Avivamento ou Reavivamento? O que a Igreja precisa hoje?
Sete passos para um verdadeiro avivamento
Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi: aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica: na ira lembra-te da misericórdia”.
( Hb 3. 2)
Avivamento consiste no grande desafio e carência da igreja nos dias de hoje.
Gosto de pregar este tipo de mensagem, porque é por meio dela que as igrejas se renovam e são despertadas para o trabalho de evangelização e ganham um interesse maior pela busca do poder do Espírito Santo.
Expulsar demônios é bíblico e o ministério de libertação é maravilhoso. No entanto, Deus tem me chamado para pregar a mensagem de avivamento.
Esta mensagem precisa ser pregada com mais freqüência em nossas igrejas. Tenho feito isto onde tenho pregado e as igrejas têm adquirido profundas experiências com Deus, tais como: renovação de vidas, batismo com o Espírito Santo, distribuição de dons espirituais pelo Espírito Santo e restauração de vidas.
O meu discurso é o mesmo do profeta Habacuque: “Aviva, ó Senhor, a Tua obra...” .
O clamor por um avivamento foi a tônica de sua mensagem.
Diz o texto que a palavra trouxe-lhe temor e, como resultado desta atitude, ecoou do profundo do seu coração o clamor por um derramar do Espírito sobre a nação de Israel, que precisava, urgentemente, ser despertada e voltar-se inteiramente para Deus. E isto só viria a acontecer caso houvesse um mover de Deus: o avivamento.
Algumas vezes ouvimos falar sobre avivamento, mas poucos de nós sabemos o que é, ou o que significa. Muitas vezes imaginamos que há avivamento quando estamos em meio à gritaria, mas o avivamento não acontece somente onde há barulho, não é correria, não é desordem.
Avivamento é muito mais que isso, é voltar ao início, voltar ao primeiro amor, é resgatar os valores espirituais que foram esquecidos com o passar do tempo. Mas, por que ele não acontece? O que o impede de acontecer nos nossos dias?
O livro de Atos nos relata o primeiro grande avivamento da história da Igreja, ou seja, a Igreja surgiu no meio de um avivamento, quando o Espírito Santo desceu poderosamente na festa do Pentecostes, festa essa que foi estabelecida por Moisés (Lv 23:15-25), sobre aqueles que o estavam buscando, como Jesus mesmo havia dito: “não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes falei.
Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo” (At 1:4-5). Entretanto, para que isso acontecesse, foi preciso que os discípulos fizessem a sua parte, eles tinham que esperar, buscar, perseverar, orar, e o fizeram juntos (At 1:14).
Para que aconteça um avivamento em nosso meio, precisamos estar caminhando na mesma direção, de forma unânime, em unidade de propósito, como disse o apóstolo Paulo em sua carta aos Filipenses, “tenhais o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa” (Fp 2:3).
A Igreja tem de estar em um só propósito, com o mesmo objetivo espiritual.
Se o Pastor propuser algo; o líder dos jovens outra; e o dirigente da Escola Dominical outra, não haverá unidade de propósito, com isso, chegará a lugar nenhum. O avivamento não pode acontecer se estivermos desunidos.
Outro ponto importante que o versículo de Atos nos mostra é a oração. A oração é uma adoração a Deus que inclui todas as atitudes do espírito humano em sua aproximação a Deus.
Ela é uma das chaves para que o avivamento aconteça. A Igreja surgiu em uma atmosfera de oração e, como resposta à oração houve um grande derramamento do Espírito Santo de Deus: o primeiro grande avivamento da história!
Muitas vezes menosprezamos ou até mesmo não temos condições de entender o poder que existe quando oramos. O diabo sabe disso, dessa forma, ele trabalha para que não oremos ou que oremos de forma incorreta.
Nossa oração pode mover o coração de Deus a nosso favor e, assim como foi no Pentecostes, derramar do seu Espírito sobre nós com o mesmo poder, com a mesma intensidade.
O Deus é o mesmo, o Espírito é o mesmo e nós precisamos orar e buscar com o mesmo desejo, com a mesma intensidade, com a mesma perseverança que os cristãos daquela época, e porque não dizemos, podemos buscar até mais do que eles receberam, tudo depende de nós!
Quando almejamos o avivamento através da oração, temos que nos entregar por completo, dobrar nossos joelhos, colocar o rosto no pó e clamar a Deus com intensidade, com renúncia total, sem reservas, sem nos importarmos com o tempo que ficamos orando, é sempre querer mais, sem nos conformarmos com as mesmices e com a mediocridade.
Todos os grandes avivalistas, pastores, missionários, foram ou são homens e mulheres de oração “o crente só atinge sua verdadeira estatura ou altura quando está de joelhos”. Igreja avivada é Igreja que ora, Igreja que não ora jamais será avivada.
Além da oração outro ponto importante é buscar a face de Deus, desejar conhecer a Deus.
Em Oséias 4:6a o Senhor diz “o meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento”. Neste contexto do livro de Oséias, o Reino do Norte estava prestes a sucumbir, conseqüência de sua desobediência e afastamento de Deus, enquanto a Assíria crescia com grande força no cenário mundial e estava em plena expansão de seu império.
O rei Menaém, um dos últimos reis de Israel, reconhece a Assíria como nação suserana e começa a pagar-lhe tributo. Após sua morte, seu filho Pecaías assumiu e manteve a mesma política do pai, entretanto, foi assassinado por Peca que inicia um jogo de intrigas com a Assíria e leva o reino do Norte a um desmembramento total.
Oséias se levanta como profeta do Senhor e faz uma advertência séria aos sacerdotes, grandes responsáveis pelo desvio de conduta do povo.
Eles não estavam ensinando o povo corretamente a Palavra de Deus, inclusive o próprio sumo sacerdote, e, como conseqüência, o povo não se interessava mais pelo seu Senhor.
“o povo não conhecia a Deus e os seus caminhos. Não era simplesmente o resultado da negligência, mas uma atitude criminosa”.
A conseqüência deste ato foi a ruína do sacerdócio: “uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu também ignorarei seus filhos” (Os 4:6b). Será que nós estamos interessados em buscar a Deus ou estamos agindo como o povo de Israel?
Buscar a face de Deus é desejar conhecê-Lo intimamente, é querer ter experiências com Ele diariamente, saber o que Ele tem para nossas vidas, qual o Seu plano, qual a Sua vontade para nós.
É abrir mão dos nossos sonhos e desejos para realizar os Seus, deixar nossas vidas em segundo plano, ler a Sua Palavra, ter fome dela, mais que isso, guardar os seus ensinamentos e praticá-los.
Paira em meu pensamento uma dúvida: será que tenho clamado a Deus como deveria? Será que minhas orações tem tido efeito ou estão sendo vazias? Será que tenho buscado conhecer a Deus intimamente? Porque se não estiver sendo assim, não poderei conhecê-Lo, nem irei contemplá-lo.
