Porque nao sou Arminiano

Arminianismo

Jacó (português brasileiro) ou Jacob (português europeu) Armínio (em latim: Jacobus Arminius,[nota 1] nome latinizado de Jakob Hermanszoon; 10 de outubro de 1560  19 de outubro de 1609) foi um teólogo neerlandês da época da reforma protestante. Trabalhou em 1603 como professor de teologia na Universidade de Leiden, e escreveu muitos livros e tratados sobre teologia; sua visão tornou-se a base do arminianismo e do movimento neerlandês Remonstrante.
Após a sua morte, a sua objeção ao padrão reformado, a Confissão de Fé Belga, provocou uma ampla discussão no Sínodo de Dort, resultando nos cinco pontos do calvinismo em resposta aos ensinamentos de Armínio.

Jacobus Arminius (1560-1609), holandês, é considerado como idealizador das reflexões que consectuaram na elaboração dos pontos que foram redigidos por 46 ministros e leigos holandeses em um documento chamado Remonstrance que resumia a rejeição, por Armínio e por eles mesmos, do calvinismo rígido.
Da mesma forma como o Calvinismo, o “Arminianismo” como sistema teológico é bem mais abrangente do que apenas a perspectiva sobre a eleição, mas costumeiramente, quando se fala que “fulano é arminiano”, entende-se que diz respeito a sua perspectiva acerca da eleição.
Perspectiva Arminiana acerca da eleição
A proposta central do Arminianismo sobre a eleição pode ser sintetizada na sentença: “A perspectiva arminiana sobre a eleição é a de que Deus elege o homem a partir de Sua presciência, levando em conta, previamente, a decisão do homem, ao utilizar seu livre-arbítrio”.
Seus itens principais reunidos no Remonstrance (1610), um ano após a morte de Arminius, foram os seguintes:
A depravação / deformação do homem é parcial; ele ainda mantém a capacidade de poder escolher o bem. Apesar do pecado ter deformado o homem, Deus derramou a “graça preveniente”[3]que neutraliza o pecado e possibilita que todos possam responder (sim ou não) ao evangelho;
Cristo morreu por todos os homens (Rm 5.6, 15; Is 53.12; Mc 14.24; Hb 5.9; Gl 5.12; Jo 1.29, 3.16, 17, 12.47; 1Jo 2.2);
O ser humano não possui graça salvadora por si mesmo, nem do seu livre-arbítrio pode fazer qualquer coisa boa, mas é necessário que ele seja nascido de novo por meio de Cristo;
A graça pode ser resistida, ou seja, o homem pode rejeitar a graça que lhe é oferecida;
Os que foram incorporados a Cristo podem ser destituídos da graça (Mt 7.22-23; 2Pe 2.22; Ap 3.5, 22.19);
O Sínodo de Dort (1618-1619) condenou o pensamento Arminiano e excomungou os remonstrances da Holanda. Posteriormente, para os calvinistas conservadores, os arminianos tornaram-se sinônimo de pelagianos.[4]

Dentre arminianos famosos encontram-se John Wesley, Dwight Lyman Moody e Stanley Horton. Contemporaneamente, este sistema teológico presentifica-se nas Igrejas Assembleias de Deus, Metodistas, Deus é Amor, Evangelho Quadrangular, Igreja do Nazareno, dentre outras.
Críticas em Geral
Os mesmos textos bíblicos que dão subsídios teológicos-reflexivos para uma perspectiva muitas vezes também o fazem para outra. Assim sendo, é possível encontrar calvinistas e arminianos defendendo, a partir do mesmo texto, suas perspectivas, mudando, apenas, a abordagem. Um exemplo clássico é João 3.16. Enquanto o arminiano, a partir do texto bíblico, defende a expiação universal, afirmando que Cristo morreu por todos, citando: “Deus amou o mundo”, o calvinista lê o texto e afirma que “o mundo”, referido no texto bíblico, aponta para “os eleitos”.
Constantemente as maiores críticas ao Calvinismo giram em torno da Expiação Limitada (no caso do Calvinismo Clássico) e da Dupla Predestinação (no caso do Hipercalvinismo).[5]
Alguns chamam o Calvinismo Clássico, com seus cinco pontos principais, de Calvinismo Extremado, pois advogariam que o próprio João Calvino não era Calvinista (em relação à todos os cinco pontos) por não defender a Expiação Limitada.
Afirma-se ainda que a graça é irresistível apenas para aquele que a aceita. Todos os Calvinistas crêem na Perseverança dos Santos.
Ao Arminianismo são feitas críticas principalmente no “Decair da Graça” (popularmente chamada de “perda da salvação”) e a um “Humanismo enrustido”, no qual, o homem comandaria as ações. Para Calvino “o conhecimento prévio de Deus não pode ser o motivo de nossa eleição, porque, quando Deus olha para o futuro e observa toda a humanidade, Ele encontra a todos, do primeiro ao último, debaixo da mesma maldição”.
Jacobus Arminus não defendeu as proposições que ele teria criado e seus seguidores mim não depois de sua morte ,começaram começaram difundir seus estudos conforme o entendimento de cada um.
Vejam as vertentes criadas sob a tese de Jacobus Arminius
Variantes Arminianas
Arminianismo Extremo / Teísmo Aberto – Norman Geisler designa o Teísmo Aberto como “Arminianismo Extremo”. Clarck Pinnock, John Sanders, John Cobb, Greggory Body, David Basinger são nomes alinhavados nesta perspectiva. O Teísmo Aberto/Arminianismo Extremado (também chamado de Teologia Relacional ou Neoteísmo) afirma que o amor é o principal atributo de Deus, sobreposto aos demais. Destarte, por amar as Suas criaturas, para que elas sejam verdadeiramente livres, Ele se autolimita a determinar suas escolhas. Ademais, o futuro não existe. Como Deus conhece apenas o que é existente, Deus não conhece o futuro, pois ele ainda não existe. Deus conhece apenas o que Ele determina que acontecerá. Assim também, Deus muda. Vai de encontro a Sl 147.5; Is 46.10; Sl 139.1-6; Ef 1.4; Rm 8.29; 1Pe 1.2; At 1.20.[7]
Arminianismo Wesleyano – Desde a Queda, o homem se encontra totalmente depravado (modifica a depravação parcial arminiana clássica). O homem não tem qualquer poder de cooperar com a graça de Deus. A culpa do pecado original de Adão recaiu em Cristo e deste pecado a humanidade é justificada. Por esta justificação, veio uma semente universal de vida, uma medida da graça, e os que empregam fielmente este dom da graça serão aceitos por Deus no dia do juízo. Os que melhoram esta graça e perseverança até o fim são ordenados para a salvação. Deus se propõe, desde a eternidade, salvar àqueles que Ele previu perseverar assim na fé e na santidade.

