capítulo falaram sobre a igreja, o povo de
Deus. Cristãos fiéis são descritos como testemunhas ou pessoas que dão
testemunho em outros versículos do livro (2:13; 6:9; 12:11,17; 17:6; 19:10;
20:4). Veremos um pouco mais sobre as testemunhas no versículo 4.
O tempo do trabalho deles, 1.260
dias, é igual a 42 meses (11:2) ou três anos e meio (usando o calendário de 12
meses de 30 dias). Este período, a metade de sete anos, normalmente descreve um
período de tribulação e sofrimento. Seria um trabalho difícil, cheio de
angústia (veja o significado de pano de saco abaixo), mas seria temporário.
Vestidas de pano de saco: Pano de
saco é a roupa de lamentação e angústia, sentimentos opostos à alegria (Salmo
30:11; 35:13; 69:11; Ezequiel 27:31; Joel 1:8). Jacó se vestiu de pano de saco
quando lamentou a suposta morte de José (Gênesis 37:34). Quando Acabe ouviu a
condenação de sua casa, ele se lamentou em pano de saco, um gesto de angústia e
humildade (1 Reis 21:27-29). Pano de saco acompanha o arrependimento em várias
outras citações bíblicas (Neemias 9:1-2; Jonas 3:6-8; Mateus 11:21; Lucas
10:13). Ezequias se vestiu de pano de saco quando buscou a libertação de
Jerusalém diante da ameaça assíria (2 Reis 19:1-3). O pano de saco das duas
testemunhas sugere a mensagem difícil e a lamentação delas em pronunciar a
mensagem do Senhor, uma mensagem que certamente condenava os perversos.
11:4 – São estas as duas
oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra.
São estas as duas
oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra: Esta
linguagem nos lembra da visão de Zacarias 4 (leia o capítulo). As duas
oliveiras que alimentavam de azeite o candelabro são identificados como “os dois ungidos,
que assistem junto ao Senhor de toda a terra” (4:14).
No Velho Testamento, sacerdotes e reis foram ungidos (Levítico 8:12,30; 1
Samuel 10:1; 16:1,13). No Novo Testamento, os cristãos são o “reino, sacerdotes
para o seu Deus e Pai” (1:6),
o “sacerdócio real” (1 Pedro 2:9). Apoiando a
interpretação das duas testemunhas como a igreja é a expressão acrescentada
aqui, “os dois candeeiros”.
No Apocalipse, os
candeeiros representam as igrejas (1:20). Os candeeiros no templo sempre
ficavam acesos diante de Deus, como os cristãos brilham diante do Senhor como a
luz do mundo (Mateus 5:14-16; Efésios 5:8;1 Tessalonicenses 5:5).
11:5 – Se alguém pretende
causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém
pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer.
Se alguém pretende
causar-lhes dano: Agora entram os perseguidores, aqueles que queriam causar danos
aos servos de Deus.
Sai fogo da sua boca e
devora os inimigos: É uma visão num livro que emprega uma grande variedade de
símbolos. O fogo da boca das testemunhas não é literal, mas representa o poder
dos servos de Deus de persistir no seu trabalho, apesar da oposição dos inimigos.
A figura nos lembra de vários profetas do Velho Testamento. Moisés e Arão
enfrentaram seus adversários no Egito com uma série de pragas devastadoras
(Êxodo 7-12). Quando Acazias, rei de Israel, tentou prender Elias, fogo desceu
do céu e consumiu os soldados do rei (2 Reis 1:1-14). Os servos de
Nabucodonosor que tentaram matar os amigos de Daniel foram consumidos pelo fogo
da fornalha (Daniel 3:19-22). Deus está com as testemunhas e lhes dará a
vitória. Os adversários devem morrer. Sabemos que a perseguição começou pouco
tempo depois do início da igreja. Alguns discípulos foram presos, e alguns
morreram (Estêvão – Atos 7; Tiago – Atos 12; etc.). Mas o trabalho da
divulgação do evangelho continuou praticamente sem empecilho, e a palavra
circulou pelo mundo inteiro nas primeiras três décadas (veja Colossenses 1:23).