E se isso não acontecer, não poderei ser avivado. E você, o que tem buscado? O que tem sido sua prioridade, Deus ou as demais coisas da vida?
Vejamos agora as 7 Condições Para o Avivamento Genuíno
1. ORAÇÃO: O primeiro e maior dos avivamentos Evangélico. At 2:1- 3 para cumprir as profecias de: Jl 2: 28 e 29.
O que pode acontecer quando a Igreja não ora? Ela se torna parecida com um salão de festas, onde as pessoas querem apenas se encontrar.
Uma Igreja que não ora vive na dependência de festas, movimentos e eventos. Em uma Igreja que não ora os crentes são adeptos de São Domingos, pois só estão na Igreja aos domingos.
Quando a Igreja ora tudo pode acontecer. Em Atos 12: 5-7, a Palavra diz que Pedro estava na Prisão e a Igreja orava. Então algo aconteceu.
Um anjo libertou Pedro. Suas algemas caíram. Há muitos crentes e até Igrejas com algemas e amarras colocadas pelo Diabo. Através de nossas orações as amarras serão destruídas.
Quando Neemias soube que Jerusalém havia sido destruída, ele orou e jejuou pelo seu povo. Sua oração fez as portas se abrirem, fez o Rei lhe estender a mão, e Jerusalém ser restaurada.
Lutero orou pela Igreja, e veio um grande avivamento na Europa e no mundo.
Há algo que pode acontecer quando nós orarmos. Um grande Avivamento. Foi isto que aconteceu na Igreja Primitiva.
Estamos precisando de um Avivamento na vida dos crentes em nossas Igrejas.
Só um avivamento mudará a rotina de Igrejas, de crentes, de líderes.
VAMOS EXAMINAR O QUE ACONTECEU QUANDO A IGREJA PRIMITIVA RESOLVEU ORAR
Quando a Igreja ora, um grande avivamento começa no céu
O primeiro fato importante que podemos identificar quanto ao derramamento do Espírito em Pentecoste é que de não foi produzido pelo homem. Nas palavras de Lucas, "...de repente, veio do céu..." v.2. É importante que o avivamento comece no céu, pois muitos tem tentado gerar um avivamento que começa na terra.
Quando Elias Orou perante os 400 profetas de Baal e a multidão, a resposta veio do céu.
Muitas pessoas buscam um avivamento estranho à Palavra, sem oração. Avivamento não é
um movimento que vem e vai, não é algo que aquece as emoções das pessoas e depois desaparece. Avivamento vem do céu, quando nós resolvermos orar.
Em geral os crentes pensam que se certos métodos ou estratégias forem aplicados, então virá o avivamento. Uns pensam que precisamos orar mais alto; outros que devemos chamar certos preletores para a Igreja; outros que devemos iniciar um culto de libertação, ou fazer a reunião de oração de outro jeito;
Há os que crêem que se tivermos certos dons espirituais, a Igreja será avivada, e os que pensam que uma série de estudos sobre avivamento é a chave correta!
Por causa dessa visão errada, as pessoas são muitas vezes tentadas a produzir um avivamento. Se virem uma igreja entusiasmada e com cultos de libertação dirão apressadamente: "essa igreja é avivada".
Se virem numa Igreja pessoas com dons especiais, e líderes carismáticos, e muitas decisões no apelo, têm certeza que acharam uma Igreja avivada.
E então, erradamente, raciocinam que basta copiar os métodos daquelas Igrejas, e teremos um avivamento! "Precisamos de cultos de libertação!" ou "Precisamos mudar de liderança", ou então "Precisamos fazer cultos evangelísticos", ou "Precisamos fazer apelo no final do culto e impor as mãos sobre as pessoas".
É o que vemos muitas vezes acontecendo por aí. De tempos em tempos surge um novo método e as Igrejas se agarram neles.
Irmãos, se queremos um genuíno avivamento, temos de esperá-lo vir dos céus.
Não temos que produzi-lo! Não adianta imitar avivamentos de segunda classe.
Temos de ter fé e perseverança para buscar a Deus e crer que ele descerá dos céus.
"Mas Pr., do jeito que você fala não podemos fazer nada!" Não é verdade! Podemos sim.
Podemos interceder, podemos nos arrepender de nossos pecados, podemos ter vida de oração, podemos ser fiéis na obra de Deus, podemos parar de acusar os líderes e tirar a trave que está nos nossos olhos, podemos amar e servir nossos irmãos ao invés de só limpar os bancos com o traseiro, e podemos nos humilhar até o pó diante da soberania absoluta de Deus na questão do avivamento, pois diz a palavra: "Deus resiste aos soberbos, porém dá graça aos humildes".
Quando a Igreja ora, há uma experiência coletiva O segundo fato, muito importante, e relacionado ao primeiro, é que o avivamento Bíblico é uma experiência com Deus. A palavra diz, "As línguas pousaram sobre cada um deles", "Todos ficaram cheios do Espírito"( V.4)
Esse é o problema com os avivamentos que encontramos por aí. Os crentes não estão buscando uma experiência pessoal e profunda com o próprio Deus. Não, eles querem ver coisas.
Querem ver estudos Bíblicos excelentes; querem ver milagres; querem ver um grupo de louvor ungido; querem ver um pregador que pula, grita e levita diante o púlpito. E assim as Igrejas se parecem com campos de futebol. As pessoas não vão para jogar, vão para ver.
Ver é diferente de experimentar. Não estamos no avivamento se podemos ver milagres. Judas viu milagres. Estamos num avivamento se estamos sendo cheios do Espírito Santo! Estamos num avivamento se temos nos encontrado com o próprio Deus vivo, se experimentamos uma relação viva e atual com ele.
É por isso que muitos "avivamentos" por aí são questionáveis. Multidões são muitas vezes mobilizadas. Até acontecem milagres. Mas eu pergunto: as pessoas estão sendo levadas a Deus, e realmente sendo cheias do Espírito?
As pessoas estão entrando num relacionamento vivo e pessoal com o Pai? As pessoas estão sendo controladas pelo Espírito? Se não, então não temos avivamento. Temos um movimento religioso.
Pode ser um importante esforço evangelístico, mas não é um derramamento do Espírito! Não adianta simplesmente imitar essas coisas. Se quisermos um avivamento genuíno, devemos esperá-lo vir diretamente dos céus!
A Palavra diz em Atos 1:8: "...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
Quando a Igreja ora, os dons aparecem A terceira característica da oração avivadora é a experiência carismática, ou seja, a manifestação de dons espirituais.
Como se pode verificar nos Vs. 3 e 4, no momento do derramamento do Espírito, ocorreu uma distribuição de graça. Sobre cada um repousou uma língua de fogo, e depois eles foram capacitados a falar em línguas.
No antigo testamento, a capacitação para a obra de Deus, e a concessão de dons espirituais se limitava a alguns homens escolhidos, profetas, reis, sacerdotes e juízes.
