QUANTAS VEZES DEVO PERDOAR MEU IRMÃO?
SE TEU IRMÃO PECAR CONTRA TI...
Olhai por vós mesmos. E, se
teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe.Luc
17;13
Quantas vezes devo perdoar
meu irmão?
E, se pecar contra ti sete
vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me;
perdoa-lhe.Luc 17;14
O perdão é algo tão divino
que faz mais bem a quem sofreu o dano que ao que o causou.
Quando alguém guarda mágoa
de outro que lhe causou algum desfavor, ele está apenas ajuntando brasas em sua
mão ou em seu coração para fazer mal a si mesmo.
Jamais devemos responder
ofensa com ofensa ou mal com mal portanto precisamos aprender a perdoar cada
dia como se fosse a única vez que alguém nos tenha causado algum mal.
Quando falamos de perdoar o
irmão, muitas vezes até mesmo esquecemos que somos falhos ,pecadores e estamos
na mesma condição que nosso irmão e se ainda não pecamos contra ele, nem por
isto devemos desmerece lo por causa de seu pecado ou por seu pecado ser
diferente do nosso.
Os discípulos certa vez
perguntou ao Mestre Jesus quantas vezes deveriam perdoar o irmão e disseram
seriam sete vezes?
Jesus então sabiamente
respondeu, não vos digo apenas sete vezes ao dia, mas setenta vezes sete vezes
ao dia... Seria impossível que alguém pecasse contra você por sete vezes ao dia
e muito mais ainda se pecasse setenta vezes sete. Mas quando falamos de perdão
lembramos de muitas coisas que nos fizeram sofrer, chorar, decepcionar e muitas
vezes o problema nos veio de pessoas mais próximas de nós e por isto nos causa
maior dor ainda. Saiba meu amado que mesmo assim o nosso coração tem que estar
sempre pronto a perdoar seja qual for o pecado do outro pois podemos sempre
incorrer no mesmo erro e temos que nos preservar sempre para compreendermos que
nosso erro não poderá ser minorado diante do erro do nosso irmão seja qual for
ele.
Perdoar alguém não significa
que você terá que viver pregado nele, agarrado nele, mas deve tirar todo resquício
de mágoa que porventura houver em seu coração pois a bíblia nos ensina que
temos que perdoar e amar o irmão.
Quando perdoamos
esquecemos? Não há como esquecer algo que tenha nos causado sofrimento pois nós
não temos facilidade de esquecer as coisas ruins, isto seria estado de amnésia
e não de perdão.
Perdoar implica em
reconhecer a fragilidade do irmão e saber que a fraqueza que o abateu pode
ainda chegar a nos atingir e assim nos colocamos em seu lugar compreendendo que
somente Deus é justo e infalível.
Bíblia afirma: “É
inevitável que venham escândalos” (Lucas 17:1). No entanto,
devemos estar atentos para o fato de que o conflito pode ocasionar pelo menos
dois perigos.
Primeiro:
conduta ímpia. “Ira” é perigoso. Uma
pessoa irada diz coisas prejudiciais que agravam o problema (Provérbios 15:18).
É possível que os irmãos até esqueçam a questão inicial, mas fiquem de mal por
causa do ressentimento que tomou conta deles. “Segui a paz com todos
. . . nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe” (Hebreus
12:14-15). A amargura é uma raiz forte e profunda que, como uma grama na
calçada, pode minar um alicerce sólido. Cuidado com os seus resultados: o ódio,
as discussões, os ciúmes, acessos de ira e dissensões. “Não herdarão
o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gálatas 5:20-21;
Tiago 3:13-16).
Segundo:
impacto negativo na vida dos outros. O
versículo que adverte contra a amargura diz: “Nem haja alguma raiz
de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam
contaminados”(Hebreus 12:15). Outras pessoas podem ser envolvidas na
situação e ser tentadas a pecar. “Qualquer, porém, que fizer
tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe
pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza
do mar” (Mateus 18:6). Não demora muito para devastar uma igreja,
nem é tão difícil! (1 Coríntios 5:6)
Nas “coisas desta vida . . . por que não sofreis,
antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?” (1
Coríntios 6:3,7).
Mas
quando há pecado em jogo, deve ser enfrentado. “Se teu irmão pecar
[contra ti], vai argüí-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu
irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para
que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça.
E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja,
considera-o como gentio e publicano” (Mateus 18:15-17). Aqui Jesus
oferece quatro etapas para a solução dos problemas entre os irmãos.
1. Ir. Se a culpa é do outro, vá a ele. Se é sua, vá a ele
(Mateus 5:23-24). Não diga: “A culpa é dele; ele é que tem de se desculpar para
mim”, nem “Se ele tem um problema comigo, ele deve vir falar comigo a
respeito”.
2. Repreender. “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti,
repreende-o” (Lucas 17:3). No entanto, lembre-se de falar “a
verdade em amor” (Efésios 4:15). Como Paulo instruiu a Timóteo:
“Corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2
Timóteo 4:2).
3. Perdoar. “Se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por
sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo:
Estou arrependido, perdoa-lhe” (Lucas 17:3-4). Jesus nos ensinou a
perdoar os outros para que Deus nos perdoe (Mateus 11:25-26). Deus nos perdoou
tanto que não devemos impor limites para perdoar (Mateus 18:21-35). Jesus
demonstrou perdão na cruz (Lucas 23:34).
4. Retirar-se. Quando um homem, em particular, procura falar com um
irmão sobre o seu pecado e este se recusa a ouvir, ele deve levar uma ou duas
testemunhas para abordá-lo novamente. Se ainda não quiser escutar, deve ser
levado diante de toda a igreja. O objetivo é “ganhá-lo” (Mateus 18:15). Se ele
se recusa a escutar a igreja, ele está andando desordenadamente (pensando num
estilo de vida e não num fato isolado) e foi encorajado repetidas vezes para
mudar o seu procedimento. Os cristãos devem afastar-se dele e não manter seu
contato social com ele (2 Tessalonicenses 3:6,14). Ele ainda é bem-vindo como
irmão na assembléia (“adverti-o como irmão” – 2
Tessalonicenses 3:15), mas não nos eventos sociais, nem mesmo nas refeições (1
Coríntios 5:11). Essa recusa de “ficar na companhia” dele é descrita como
entregá-lo “a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o
espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]” (1 Coríntios 5:5) e
tem por objetivo envergonhar a pessoa (2 Tessalonicenses 3:14). O resultado
desejado é salvar o espírito (1 Coríntios 5:5), mas, de qualquer forma, a
igreja está limpa, purificada do mal (chamado “fermento” devido a sua
capacidade de se espalhar rapidamente – 1 Coríntios 5:6).
Qualquer coisa que
você faça, aja rápido. A resolução dos problemas entre irmãos deve acontecer
antes de adorarmos a Deus. “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua
oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa
perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e,
então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5:23-24). “Irai-vos
e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao
diabo” (Efésios 4:26-27).
Perdoe, ame, viva! Seja você
sempre o melhor que puder ser para manter a boa convivência e harmonia com seu
irmão.
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