11:6 – Elas têm autoridade
para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm
autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para
ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.
Elas têm autoridade para
fechar o céu: Como fez Elias durante o reinado de Acabe (1 Reis 17:1; Tiago
5:17-18).
Têm autoridade também
sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com
toda sorte de flagelos: Como fizeram Moisés e Arão no Egito (Êxodo
7-12).
Deus equipa seus servos com poder
para vencer os inimigos. Deus agiu durante o ministério dos apóstolos através
de milagres que demonstraram o poder divino e confundiram os inimigos (Atos
5:17-21; 12:6-24; 16:23-26; 19:13-17). Paulo cegou Elimas, um “inimigo de toda a justiça” (Atos 13:9-11) e expulsou o
espírito adivinhador da jovem em Filipos (Atos 16:16-18). O período apostólico
foi caracterizado pelo crescimento do evangelho: “Com grande poder, os apóstolos
davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus” (Atos 4:33). “Crescia a palavra de Deus” (Atos 6:7). “Assim, a palavra do Senhor
crescia e prevaleceu poderosamente” (Atos
19:20). O maior poder dado aos discípulos vem da própria palavra pregada. O
evangelho “é o poder de
Deus para a salvação” (Romanos
1:16). As armas espirituais são “poderosas
em Deus, para destruir fortalezas...e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus” (2
Coríntios 10:3-6). A palavra de Deus é “a
espada do Espírito”, usada “contra
as forças espirituais do mal” (Efésios
6:10-17). Esta espada é “mais
cortante do que qualquer espada de dois gumes” (Hebreus 4:12).
11:7 – Quando tiverem,
então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo
pelejará contra elas, e as vencerá, e matará,
Quando tiverem, então,
concluído o testemunho que devem dar: Este trecho obviamente não fala
do término final da missão da igreja, pois já usou a figura de um período curto
(1.260 dias). Chegando ao ponto determinado por Deus, e tendo cumprido a sua
responsabilidade de testemunhar, Deus permitiria que a cena continuasse. Embora
tenhamos sempre trabalho para fazer, é possível encerrar uma determinada missão
(Lucas 10:10-12; Atos 13:46-47). Deus determinou uma missão de tempo limitado
para os seus servos, e deixou o inimigo mostrar seu poder limitado somente
quando a missão fosse encerrada.
A besta que surge do
abismo pelejará contra elas, e as vencerá e matará: Esta
besta se tornará importante nos próximos capítulos. Ela sobe do mar (13:1) ou
do abismo (11:7; 17:8) e peleja contra os santos e os vence (13:7). Mas a sua
vitória não é final nem completa, pois será vencida pelo Cordeiro e seus servos
(17:12-14). Aqui, porém, a besta aparece e, por enquanto, vence as testemunhas
do Senhor.
11:8 – e o seu cadáver
ficará estirado na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma
e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado.
E o seu cadáver ficará
estirado na praça: O cadáver (cadáveres – 11:9) das testemunhas não é tratado com
nenhum respeito pela besta e seus servos. Os corpos ficam na rua como troféus
da vitória sobre os fiéis (veja o desrespeito mostrado pelos filisteus quando
mataram Saul – 1 Samuel 31:8-10).
Da grande cidade que,
espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi
crucificado: Este versículo é um dos mais polêmicos do livro. Qual cidade? É
uma cidade específica, ou linguagem que representa algo maior? Claramente a
descrição usa linguagem simbólica, pois qualquer interpretação literal cairia
em diversas contradições. Sodoma foi destruída há milhares de anos. Egito é um
país, não apenas uma cidade. Jesus foi crucificado em Jerusalém, nem em Sodoma
e nem no Egito. O que estes símbolos representam?
Sodoma e Egito aparecem somente
neste versículo no livro do Apocalipse,
mas são citados freqüentemente em outros livros da Bíblia. Vamos ver o
significado destes lugares.