O povo em geral não experimentava o derramamento do Espírito.
Mas a promessa de Deus, para a nova aliança, é que o Espírito seria dispensado a todos, e os dons espirituais também. O modelo de poucos líderes com dons espirituais e uma massa de espectadores é da velha aliança.
O que Joel diz da nova aliança em Atos 2:17-18, é que todos devem Ter dons.
É o que Paulo nos ensina em 1 Co 12:7-11 e 14:26. Os dons estão distribuídos entre todos, e não para algumas estrelas. A distribuição livre de dons, e a manifestação do Espírito é um sinal de avivamento genuíno.
Estamos cansados de ver crentes em Igrejas sem dons, nos bancos apenas ouvindo e recebendo. Chegou a hora de mudar. É momento de orarmos pelo ressurgimento de dons.
Quando a Igreja ora, surge o ardor missionário Quando a Igreja orou veio o reavivamento do amor pelas vidas perdidas. Em atos 2:41, quase 3000 almas se convertem ao ouvirem Pedro falar de forma ardente de Jesus.
Temos visto pastores lutarem para que suas Igrejas cresçam com almas sendo salvas. E parece que suas vozes ecoam para as paredes.
Se começarmos a orar por um avivamento, Deus gerará um amor tremendo em nossas vidas pelas almas sem Jesus, e por nossos familiares sem Cristo.
E também para cumprir as promessas do Senhor Jesus. At. 1: 8.
Muitos querem receber o Derramar do Espírito Santo, mas não querem orar(I Ts. 5: 17).
Os discípulos antes de receberem este derramar do Espírito Santo, suplicaram a Deus com muitas orações. (At.1: 4; At. 2: 1 ao 4; At. 4: 24 ao 31).
Podemos ver pela Palavra de Deus, que todos os homens de Deus eram de oração. Ex. Davi. Sl. 109: 4; Sl. 55: 17; Daniel. 9: 3.
A Palavra de Deus nos mostra que o Espírito Santo já foi derramado sobre toda a carne que crê em Jesus Cristo. Ef. 1: 10 a ao 13.
Nós que cremos em Jesus Cristo o que devemos fazer para o avivamento acontecer? Ef. 5: 18.
2 . JEJUM. Segundo a Palavra do Senhor Jesus, após a sua subida aos céus, iria haver uma grande necessidade dos discípulos jejuarem ( Lc. 5: 33- 35).
A Palavra de Deus nos exorta que para buscar o avivamento têm que haver jejum (Jl 1. 14; 2: 15).
Antes que o avivamento aconteça é necessário que as forças das trevas caiam por terra. E isso só acontece com jejum e oração (Mt 17: 21; Et 4: 15 e 16; Mt 4: 2).
Muitas denominações são contra o jejum, mas a Palavra de Deus mostra que é preciso jejuar e muito ( Co 6. 5; I Co 11: 27).
A Palavra de Deus nos dá como exemplo os homens de Deus, que tinham uma vida de jejum. Davi (Sl 69: 9 , 10; 109. 24).
3 . QUEBRANTAMENTO.
Muitos para que aconteça o avivamento têm feito grandes movimentos de louvores, outros grandes eventos com pregadores de renome. Mas não é isto o que Deus quer ( Sl 51: 17; I Sm 15: 22; Pv 1: 23).
Na verdade o que quebrantamento? Mt 3: 8; Mc 1: 4; At. 20 e 21, O que é necessário para termos o coração quebrantado? Hb 3: 7 e 8; Hb 4: 7.
Para que a nossa vida seja quebrantada é necessário renunciar ao nosso caráter, personalidade e ao nosso EGO (Lc 14: 33).
Também é necessário que o nosso homem velho morra, e venhamos a nascer de novo para poder haver o avivamento (Jo 3: 3; Mt 9: 15- 17).
Até agora nos conscientizamos da importância do avivamento. Mas quais são as condições para que Deus avive um filho Seu e Sua Igreja como um todo?
São pelo menos cinco: ter o desejo de ser avivado, ser obediente ao Senhor, permitir que Deus trabalhe como Ele quiser para produzir um avivamento autêntico, buscar o avivamento por meio da oração, do jejum, e estar aberto às mudanças que o Senhor irá efetuar em sua vida.
4. Ter o desejo de ser avivado
Em primeiro lugar, o avivamento não pode acontecer quando, no coração do povo de Deus, não existe o desejo, a vontade de participar de um despertamento espiritual e voltar ao propósito inicial de Deus para Sua Igreja.
E como se sabe que uma pessoa tem vontade de alguma coisa? Por suas atitudes. Apenas afirmar que deseja um avivamento não basta. É preciso caminhar em direção ao que deseja, tendo atitudes concretas.
É isso que percebemos na exortação de Jesus à Igreja em Éfeso: Lembra-te, pois, de onde caístes, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. (Ap 2.5)
5. Ser obediente ao Senhor
Em segundo lugar, o avivamento real só pode ocorrer na vida daqueles que se submetem a Jesus Cristo. Essa é uma atitude concreta para ser avivado. Não há avivamento genuíno sem obediência a Cristo.
Em Lucas 24.49, o Senhor instruiu seus discípulos: Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. Se eles não tivessem obedecido `a orientação de Jesus, não teriam recebido aquele derramamento do Espírito, registrado em Atos 2.
6. Permitir um avivamento autêntico
Em terceiro lugar, é necessário um avivamento genuíno, produzido por Deus, e não mero barulho ou imitação do que Deus está realizando em outras nações por meio da Igreja, por mais admirável que isto nos pareça.
O Espírito Santo não trabalha sempre da mesma forma. A Bíblia fala de multiforme graça, e não de uniforme graça. Nosso Senhor é um Deus de coisas novas. Ele utiliza métodos novos.
Se quisermos um avivamento verdadeiro, a Igreja no Brasil precisa aprender a ouvir a voz do Senhor e obedecer. O que o Senhor deseja para nós, como Igreja, neste país é específico. Devemos descobrir e nos enquadrarmos nas condições que Ele estabeleceu, para que haja o avivamento.
Além disso, o avivamento começa de dentro para fora, e não de fora para dentro. Começa dentro do coração de cada cristão que se quebranta e dispõe-se para o Senhor.
Logo, não adianta fazer barulho, falar em línguas estranhas e rodopiar nos cultos, se esse"mover" não for produzido realmente de quebrantamento, santificação, temor a Deus, graça e alvos específicos, estabelecidos por Cristo, o Cabeça da Igreja.
7. Buscar o avivamento
Em quarto lugar, o avivamento só acontece como resultado de uma constante e intensa busca. Buscar é uma ação em prol de um objetivo. E como se deve buscar o avivamento?
Em Atos 1-14, vemos que as pessoas que obedeceram à ordem de Jesus em Lucas 24.49 (sobe ficar em Jerusalém até que fossem revestidas de poder) perseveraram unânimes em oração e súplicas!