 Outros termos importantes

Além das variantes de cada uma das abordagens, existem outros termos muito utilizados dentro das perspectivas e de suas variantes que vale a pena salientar para melhor compreensão:
Supralapsarianismo (ou Supralapsorianismo) – Termo ligado ao Calvinismo. Perspectiva que afirma que o homem foi eleito antes da Queda. Deus cria uns para serem salvos e outros para serem perdidos; Teodoro Beza (1519-1605) defendia este posicionamento; associado ao Calvinismo Extremo.
Infralapsarianismo (ou Infralapsorianismo) – Perspectiva também ligada ao Calvinismo, que afirma que a Eleição ocorreu após o fato da Queda. O Calvinismo Clássico caminha nesta perspectiva, bem como João Calvino.
Amyraltianismo (ou Amyraldianismo ou Redenção Hipotética ou Universalismo Hipotético) – Proposto por Moisés Amyrault (1596-1664)para ser um meio termo entre Calvinismo e Arminianismo. Deus ama os homens e enviou Seu Filho para realizar a salvação de todos os homens possíveis. Deus, em virtude de um decreto universal hipotético, oferece a salvação a todos os homens, caso eles creiam em Cristo. Todos os homens têm a capacidade natural de se arrepender e crer. Como essa capacidade natural foi obliterada por uma incapacidade moral, Deus determinou conceder Sua graça eficaz a um número determinado entre a raça humana e assim assegurar sua salvação.
Monergismo – junção dos termos gregos mónos + érgon + ismós(mÒnoj + œrgon +„smÒj), “sistema do trabalho de um”, ou seja, apenas Deus age no processo de salvação. Termo utilizado, constantemente, para o Calvinismo Clássico.
Sinergismo – junção dos termos gregos sýn + érgon + ismós(sÚn + œrgon +„smÒj), “sistema do trabalho em conjunto”, ou seja, há uma ação conjunta no processo de salvação. O homem dá um passo em direção a Deus e Deus dá um passo em direção ao homem. Utilizado, geralmente, para o Arminianismo e Calvinismo Moderado.
Graça Preveniente – Graça que Deus oferece e concede a todas as pessoas de alguma forma e é absolutamente necessária para que os pecadores caídos – mortos em pecados e escravos da vontade – creiam e sejam salvos. É a graça sobrenatural, auxiliadora e outorgante de Jesus Cristo. Mas por ser preveniente (acontece antes), pode ser resistida. Se o homem aceitar esta graça e permitir que ela opere em sua vida pela fé, ela se tornará justificadora, eficaz. Esta perspectiva é Arminiana e Sinérgica, na qual, o homem coopera com sua vontade com esta graça para a conversão.
Graça Salvadora – Produz Salvação (usada mais no wesleyanismo).
Graça Santificadora – Opera a santificação (usada mais no wesleyanismo).
Graça Comum – Influência do Espírito, que em maior ou menor medida é concedida a todos os que ouvem a verdade.
Graça Especial – Graça pela qual Deus redime, santifica e glorifica seu povo. Ao contrário da graça comum, que é dada universalmente, a graça especial é outorgada somente àqueles que Deus elege À vida eterna, mediante Seu Filho, Jesus Cristo.
Graça Suficiente – Tipo e grau de influência do Espírito que é suficiente para levar os seres humanos ao arrependimento, à fé e a uma vida santa.
Graça Eficaz – Influência do Espírito que é eficaz para produzir a regeneração e a conversão. É eficaz porque é produzida por Deus e nada do que Deus faz falha.
Graça Irresistível – É a graça que não pode ser rejeitada.
Graça Cooperante – Influência do Espírito que ajuda o povo de Deus em todos os exercícios da vida divina.
Graça Habitual – O Espírito Santo habitando os crentes; ou aquele estado mental permanente, imanente, em virtude de sua presença e poder permanentes.
Deterministas – Aqueles que negam que, nas decisões morais, somos livres para fazer algo diferente daquilo que fazemos. O determinista em oposição ao auto-determinista, crê que nossos atos morais não são causados por nós mesmos, mas por alguma outra pessoa ou coisa.
Pelagianismo – Entende que nenhuma força externa, graça divina, é necessária para influenciar o homem para aceitar a salvação de Deus. Nisto difere-se do Arminianismo, pois não advoga uma graça preveniente.
Conforme é perceptível, há termos que são correlatos, apesar de terem uma nomenclatura diferenciada. A graça salvadora, a graça eficaz, a graça irresistível, a graça especial querem dizer respeito, dependendo da denominação, ao mesmo conceito: o favor de Deus outorgado para operar a salvação.



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