Sodoma: Depois
de sua destruição (Gênesis 19), Sodoma serve como exemplo de destruição e
castigo divino, ou de pecado aberto e perversidade exagerada. “...como Sodoma, publicam o seu
pecado e não o encobrem. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos” (Isaías 3:9). “Porque maior é a
maldade da filha do meu povo do que o pecado de Sodoma, que foi subvertida como
num momento, sem o emprego de mãos nenhumas” (Lamentações
4:6). “...como Sodoma, e
Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição
como aqueles, seguindo após outra carne, são postas para exemplo do fogo
eterno, sofrendo punição” (Judas
7). Veja também: Deuteronômio 32:32-33; Isaías 1:9-10. Sodoma seguramente
representa pecadores que merecem castigo.
Egito: Muitas
citações bíblicas referem-se à nação ou à terra do Egito. Quando usado
simbolicamente, o Egito sugere pecado, idolatria, imundícia, escravidão e
rejeição de Deus. Quando o povo de Israel chegou à terra prometida e fez a
circuncisão dos homens, Deus disse: “Hoje,
removi o opróbrio do Egito” (Josué
5:9). A terra do Egito foi conhecida como a casa da servidão (Josué 24:17;
Judas 5), uma figura empregada no Novo Testamento para descrever a escravidão
ao pecado (Atos 7:39-40; Hebreus 3:16 e, implicitamente, em 1 Coríntios 10:1).
O Egito oprimiu o povo de Deus, e serve como uma figura apropriada dos
perversos que oprimiam e perseguiam os cristãos na época de João.
Sodoma e Egito, então,
representam as idéias de pecado, perversidade, rejeição de Deus e opressão dos
fiéis. Resumindo, representam a sociedade ímpia que se colocou em oposição ao
povo do Senhor, perseguindo os servos de Jesus. E a terceira descrição? O que
quer dizer “onde também o
Senhor foi crucificado”? Algumas pessoas, mesmo aceitando o significado
simbólico de Sodoma e Egito, sugerem uma interpretação literal desta frase e
concluem que Jerusalém fosse um dos principais objetos da ira de Deus no Apocalipse. É claro que Jesus
foi crucificado em (ou perto de) Jerusalém. Mas, num sentido maior, ele foi crucificado
pelo mundo – pelo povo ímpio – que não o aceitou. O relato do evangelho do
mesmo autor destaca esta rejeição pelo mundo, não somente por Jerusalém: “O Verbo estava no mundo, o
mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu” (João 1:10). É interessante
observar que mais de um terço das ocorrências da palavra “mundo” na Bíblia toda
se encontram nos livros de João. A
vitória aparente do mal sobre Jesus trouxe tristeza aos discípulos e alegria ao
mundo (João 16:19-20). O lugar onde o Senhor foi crucificado foi no mundo, no
meio de uma sociedade rebelde que o rejeitou porque preferia permanecer nas
trevas. A mesma sociedade que odiava o Mestre, também odiaria os discípulos: “Se o mundo vos
odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim” (João 15:18). Regozijaram-se
na vitória aparente sobre Jesus, e fariam uma grande festa quando vencerem,
aparentemente, as testemunhas dele. Mas nenhuma das duas vitórias foi real.
11:9 – Então, muitos dentre
os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas
testemunhas, por três dias e meio, e não permitem que esses cadáveres sejam
sepultados.
Muitos dentre os povos,
tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas: Pessoas
de todas as nações, ou seja, pessoas do mundo em geral, contemplam os corpos
mortos das testemunhas do Senhor. A descrição usada aqui é quase a mesma
encontrada algumas outras vezes no livro para identificar a sociedade em geral,
ou as pessoas de diversas nações. A grande multidão que adora a Deus diante do
trono vem de “todas
as nações, tribos, povos e línguas” (7:9).
João foi encarregado de profetizar “a
respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (10:11). A meretriz Babilônia
se assenta sobre “povos,
multidões, nações e línguas” (17:15).