Destacamos aqui três coisas:
1) A unanimidade, unidade da igreja;
2) A oração e as súplicas;
3) A perseverança.
Principais Avivamentos no NT:
No apogeu de um grande avivamento Jesus aparece e é batizado por João Batista, depois de sair de um longo período de jejum e oração no deserto e ter vencido as tentações do diabo. Escolhe e treina seus discípulos; ascende aos céus, deixando-os na expectativa de receberam a promessa do Espírito (Lc 24.49-53; At 1.1-26).
O poderoso derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, inaugura o avivamento àquilo que Jesus havia predito (At 2.1-47).
Marca-se, assim, o início de uma nova era na história da redenção. Por três anos Jesus trabalhara na preparação desse dia: o dia em que a Igreja, discipulada por intermédio de seu exemplo, redimida por seu sangue, garantida por sua ressurreição, sairia em seu nome a proclamar o Evangelho "até os confins da terra" (At 1.8).
O livro de Atos registra a dimensão desse avivamento. Avivamento em Jerusalém, em Samaria, em Antioquia da Síria e em Éfeso.
E de lá para cá, são muitos os relatos da obra vivificadora do Espírito Santo na história da igreja, como por exemplo, na Alemanha com a Reforma Protestante do século XVI, na Inglaterra no século XVIII, entre os negros Zulus da África do Sul na década de 60 e na Coréia do Sul nestes últimos tempos, e o mais recente talvez seja o da década de 90 em Toronto, Canadá.
Nos Estados Unidos, em 1734.
Havia uma consciência da necessidade de alcançar os não-crentes e fortalecer os já convertidos. Jonathan Edwards (1703-1758), com sua simplicidade de vida e muita oração, exerceu grande impacto sobre as pessoas. George Whitefield (1714-1770) foi outro grande avivalista desse período.
O resultado do trabalho desses homens foi milhares de conversões e o nascimento de muitas igrejas. Na Nova Inglaterra (EUA), numa população de 300 mil pessoas, houve entre 30 e 40 mil conversões. Houve fortalecimento moral nos lares, fundação de cursos teológicos e de obras sociais.
Já na Europa, várias ondas de grandes avivamentos começaram após a metade do século XVII. Em 1670, na Alemanha, o pastor Philip Spener organizou reuniões para estudo bíblico e oração nas casas. Surgiram obras sociais e um novo vigor espiritual veio sobre a igreja luterana. Fundaram-se muitos campos missionários.
O avivamento dos Morávios iniciou-se em 1727. Começaram a buscar ao Senhor em oração e, de repente, houve um derramar do Espírito sobre a igreja. Havia choro, quebrantamento e manifestações até entre crianças.
Os morávios iniciaram um ministério de oração contínua que durou mais de 100 anos, 24 horas de oração diária e ininterrupta.
Na Inglaterra, João Wesley foi o instrumento de Deus para mudar a história da igreja. Homem de oração deu ênfase ao estudo bíblico. Opôs-se ao álcool, à guerra, à escravidão. Houve muitas conversões.
Já no século XIX alguns homens foram instrumentos de Deus para liderar grandes avivamentos:
Charles G. Finney foi poderoso na Palavra, na oração e no testemunho. Viveu nos Estados Unidos. Sob a influência de sua pregação, igrejas foram renovadas, nasceram novas comunidades, pessoas deixaram vícios.
Charles H. Spurgeon (1834-1892) foi professor de crianças na EBD e viu muitos pais se converterem com o testemunho dos filhos.
Spurgeon foi poderoso na pregação. Sinais e prodígios eram comuns em suas reuniões. Esse avivamento iniciou-se na Inglaterra e alcançou outros países.
Dwight L. Moody viveu de 1837 a 1899, nos Estados Unidos da América. Calcula-se que cerca de 500 mil pessoas entregaram-se a Cristo por seu intermédio. Dedicou-se a EBD. Começou com 12 crianças e, em poucos anos, esse número chegou a 12 mil.
Gunnar Vingren e Daniel Berg se conheceram em Chicago. O avivamento da rua Azuza espalhou-se por toda a América alcançando quase todos os estados. A cem quilômetros de Chicago, South Bend, no Estado de Indiana, morava Gunnar Vingren.
Um jovem pastor batista imigrante da Suécia. Atraído pelo Movimento Pentecostal, Gunnar Vingren parte de sua cidade em busca de uma resposta divina para o seu chamado missionário.
Em uma Conferência Evangélica ele conheceu Daniel Berg, também imigrante da Suécia. Conversaram longamente sobre a convicção que tinham de que, em futuro próximo, seriam missionários onde quer que o Senhor lhes enviasse.
Resolveram orar diariamente até que Deus lhes mostrasse o caminho a seguir.
Pará - Certo dia um cristão americano por nome Olof Uldin, teve um sonho, no qual pode ver nitidamente o nome Pará. Conhecido de Vingren e Berg revelou-lhes o que havia sonhado.
Ambos entenderam como uma resposta divina para as suas orações e buscaram saber onde ficava este lugar chamado Pará. Concluíram através de um mapa encontrado em uma biblioteca que Pará ficava no Brasil.
Chegaram a duvidar da chamada Divina por conta da distancia que encontraram no mapa. Mas em oração e constante busca por uma resposta divina tiveram confirmação do destino.
Nascia assim um grande avivamento no Brasil (Almas sendo salvas, batismos com o ESPÍRIO SANTO, curas e milagres extraordinários).
Que Deus derrame do seu Espírito sobre nós para que possamos como igreja e povo brasileiros, experimentar mais uma vez aquele "fogo abrasador" que nos purifica e nos santifica para uma vida cristã de obediência à sua Palavra e somente assim transformarmos nossa sociedade tão corrompida pelo pecado.
Desafio: Deus está levantando uma geração de cristãos verdadeiramente comprometidos com o evangelho. Um comprometimento radical, um concerto profundo, uma vida no altar, semelhante ao que aconteceu na vida de cada personagem bíblico analisado neste capítulo: -
Você esta disposto a ser um Agente Mobilizador de Avivamento em sua comunidade? Você esta disposto a correr riscos, se expor, denunciar o pecado, derrubar os postes ídolos em sua vida? E em sua igreja? E cidade? E Mundo?
Se quisermos experimentar esse avivamento verdadeiro, esse poder que vem do Senhor, esse derramar do Espírito Santo sobre nossas vidas, temos que buscar a Deus.
O avivamento só poderá acontecer quando resgatarmos os valores espirituais que deixamos para trás, e quando isso acontecer, as portas dos céus se abrirão sobre nós e seremos renovados por completo, vidas se converterão, os dons espirituais serão manifestos, o despertamento para a obra será grande e as bênçãos serão incontáveis, tanto como Igreja, como individualmente.
