Porque nao sou Monergista

Porque nao sou Monergista!

Uma ilustração do artigo XVIII do arbítrio, da Confissão de Augsburgo, ( Confissão de Augsburgo, em latim Confessio Augustana, é um documento central na reforma de Lutero, que foi uma reação à Igreja Católica. Foi apresentado na Dieta de Augsburgo de 1530.)
onde se lê "...uma vontade tem alguma liberdade para escolher justiça civil, e resolver as coisas sujeitas à razão. Mas não tem poder, sem o Espírito Santo, para trabalhar a justiça de Deus, isto é, retidão espiritual..."
Monergismo significa na teologia cristã a doutrina de que o Espírito Santo sozinho pode atuar num ser humano e propiciar a conversão.[1]
Em uma manifestação simplificada o monergismo comumemente afirma que a salvação emana toda ela de Deus mas Deus não usa nenhuma condição libertária para aplicá-la, opondo-se ao sinergismo, o qual afirma que a totalidade da salvação em si vem somente de Deus mas no processo de recepção da salvação o meio pelo qual Deus aplica-a é a fé voluntária do homem que recebeu a graça capacitadora [2]. Segundo o monergismo a um pecador é concedido o perdão quando da morte de Jesus e por isso estaria implícita a comunhão com o Cristo, e a fé em Jesus pelo Espírito Santo. Assim, para uns a santificação viria instantaneamente, ou para outros como algo progressivo. Mas segundo o monergismo a santificação advém inteiramente de Deus, dentro do conceito de graça irresistível[3] apesar disto também ser crido por muitos sinergistas mas divergindo quanto a irresistibilidade.
Monergismo (regeneração monergística) é uma benção redentora adquirida por Cristo para aqueles que o Pai lhe deu (1Pe 1.3; Jo 6.37-39). Ela comunica aquele poder na alma caída pela qual a pessoa que deve ser salva é eficazmente capacitada a responder ao chamado do evangelho (Jo 1.13). Ela é aquele poder sobrenatural de Deus somente pelo qual nos é concedida a capacidade espiritual para cumprir as condições do pacto da graça; isto é, para apreender o Redentor por uma fé viva, para se achegar aos termos da salvação, se arrepender dos ídolos e amar a Deus e o Mediador supremamente. O Espírito Santo, ao vivificar a alma, misericordiosamente capacita e inclina o eleito de Deus ao exercício espiritual da fé em Jesus Cristo. Este processo é o meio pelo qual o Espírito nos traz à viva união com Ele.[4]
Monergismo é um ensinamento calvinista que afirma que a salvação é toda fruto do trabalho de Deus. Ninguém é salvo por alguma obra ou decisão sua mas pela graça de Deus. Deus escolhe quem Ele quer salvar e os salva. O monergismo nega que o homem pode escolher se quer ser salvo ou não.
Monergismo significa a ação de uma só pessoa (neste caso, Deus). O monergismo ensina que Deus:
Predestinou algumas pessoas para serem salvas (os escolhidos, ou “eleitos”)
Enviou Jesus para morrer pelos pecados dos eleitos
Envia o Espírito Santo para capacitar cada eleito a crer, para a salvação
Não pode ser resistido por quem Ele escolheu
Assim, a salvação é toda obra de Deus. Como todos estão condenados ao inferno, ninguém consegue fazer alguma coisa para merecer a salvação. Deus escolhe quem Ele quer salvar de acordo com Sua vontade, não com nossas tentativas para merecer (Efésios 1:4-6).
Segundo a vontade de Deus, Jesus morreu para levar nossos pecados em nosso lugar, nos livrando do castigo. Na hora que Ele quer, Deus envia o Espírito Santo, que convence cada eleito a se converter. Logo, a escolha não é do convertido, porque foi Deus que o fez ter fé.
No fundo, o monergismo diz que, como Deus é soberano sobre tudo e a salvação não vem pelas obras, as pessoas não têm poder para escolher se vão ser salvas ou não. Pelo menos em relação à salvação, o livre-arbítrio não existe.
O monergismo e a Bíblia
A Bíblia diz que a salvação vem pela fé, não pelas obras. A fé é um dom de Deus, que Ele concede de graça (Efésios 2:8-9). A Bíblia também diz que Deus já conhece quem vai ser salvo. Deus é soberano e nada acontece sem Seu consentimento (Mateus 10:29).
Mas o monergismo erra ao dizer que não temos livre-arbítrio. Em Sua soberania, Deus nos permite ter escolha. Ao longo de toda a Bíblia, Deus apela várias vezes às nossas decisões, chamando ao arrependimento, avisando sobre o perigo de rejeitar a mensagem (Ezequiel 18:31-32). Sim, Deus faz o trabalho todo por nós, porque nós não conseguimos nos salvar sozinhos, mas, em certa altura, Deus leva nossa decisão em conta.
Deus quer que todos sejam salvos, não apenas alguns (1 Timóteo 2:3-4). Mas Ele não nos força. Deus persuade e convence mas também nos dá uma escolha, em alguma fase do processo de salvação. A Bíblia mostra que essas duas coisas são verdade: Deus é soberano e temos livre-arbítrio.
Algumas pessoas levam o monergismo ao extremo de dizer que não temos poder de escolha sobre nada na vida. Deus decide tudo e nossas ações não podem mudar nada porque já está tudo predeterminado. Mas a Bíblia diz que nós somos responsáveis por nossas escolhas. Os planos de Deus não podem ser frustrados mas Ele leva nossas escolhas em conta para cumprir Seus propósitos.

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