Esta linguagem denomina as pessoas do mundo ou da sociedade em geral. Algumas
dessas pessoas aceitam as bênçãos que vêm pelo descendente de Abraão e, assim,
fazem parte da multidão de adoradores diante do trono. Outras seguem a meretriz
e se regozijam com as vitórias passageiras sobre os servos do Senhor. Muitos
(mas não todos – 7:9) dentre os povos olham para os corpos dos servos mortos.
Por três dias e meio: Não há
dúvida. Estão mortas. Os corpos já estariam com o mal cheiro da decomposição.
Mas há mais aqui. Três dias e meio, a metade de sete dias, novamente representa
um período curto, um tempo de angústia para os fiéis que sofrem das
perseguições. Mas, a “vitória” da besta não dura por muito tempo. Somente as
pessoas com miopia espiritual serão enganadas por esta falsa vitória.
E não permitem que esses
cadáveres sejam sepultados: Os ímpios querem o proveito máximo desta
“vitória” sobre os servos de Deus. Deixam os corpos expostos para mostrar o seu
poder sobre os justos. O que eles não entendem, ainda, é que a morte não é o
fim para os servos de Deus. Os vencedores não sofrem “dano da segunda morte” (2:11). Também não entendem
como o orgulho da festa desta falsa vitória ajudará a salientar a vitória
verdadeira dos servos do Senhor. O que acontecerá nos versículos 11 e 12 será
visível a todos!
11:10 – Os que habitam
sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão
presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que
moram sobre a terra.
Os que habitam sobre a
terra se alegram por causa deles: Quando a besta mata os servos
do Senhor, os ímpios fazem a festa. A prática de enviar presentes é uma maneira
de expressar alegria em ocasiões especiais (veja Neemias 8:9-10). Aqui, os
perversos fazem uma festa de vitória. Há uma verdadeira guerra, uma luta entre
o bem e o mal, e os malfeitores se regozijam com qualquer vitória, mesmo de
pouca duração, sobre o bem. Freqüentemente, os ímpios acham que suas “vitórias”
sirvam para libertar pessoas oprimidas por regras desnecessárias de religiões
ultrapassadas. Oferecem a liberdade para satisfazer qualquer desejo sexual, ou a
liberdade para tirar a vida de crianças antes de elas nascerem, ou a liberdade
para exigir o respeito de outros mesmo quando praticam coisas que desprezam os
princípios de decência daqueles que seguem a Deus. Prometem liberdade, mas são
escravos da corrupção (2 Pedro 2:19).
Porquanto esses dois
profetas atormentaram os que moram sobre a terra: Aqui
revela o motivo do assassinato. Os dois profetas atormentaram os ímpios. Como?
Eles pregaram a verdade! A palavra de Deus atormenta os malfeitores, tirando o
sossego daqueles que recusam se submeterem ao Senhor. Este é o lado amargo da
pregação do evangelho. Por isso, os pregadores fiéis são odiados pelo mundo
(Mateus 10:22). Paulo sofreu perseguições e avisou que os piedosos seriam
perseguidos por homens perversos (2 Timóteo 3:10-13).
11:11 – Mas, depois dos
três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou,
e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo;
Depois dos três dias e
meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus: Foram
três anos e meio de profecia e três dias e meio de falsa vitória dos ímpios
antes da vitória real das testemunhas de Deus. O Senhor manda um espírito de
vida, pois ele é a verdadeira e única fonte de vida. Um tema constante nas
Escrituras é o contraste entre a vida e a morte (Deuteronômio 30:15; Mateus
7:13-14; etc.). A vida é sempre ligada a Deus, e a morte sempre ligada ao
pecado. A palavra vida aparece mais nos livros de João do que nos escritos de
qualquer outro autor no Novo Testamento. João emprega esta palavra com um rico
significado espiritual, a partir do prólogo de seu evangelho: “A vida estava nele e a vida era
a luz dos homens” (João
1:4). A vida própria é uma qualidade divina: “Porque
assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si
mesmo” (João 5:26). Jesus
oferece a vida aos homens, dizendo: “Eu
sou o pão da vida” (João
6:48) e oferecendo a água viva (João 4:10-11). Acrescenta:“Eu lhes dou a
vida eterna” (João 10:28)
e “Eu sou a ressurreição e
a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (João 11:25). Resumindo o seu papel
essencial para a salvação dos homens, ele diz:“Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). “E a vida eterna é esta: que te
conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”(João
17:3). Na sua primeira carta, João descreve Jesus como o “Verbo da vida” (1:1) e o identifica como “a vida eterna, a qual estava
com o Pai e nos foi manifestada” (1:2).