E tudo isso é resultado da ação do Espírito Santo de Deus sobre nós.
Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi: aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica: na ira lembra-te da misericórdia”.
( Hb 3. 2)
Avivamento consiste no grande desafio e carência da igreja nos dias de hoje.
Gosto de pregar este tipo de mensagem, porque é por meio dela que as igrejas se renovam e são despertadas para o trabalho de evangelização e ganham um interesse maior pela busca do poder do Espírito Santo.
Expulsar demônios é bíblico e o ministério de libertação é maravilhoso. No entanto, Deus tem me chamado para pregar a mensagem de avivamento.
Esta mensagem precisa ser pregada com mais freqüência em nossas igrejas. Tenho feito isto onde tenho pregado e as igrejas têm adquirido profundas experiências com Deus, tais como: renovação de vidas, batismo com o Espírito Santo, distribuição de dons espirituais pelo Espírito Santo e restauração de vidas.
O meu discurso é o mesmo do profeta Habacuque: “Aviva, ó Senhor, a Tua obra...” .
O clamor por um avivamento foi a tônica de sua mensagem.
Diz o texto que a palavra trouxe-lhe temor e, como resultado desta atitude, ecoou do profundo do seu coração o clamor por um derramar do Espírito sobre a nação de Israel, que precisava, urgentemente, ser despertada e voltar-se inteiramente para Deus. E isto só viria a acontecer caso houvesse um mover de Deus: o avivamento.
Algumas vezes ouvimos falar sobre avivamento, mas poucos de nós sabemos o que é, ou o que significa. Muitas vezes imaginamos que há avivamento quando estamos em meio à gritaria, mas o avivamento não acontece somente onde há barulho, não é correria, não é desordem.
Avivamento é muito mais que isso, é voltar ao início, voltar ao primeiro amor, é resgatar os valores espirituais que foram esquecidos com o passar do tempo. Mas, por que ele não acontece? O que o impede de acontecer nos nossos dias?
O livro de Atos nos relata o primeiro grande avivamento da história da Igreja, ou seja, a Igreja surgiu no meio de um avivamento, quando o Espírito Santo desceu poderosamente na festa do Pentecostes, festa essa que foi estabelecida por Moisés (Lv 23:15-25), sobre aqueles que o estavam buscando, como Jesus mesmo havia dito: “não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes falei.
Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo” (At 1:4-5). Entretanto, para que isso acontecesse, foi preciso que os discípulos fizessem a sua parte, eles tinham que esperar, buscar, perseverar, orar, e o fizeram juntos (At 1:14).
Para que aconteça um avivamento em nosso meio, precisamos estar caminhando na mesma direção, de forma unânime, em unidade de propósito, como disse o apóstolo Paulo em sua carta aos Filipenses, “tenhais o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa” (Fp 2:3).
A Igreja tem de estar em um só propósito, com o mesmo objetivo espiritual.
Se o Pastor propuser algo; o líder dos jovens outra; e o dirigente da Escola Dominical outra, não haverá unidade de propósito, com isso, chegará a lugar nenhum. O avivamento não pode acontecer se estivermos desunidos.
Outro ponto importante que o versículo de Atos nos mostra é a oração. A oração é uma adoração a Deus que inclui todas as atitudes do espírito humano em sua aproximação a Deus.
Ela é uma das chaves para que o avivamento aconteça. A Igreja surgiu em uma atmosfera de oração e, como resposta à oração houve um grande derramamento do Espírito Santo de Deus: o primeiro grande avivamento da história!
Muitas vezes menosprezamos ou até mesmo não temos condições de entender o poder que existe quando oramos. O diabo sabe disso, dessa forma, ele trabalha para que não oremos ou que oremos de forma incorreta.
Nossa oração pode mover o coração de Deus a nosso favor e, assim como foi no Pentecostes, derramar do seu Espírito sobre nós com o mesmo poder, com a mesma intensidade.
O Deus é o mesmo, o Espírito é o mesmo e nós precisamos orar e buscar com o mesmo desejo, com a mesma intensidade, com a mesma perseverança que os cristãos daquela época, e porque não dizemos, podemos buscar até mais do que eles receberam, tudo depende de nós!
Quando almejamos o avivamento através da oração, temos que nos entregar por completo, dobrar nossos joelhos, colocar o rosto no pó e clamar a Deus com intensidade, com renúncia total, sem reservas, sem nos importarmos com o tempo que ficamos orando, é sempre querer mais, sem nos conformarmos com as mesmices e com a mediocridade.
Todos os grandes avivalistas, pastores, missionários, foram ou são homens e mulheres de oração “o crente só atinge sua verdadeira estatura ou altura quando está de joelhos”. Igreja avivada é Igreja que ora, Igreja que não ora jamais será avivada.
Além da oração outro ponto importante é buscar a face de Deus, desejar conhecer a Deus.
Em Oséias 4:6a o Senhor diz “o meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento”. Neste contexto do livro de Oséias, o Reino do Norte estava prestes a sucumbir, conseqüência de sua desobediência e afastamento de Deus, enquanto a Assíria crescia com grande força no cenário mundial e estava em plena expansão de seu império.
O rei Menaém, um dos últimos reis de Israel, reconhece a Assíria como nação suserana e começa a pagar-lhe tributo. Após sua morte, seu filho Pecaías assumiu e manteve a mesma política do pai, entretanto, foi assassinado por Peca que inicia um jogo de intrigas com a Assíria e leva o reino do Norte a um desmembramento total.
Oséias se levanta como profeta do Senhor e faz uma advertência séria aos sacerdotes, grandes responsáveis pelo desvio de conduta do povo.
Eles não estavam ensinando o povo corretamente a Palavra de Deus, inclusive o próprio sumo sacerdote, e, como conseqüência, o povo não se interessava mais pelo seu Senhor.
“o povo não conhecia a Deus e os seus caminhos. Não era simplesmente o resultado da negligência, mas uma atitude criminosa”.
A conseqüência deste ato foi a ruína do sacerdócio: “uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu também ignorarei seus filhos” (Os 4:6b). Será que nós estamos interessados em buscar a Deus ou estamos agindo como o povo de Israel?
Buscar a face de Deus é desejar conhecê-Lo intimamente, é querer ter experiências com Ele diariamente, saber o que Ele tem para nossas vidas, qual o Seu plano, qual a Sua vontade para nós.
É abrir mão dos nossos sonhos e desejos para realizar os Seus, deixar nossas vidas em segundo plano, ler a Sua Palavra, ter fome dela, mais que isso, guardar os seus ensinamentos e praticá-los.
Paira em meu pensamento uma dúvida: será que tenho clamado a Deus como deveria? Será que minhas orações tem tido efeito ou estão sendo vazias? Será que tenho buscado conhecer a Deus intimamente? Porque se não estiver sendo assim, não poderei conhecê-Lo, nem irei contemplá-lo.
E se isso não acontecer, não poderei ser avivado. E você, o que tem buscado? O que tem sido sua prioridade, Deus ou as demais coisas da vida?
Vejamos agora as 7 Condições Para o Avivamento Genuíno
1. ORAÇÃO: O primeiro e maior dos avivamentos Evangélico. At 2:1- 3 para cumprir as profecias de: Jl 2: 28 e 29.
O que pode acontecer quando a Igreja não ora? Ela se torna parecida com um salão de festas, onde as pessoas querem apenas se encontrar.
Uma Igreja que não ora vive na dependência de festas, movimentos e eventos. Em uma Igreja que não ora os crentes são adeptos de São Domingos, pois só estão na Igreja aos domingos.
Quando a Igreja ora tudo pode acontecer. Em Atos 12: 5-7, a Palavra diz que Pedro estava na Prisão e a Igreja orava. Então algo aconteceu.
Um anjo libertou Pedro. Suas algemas caíram. Há muitos crentes e até Igrejas com algemas e amarras colocadas pelo Diabo. Através de nossas orações as amarras serão destruídas.
Quando Neemias soube que Jerusalém havia sido destruída, ele orou e jejuou pelo seu povo. Sua oração fez as portas se abrirem, fez o Rei lhe estender a mão, e Jerusalém ser restaurada.
Lutero orou pela Igreja, e veio um grande avivamento na Europa e no mundo.
Há algo que pode acontecer quando nós orarmos. Um grande Avivamento. Foi isto que aconteceu na Igreja Primitiva.
Estamos precisando de um Avivamento na vida dos crentes em nossas Igrejas.
Só um avivamento mudará a rotina de Igrejas, de crentes, de líderes.
VAMOS EXAMINAR O QUE ACONTECEU QUANDO A IGREJA PRIMITIVA RESOLVEU ORAR
Quando a Igreja ora, um grande avivamento começa no céu
O primeiro fato importante que podemos identificar quanto ao derramamento do Espírito em Pentecoste é que de não foi produzido pelo homem. Nas palavras de Lucas, "...de repente, veio do céu..." v.2. É importante que o avivamento comece no céu, pois muitos tem tentado gerar um avivamento que começa na terra.
Quando Elias Orou perante os 400 profetas de Baal e a multidão, a resposta veio do céu.
Muitas pessoas buscam um avivamento estranho à Palavra, sem oração. Avivamento não é
um movimento que vem e vai, não é algo que aquece as emoções das pessoas e depois desaparece. Avivamento vem do céu, quando nós resolvermos orar.
Em geral os crentes pensam que se certos métodos ou estratégias forem aplicados, então virá o avivamento. Uns pensam que precisamos orar mais alto; outros que devemos chamar certos preletores para a Igreja; outros que devemos iniciar um culto de libertação, ou fazer a reunião de oração de outro jeito;
Há os que crêem que se tivermos certos dons espirituais, a Igreja será avivada, e os que pensam que uma série de estudos sobre avivamento é a chave correta!
Por causa dessa visão errada, as pessoas são muitas vezes tentadas a produzir um avivamento. Se virem uma igreja entusiasmada e com cultos de libertação dirão apressadamente: "essa igreja é avivada".
Se virem numa Igreja pessoas com dons especiais, e líderes carismáticos, e muitas decisões no apelo, têm certeza que acharam uma Igreja avivada.
E então, erradamente, raciocinam que basta copiar os métodos daquelas Igrejas, e teremos um avivamento! "Precisamos de cultos de libertação!" ou "Precisamos mudar de liderança", ou então "Precisamos fazer cultos evangelísticos", ou "Precisamos fazer apelo no final do culto e impor as mãos sobre as pessoas".
É o que vemos muitas vezes acontecendo por aí. De tempos em tempos surge um novo método e as Igrejas se agarram neles.
Irmãos, se queremos um genuíno avivamento, temos de esperá-lo vir dos céus.
Não temos que produzi-lo! Não adianta imitar avivamentos de segunda classe.
Temos de ter fé e perseverança para buscar a Deus e crer que ele descerá dos céus.
"Mas Pr., do jeito que você fala não podemos fazer nada!" Não é verdade! Podemos sim.
Podemos interceder, podemos nos arrepender de nossos pecados, podemos ter vida de oração, podemos ser fiéis na obra de Deus, podemos parar de acusar os líderes e tirar a trave que está nos nossos olhos, podemos amar e servir nossos irmãos ao invés de só limpar os bancos com o traseiro, e podemos nos humilhar até o pó diante da soberania absoluta de Deus na questão do avivamento, pois diz a palavra: "Deus resiste aos soberbos, porém dá graça aos humildes".
Quando a Igreja ora, há uma experiência coletiva O segundo fato, muito importante, e relacionado ao primeiro, é que o avivamento Bíblico é uma experiência com Deus. A palavra diz, "As línguas pousaram sobre cada um deles", "Todos ficaram cheios do Espírito"( V.4)
Esse é o problema com os avivamentos que encontramos por aí. Os crentes não estão buscando uma experiência pessoal e profunda com o próprio Deus. Não, eles querem ver coisas.
Querem ver estudos Bíblicos excelentes; querem ver milagres; querem ver um grupo de louvor ungido; querem ver um pregador que pula, grita e levita diante o púlpito. E assim as Igrejas se parecem com campos de futebol. As pessoas não vão para jogar, vão para ver.
Ver é diferente de experimentar. Não estamos no avivamento se podemos ver milagres. Judas viu milagres. Estamos num avivamento se estamos sendo cheios do Espírito Santo! Estamos num avivamento se temos nos encontrado com o próprio Deus vivo, se experimentamos uma relação viva e atual com ele.
É por isso que muitos "avivamentos" por aí são questionáveis. Multidões são muitas vezes mobilizadas. Até acontecem milagres. Mas eu pergunto: as pessoas estão sendo levadas a Deus, e realmente sendo cheias do Espírito?
As pessoas estão entrando num relacionamento vivo e pessoal com o Pai? As pessoas estão sendo controladas pelo Espírito? Se não, então não temos avivamento. Temos um movimento religioso.
Pode ser um importante esforço evangelístico, mas não é um derramamento do Espírito! Não adianta simplesmente imitar essas coisas. Se quisermos um avivamento genuíno, devemos esperá-lo vir diretamente dos céus!
A Palavra diz em Atos 1:8: "...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
Quando a Igreja ora, os dons aparecem A terceira característica da oração avivadora é a experiência carismática, ou seja, a manifestação de dons espirituais.
Como se pode verificar nos Vs. 3 e 4, no momento do derramamento do Espírito, ocorreu uma distribuição de graça. Sobre cada um repousou uma língua de fogo, e depois eles foram capacitados a falar em línguas.
No antigo testamento, a capacitação para a obra de Deus, e a concessão de dons espirituais se limitava a alguns homens escolhidos, profetas, reis, sacerdotes e juízes.