Sem o Pai e o Filho, a vida se torna impossível: “E o testemunho é
este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que
tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (5:11-12).
Paulo desenvolveu o mesmo tema em
diversos comentários nas suas cartas: “...a
vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a
nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em
glória” (Colossenses
3:3-4). Ele disse que Jesus “...não
só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o
evangelho” (2 Timóteo 1:10).
A vida vem de Deus.
Neles penetrou, e eles se
ergueram sobre os pés: O espírito de vida enviado por Deus ressuscitou as testemunhas.
A vitória da besta e dos perversos acabou! Que conforto aos discípulos do
Senhor na Ásia ou em outros lugares onde a perseguição ameaçava matá-los!
Poderiam até morrer, mas a morte não teria a vitória final sobre os fiéis. Eles
são os vencedores (2:11). Este versículo serve para encorajar os servos de Deus
em qualquer época, enfrentando qualquer ameaça do inimigo. Podem sofrer; podem
até morrer. Mas, no final, ficarão de pé, vitoriosos!
E àqueles que os viram,
sobreveio grande medo: A festa acabou! A vitória dos ímpios não durou, era falsa. Agora
os perversos percebem que seu adversário é realmente invencível. Nem a morte
segura os servos de Jesus! “Onde
está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?.... Graças a
Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 15:55-57). Os
perseguidores têm todo motivo para sentir medo. Perderão!
11:12 – e as duas
testemunhas ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E
subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as contemplaram.
As duas testemunhas
ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui: Mais
uma grande voz. As testemunhas ouviram esta voz, mas não sabemos se os
adversários a ouviram. A voz chamou os servos vitoriosos a subirem para o céu.
Missão cumprida!
E subiram ao céu numa
nuvem: Sobre o significado de nuvens, veja os comentários na lição 18
sobre 10:1. As testemunhas, depois de sua ressurreição, subiram como Jesus
subiu (Atos 1:9). Na segunda vinda de Jesus, os fiéis subirão “entre nuvens, para o encontro
do Senhor nos ares” (1
Tessalonicenses 4:17).
E os seus inimigos as
contemplaram: Que cena triste para os inimigos de Deus. As testemunhas, não
contidas pela morte, agora somem de vez. A besta que surgiu do abismo e parecia
tão forte se mostra incapaz de vencer os servos de Deus. O resto do livro
mostrará, com mais detalhes, esta certeza da vitória dos fiéis sobre seus
adversários ímpios. “Porque
todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o
mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o
Filho de Deus?” (1 João
5:4-5).
11:13 – Naquela hora, houve
grande terremoto, e ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto,
sete mil pessoas, ao passo que as outras ficaram sobremodo aterrorizadas e
deram glória ao Deus do céu.
Houve grande terremoto, e
ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas: Já
encontramos terremotos como símbolos do castigo divino. Este terremoto afeta a
décima parte da cidade e causa a morte de 7.000 pessoas. Como as primeiras
trombetas, este castigo também não é final e total, mas a retirada das
testemunhas de Deus traz conseqüências graves para a cidade mundana, a
sociedade dos ímpios.
As outras ficaram
sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu: Ficaram
com medo, mas o texto não diz que se converteram. Nabucodonosor, impressionado
com a interpretação do seu sonho por Daniel, reconheceu o Senhor como “o Deus dos deuses, e o Senhor
dos reis” (Daniel 2:47)
mas ainda fez a sua imagem de ouro e exigiu que os homens a adorassem (Daniel
3) e se exaltou ao ponto de ser humilhado por Deus (Daniel 4). É possível dar
glória a Deus sem se converter a ele.
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