O povo em geral não experimentava o derramamento do Espírito.
Mas a promessa de Deus, para a nova aliança, é que o Espírito seria dispensado a todos, e os dons espirituais também. O modelo de poucos líderes com dons espirituais e uma massa de espectadores é da velha aliança.
O que Joel diz da nova aliança em Atos 2:17-18, é que todos devem Ter dons.
É o que Paulo nos ensina em 1 Co 12:7-11 e 14:26. Os dons estão distribuídos entre todos, e não para algumas estrelas. A distribuição livre de dons, e a manifestação do Espírito é um sinal de avivamento genuíno.
Estamos cansados de ver crentes em Igrejas sem dons, nos bancos apenas ouvindo e recebendo. Chegou a hora de mudar. É momento de orarmos pelo ressurgimento de dons.
Quando a Igreja ora, surge o ardor missionário Quando a Igreja orou veio o reavivamento do amor pelas vidas perdidas. Em atos 2:41, quase 3000 almas se convertem ao ouvirem Pedro falar de forma ardente de Jesus.
Temos visto pastores lutarem para que suas Igrejas cresçam com almas sendo salvas. E parece que suas vozes ecoam para as paredes.
Se começarmos a orar por um avivamento, Deus gerará um amor tremendo em nossas vidas pelas almas sem Jesus, e por nossos familiares sem Cristo.
E também para cumprir as promessas do Senhor Jesus. At. 1: 8.
Muitos querem receber o Derramar do Espírito Santo, mas não querem orar(I Ts. 5: 17).
Os discípulos antes de receberem este derramar do Espírito Santo, suplicaram a Deus com muitas orações. (At.1: 4; At. 2: 1 ao 4; At. 4: 24 ao 31).
Podemos ver pela Palavra de Deus, que todos os homens de Deus eram de oração. Ex. Davi. Sl. 109: 4; Sl. 55: 17; Daniel. 9: 3.
A Palavra de Deus nos mostra que o Espírito Santo já foi derramado sobre toda a carne que crê em Jesus Cristo. Ef. 1: 10 a ao 13.
Nós que cremos em Jesus Cristo o que devemos fazer para o avivamento acontecer? Ef. 5: 18.
2 . JEJUM. Segundo a Palavra do Senhor Jesus, após a sua subida aos céus, iria haver uma grande necessidade dos discípulos jejuarem ( Lc. 5: 33- 35).
A Palavra de Deus nos exorta que para buscar o avivamento têm que haver jejum (Jl 1. 14; 2: 15).
Antes que o avivamento aconteça é necessário que as forças das trevas caiam por terra. E isso só acontece com jejum e oração (Mt 17: 21; Et 4: 15 e 16; Mt 4: 2).
Muitas denominações são contra o jejum, mas a Palavra de Deus mostra que é preciso jejuar e muito ( Co 6. 5; I Co 11: 27).
A Palavra de Deus nos dá como exemplo os homens de Deus, que tinham uma vida de jejum. Davi (Sl 69: 9 , 10; 109. 24).
3 . QUEBRANTAMENTO.
Muitos para que aconteça o avivamento têm feito grandes movimentos de louvores, outros grandes eventos com pregadores de renome. Mas não é isto o que Deus quer ( Sl 51: 17; I Sm 15: 22; Pv 1: 23).
Na verdade o que quebrantamento? Mt 3: 8; Mc 1: 4; At. 20 e 21, O que é necessário para termos o coração quebrantado? Hb 3: 7 e 8; Hb 4: 7.
Para que a nossa vida seja quebrantada é necessário renunciar ao nosso caráter, personalidade e ao nosso EGO (Lc 14: 33).
Também é necessário que o nosso homem velho morra, e venhamos a nascer de novo para poder haver o avivamento (Jo 3: 3; Mt 9: 15- 17).
Até agora nos conscientizamos da importância do avivamento. Mas quais são as condições para que Deus avive um filho Seu e Sua Igreja como um todo?
São pelo menos cinco: ter o desejo de ser avivado, ser obediente ao Senhor, permitir que Deus trabalhe como Ele quiser para produzir um avivamento autêntico, buscar o avivamento por meio da oração, do jejum, e estar aberto às mudanças que o Senhor irá efetuar em sua vida.
4. Ter o desejo de ser avivado
Em primeiro lugar, o avivamento não pode acontecer quando, no coração do povo de Deus, não existe o desejo, a vontade de participar de um despertamento espiritual e voltar ao propósito inicial de Deus para Sua Igreja.
E como se sabe que uma pessoa tem vontade de alguma coisa? Por suas atitudes. Apenas afirmar que deseja um avivamento não basta. É preciso caminhar em direção ao que deseja, tendo atitudes concretas.
É isso que percebemos na exortação de Jesus à Igreja em Éfeso: Lembra-te, pois, de onde caístes, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. (Ap 2.5)
5. Ser obediente ao Senhor
Em segundo lugar, o avivamento real só pode ocorrer na vida daqueles que se submetem a Jesus Cristo. Essa é uma atitude concreta para ser avivado. Não há avivamento genuíno sem obediência a Cristo.
Em Lucas 24.49, o Senhor instruiu seus discípulos: Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. Se eles não tivessem obedecido `a orientação de Jesus, não teriam recebido aquele derramamento do Espírito, registrado em Atos 2.
6. Permitir um avivamento autêntico
Em terceiro lugar, é necessário um avivamento genuíno, produzido por Deus, e não mero barulho ou imitação do que Deus está realizando em outras nações por meio da Igreja, por mais admirável que isto nos pareça.
O Espírito Santo não trabalha sempre da mesma forma. A Bíblia fala de multiforme graça, e não de uniforme graça. Nosso Senhor é um Deus de coisas novas. Ele utiliza métodos novos.
Se quisermos um avivamento verdadeiro, a Igreja no Brasil precisa aprender a ouvir a voz do Senhor e obedecer. O que o Senhor deseja para nós, como Igreja, neste país é específico. Devemos descobrir e nos enquadrarmos nas condições que Ele estabeleceu, para que haja o avivamento.
Além disso, o avivamento começa de dentro para fora, e não de fora para dentro. Começa dentro do coração de cada cristão que se quebranta e dispõe-se para o Senhor.
Logo, não adianta fazer barulho, falar em línguas estranhas e rodopiar nos cultos, se esse"mover" não for produzido realmente de quebrantamento, santificação, temor a Deus, graça e alvos específicos, estabelecidos por Cristo, o Cabeça da Igreja.
7. Buscar o avivamento
Em quarto lugar, o avivamento só acontece como resultado de uma constante e intensa busca. Buscar é uma ação em prol de um objetivo. E como se deve buscar o avivamento?
Em Atos 1-14, vemos que as pessoas que obedeceram à ordem de Jesus em Lucas 24.49 (sobe ficar em Jerusalém até que fossem revestidas de poder) perseveraram unânimes em oração e súplicas!
Destacamos aqui três coisas:
1) A unanimidade, unidade da igreja;
2) A oração e as súplicas;
3) A perseverança.
Principais Avivamentos no NT:
No apogeu de um grande avivamento Jesus aparece e é batizado por João Batista, depois de sair de um longo período de jejum e oração no deserto e ter vencido as tentações do diabo. Escolhe e treina seus discípulos; ascende aos céus, deixando-os na expectativa de receberam a promessa do Espírito (Lc 24.49-53; At 1.1-26).
O poderoso derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, inaugura o avivamento àquilo que Jesus havia predito (At 2.1-47).
Marca-se, assim, o início de uma nova era na história da redenção. Por três anos Jesus trabalhara na preparação desse dia: o dia em que a Igreja, discipulada por intermédio de seu exemplo, redimida por seu sangue, garantida por sua ressurreição, sairia em seu nome a proclamar o Evangelho "até os confins da terra" (At 1.8).
O livro de Atos registra a dimensão desse avivamento. Avivamento em Jerusalém, em Samaria, em Antioquia da Síria e em Éfeso.
E de lá para cá, são muitos os relatos da obra vivificadora do Espírito Santo na história da igreja, como por exemplo, na Alemanha com a Reforma Protestante do século XVI, na Inglaterra no século XVIII, entre os negros Zulus da África do Sul na década de 60 e na Coréia do Sul nestes últimos tempos, e o mais recente talvez seja o da década de 90 em Toronto, Canadá.
Nos Estados Unidos, em 1734.
Havia uma consciência da necessidade de alcançar os não-crentes e fortalecer os já convertidos. Jonathan Edwards (1703-1758), com sua simplicidade de vida e muita oração, exerceu grande impacto sobre as pessoas. George Whitefield (1714-1770) foi outro grande avivalista desse período.
O resultado do trabalho desses homens foi milhares de conversões e o nascimento de muitas igrejas. Na Nova Inglaterra (EUA), numa população de 300 mil pessoas, houve entre 30 e 40 mil conversões. Houve fortalecimento moral nos lares, fundação de cursos teológicos e de obras sociais.
Já na Europa, várias ondas de grandes avivamentos começaram após a metade do século XVII. Em 1670, na Alemanha, o pastor Philip Spener organizou reuniões para estudo bíblico e oração nas casas. Surgiram obras sociais e um novo vigor espiritual veio sobre a igreja luterana. Fundaram-se muitos campos missionários.
O avivamento dos Morávios iniciou-se em 1727. Começaram a buscar ao Senhor em oração e, de repente, houve um derramar do Espírito sobre a igreja. Havia choro, quebrantamento e manifestações até entre crianças.
Os morávios iniciaram um ministério de oração contínua que durou mais de 100 anos, 24 horas de oração diária e ininterrupta.
Na Inglaterra, João Wesley foi o instrumento de Deus para mudar a história da igreja. Homem de oração deu ênfase ao estudo bíblico. Opôs-se ao álcool, à guerra, à escravidão. Houve muitas conversões.
Já no século XIX alguns homens foram instrumentos de Deus para liderar grandes avivamentos:
Charles G. Finney foi poderoso na Palavra, na oração e no testemunho. Viveu nos Estados Unidos. Sob a influência de sua pregação, igrejas foram renovadas, nasceram novas comunidades, pessoas deixaram vícios.
Charles H. Spurgeon (1834-1892) foi professor de crianças na EBD e viu muitos pais se converterem com o testemunho dos filhos.
Spurgeon foi poderoso na pregação. Sinais e prodígios eram comuns em suas reuniões. Esse avivamento iniciou-se na Inglaterra e alcançou outros países.
Dwight L. Moody viveu de 1837 a 1899, nos Estados Unidos da América. Calcula-se que cerca de 500 mil pessoas entregaram-se a Cristo por seu intermédio. Dedicou-se a EBD. Começou com 12 crianças e, em poucos anos, esse número chegou a 12 mil.
Gunnar Vingren e Daniel Berg se conheceram em Chicago. O avivamento da rua Azuza espalhou-se por toda a América alcançando quase todos os estados. A cem quilômetros de Chicago, South Bend, no Estado de Indiana, morava Gunnar Vingren.
Um jovem pastor batista imigrante da Suécia. Atraído pelo Movimento Pentecostal, Gunnar Vingren parte de sua cidade em busca de uma resposta divina para o seu chamado missionário.
Em uma Conferência Evangélica ele conheceu Daniel Berg, também imigrante da Suécia. Conversaram longamente sobre a convicção que tinham de que, em futuro próximo, seriam missionários onde quer que o Senhor lhes enviasse.
Resolveram orar diariamente até que Deus lhes mostrasse o caminho a seguir.
Pará - Certo dia um cristão americano por nome Olof Uldin, teve um sonho, no qual pode ver nitidamente o nome Pará. Conhecido de Vingren e Berg revelou-lhes o que havia sonhado.
Ambos entenderam como uma resposta divina para as suas orações e buscaram saber onde ficava este lugar chamado Pará. Concluíram através de um mapa encontrado em uma biblioteca que Pará ficava no Brasil.
Chegaram a duvidar da chamada Divina por conta da distancia que encontraram no mapa. Mas em oração e constante busca por uma resposta divina tiveram confirmação do destino.
Nascia assim um grande avivamento no Brasil (Almas sendo salvas, batismos com o ESPÍRIO SANTO, curas e milagres extraordinários).
Que Deus derrame do seu Espírito sobre nós para que possamos como igreja e povo brasileiros, experimentar mais uma vez aquele "fogo abrasador" que nos purifica e nos santifica para uma vida cristã de obediência à sua Palavra e somente assim transformarmos nossa sociedade tão corrompida pelo pecado.
Desafio: Deus está levantando uma geração de cristãos verdadeiramente comprometidos com o evangelho. Um comprometimento radical, um concerto profundo, uma vida no altar, semelhante ao que aconteceu na vida de cada personagem bíblico analisado neste capítulo: -
Você esta disposto a ser um Agente Mobilizador de Avivamento em sua comunidade? Você esta disposto a correr riscos, se expor, denunciar o pecado, derrubar os postes ídolos em sua vida? E em sua igreja? E cidade? E Mundo?
Se quisermos experimentar esse avivamento verdadeiro, esse poder que vem do Senhor, esse derramar do Espírito Santo sobre nossas vidas, temos que buscar a Deus.
O avivamento só poderá acontecer quando resgatarmos os valores espirituais que deixamos para trás, e quando isso acontecer, as portas dos céus se abrirão sobre nós e seremos renovados por completo, vidas se converterão, os dons espirituais serão manifestos, o despertamento para a obra será grande e as bênçãos serão incontáveis, tanto como Igreja, como individualmente.
E tudo isso é resultado da ação do Espírito Santo de Deus sobre nós.
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